8°/respostado

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dois meses depois ~

Dentro desse último mês minha vida não podia estar melhor, meu trabalho estáva perfeito na medida do possível, claro, sempre recebendo cantadas e algumas vezes tapinhas na bunda. Nada com o que eu não possa lidar. Ou Daryl.

Certa vez ele deu um soco num homem que apertou minha bunda, coitado, porque fez isso na frente do Dixon?

E Daryl... Nunca rolou nada, por mais que eu quisesse, aquela garota, Stella, não desgrudava dele, e ele parecia gostar dela. Dava pra ver que era um relacionamento complicado já que ela é uma prostituta... Mas hoje em dia existe louco pra tudo.

Ah... E aquela senhora que vivia me criticando e falando mal dos Dixon's infelizmente morreu... Ou eu diria felizmente...

Daryl me "deu" a chave do apartamento dela, claro que eu aceitei. Era bem em frente ao dele.

Daryl sempre ia me visitar, ou roubar minhas garrafas de vinho que roubo do bar. Essa parte ele não sabe. - parei com as bebidas alcoólicas, não queria virar a minha mãe, mas as vezes não consigo dormir e o vinho me ajuda.

Agora que me mudei, Daryl não compra mais muita comida, então ele entra na minha casa abra a geladeira e pega o que ele quiser. Já até brigamos por causa disso. Falei a ele que se fosse pra ele ficar pegando minhas coisas era pra que eu voltasse a morar com ele, e não pagar mais um aluguel - mesmo que Daryl me cobre menos que o aluguel dos outros - de um certo modo ele disse que me aceitaria de volta se eu quisesse, era claro que eu queria, só de pensar nas vezes que acordei de madrugada pra beber água e olhava ele jogado no sofá sem camisa e com um cigarro na mão me deixava com os hormônios a flor da pele.

Mas penso por mim, aqui estou só, posso fazer o que eu quero sem ter um Dixon me olhando com cara de assustado.

Podemos dizer que eu e Daryl viramos melhores amigos.

Nos finais de semana sempre bebíamos, assistíamos os jogos e conversávamos a noite inteira, era bom conversar com alguém que passou pelo o que você passou. Alguém em que você pode confiar os seus segredos mais obscuros.

Como num certo dia em que eu tive que comprar um veneno para ratos lá na lanchonete. O velho Owen cismou que eu não limpava aquela espelunca direito e que já estava se criando ratos. Eu, já sem paciência, resolvi fazer um sanduíche pra ele, coloquei três pedacinhos do veneno rosa dentro do seu pão. Foi a coisa mais tenebrosa que já fiz. E por mais que depois de uns minutos ele começou a tossir e caiu duro no chão, eu corri chamar a ambulância e ele passou uma semana no hospital, eu nunca me perdoei por causa disso.

Quase fui presa, a minha sorte foi que realmente existia um rato ali, menti para os políciais que foi um acidente, coloquei veneno nos queijos e dei um deles ao senhor Owen. Por sorte eu minto muito bem.

Daryl disse que eu subi um ponto no seu conceito. E fez uma piadinha que nunca seria meu colega de trabalho.

Essas eram as melhores conversas que eu já tive, eu me dava tão bem com ele que parecia que eu o conhecia a tanto tempo.

~ Dias atuais

Mais uma manhã tomando café sozinha, não vi Daryl desde que voltei da boate ontem, ele me disse que teria que sair essa semana resolver uns assuntos sobre a boate mas logo voltaria, só achei que ele iria se despedir antes de partir.

Como de costume, coloquei minha roupa e desci pra boate, tinha que organizar as bebidas hoje já que Ellie também estáva viajando. Quem sabe mais tarde Daryl voltaria.

Psɪᴄᴏᴅᴇ́ʟɪᴄᴀ | 𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐃𝐞𝐚𝐝 Where stories live. Discover now