Piscicopata
Seus músculos estavam enrijecidos, sua mandíbula tensa e sua mente atordoada.
A todo momento, a todo instante, a todo segundo, a todo minuto, a todo milésimo de segundo, ele à ouvia gritar.
Mas o grito não parecia estar vindo de algum canto da floresta. E sim de dentro da sua cabeça.
Ela gritava e gritava cada vez mais alto.
Suas mãos apertavam com força suas orelhas, na tentativa de não ouvi-la.
VÃO ACHAR VOCÊ.
VÃO ACHAR VOCÊ.
Ele olhava para todos os cantos. Mas o que via eram apenas folhas verdes e árvores grandes.
ELES ESTÃO PERTO.
Seus olhos estavam arregalados.
- CALA A BOCA! - ele gritou com força e o mais alto que conseguiu. Sua voz ecoou pela floresta, fazendo alguns pássaros saírem voando pelo ar. Sua garganta já doía e sua cabeça parecia uma bomba atômica. Pronta para explodir a qualquer momento.
VÃO TE PEGAR!!!!
Gritou ainda mais alto. Ele fechou os olhos com força e soltou um murmúrio pela boca.
Sentia suas pulsações com força em seus pulsos e suas pernas pareciam estar moles.
Sempre que isso acontecia, ele não sabia o que fazer.
Sempre que ela o pegava totalmente desprevenido, fazia dele o que queria. E ele sempre tentava impedi - la de o fazer de fantoche. Mas falhava, sempre falhava.
ELES SABEM O QUE VOCÊ FEZ!!!!
ELES SABEM E VÃO TE ACHAR!!!
- PARA!!!!! - havia gritado tanto que já estava com a voz falha.
VÃO PEGAR VOCÊ A... VÃO PEGAR VOCÊ!
Ela gritou seu nome, e isso o fez se arrepiar da nuca até o cós da calsa.
- PARA PORRA, PARA!!! - seu grito saiu falho dessa vez. Ele não soube como, mas conseguiu chegar à uma conclusão. E a conclusão que chegou o fez sair em disparada na direção da árvore mais grossa e grande que encontrou naquele momento de tortura mental.
E a última coisa que sentiu, foi um baque intenso contra seu rosto, que eventualmente, não estava com a máscara, como normalmente.
Benna
Benna acordou meio atordoada, alguns fios de seu cabelo escuro ocupam seu rosto e o resto ocupa todo o travesseiro. Ela levantou e caminho até o banheiro. Louca para tirar o gosto amargo de sua boca.
Após escovar os dentes, Benna colocou o chinelo nos pés e foi em direção à cozinha, onde achou que o encontraria. Mas ele não estava lá.
Ela não se importou, ao contrário, agradeceu aos céus por isso. Então abriu o armário da cozinha e pegou um pacote de salgadinhos.
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Um Piscicopata Apaixonado 2
RandomHistória Concluída. Esse é a continuação do livro que está no meu antigo perfil "Thainara745". Aqui eu vou continuar a escrever a história de Benna e do Piscicopata. Vou continuar desde onde parei no livro do outro perfil, que foi no capítulo 27. Es...