Psɪᴄᴏᴅᴇ́ʟɪᴄᴀ | 𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐃𝐞𝐚𝐝

30° O fim?

{…}

Logo pela manhã organizamos o enterro de Dale... Sua cova era ao lado de Ellie, Daryl roubou minha idéia e escreveu o nome de Dale em uma madeira.

Dale Horvath está aqui...

Mais uma morte, quem será depois? Rick? Daryl? Eu?...

Levei Daryl para nossa barraca já que percebi que ele não estava se sentindo bem com toda essa dor...
Foi a primeira vez que vi ele chorar por uma pessoa que ele nem conhecia direito, já é quase impossível ele derramar uma lágrima por alguém que ele conhece...

- Você tá bem? - Pergunto tentando aliviar o clima que não estava nada bom.

- Tenho que estar. - Dixon diz calmo, voltamos a olhar a neblina em nossa frente, eu não era boa nessas coisas de consolo, então permaneci em silêncio.

Minha vida toda, eu nunca fui em enterros, ou chorei pela morte de alguém que eu gostava, eu não conhecia a morte, pra mim, ela era só um mito... Mas quando Emma, aquela garota da boate, morreu, na minha frente, eu percebi que isso ia muito além do que eu acreditava.

E quando Ellie morreu... Foi como se metade do meu coração estivesse morto também. Eu nunca havía sentido aquela dor, e ela me matava, mas eu sofria em silêncio. Talvez, porque não queria que ninguém me visse chorar, não queria que vissem como eu era fraca...

Mas hoje eu entendo, chorar não é fraqueza, é sinal de que você é forte, e de um jeito, ou do outro, essa força explode dentro de você, e o jeito é chorar...

Daryl chorou em silêncio, e então eu percebi, que, ele não chorava apenas pela morte de Dale, mas pela de Merle, Sofia, Ellie, e sentia medo de perder mais pessoas, sei disso porque também sinto...

- "Tá tudo bem chorar, a vida fica mais pesada e cada lágrima parece uma cachoeira, mas você tem que continuar..." - Cochicho suavemente passando minha mão em seu bíceps.

Daryl virou o rosto se esticando para me dar um suave beijo, o retribui com outro enquanto empurrava seu cabelo que insistia em cair em seu olho.
- "Vamos pra barraca..."

Daryl cochichou e voltou a me beijar, desta vez com mais intensidade, eu assenti.

Sei que essa não é a hora correta para fazer isso, mas, ultimamente, temos que aproveitar cada segundo.

Já deitada do lado de dentro da barraca, só esperando o Dixon tirar a botas e fechar a cortina, precisávamos tirar nossas cabeças deste mundo e levá-las as nuvens....

Dixon tinha aquele sorriso de lado sexy e atraente que só ele tinha, aquele sorrisinho me tirava o sono à noite.
Sua mão em minha coxa me arrepiava, meu coração estava mais acelerado do que o normal, parecia que eu estava desesperada por aquilo, preciso me controlar ou Daryl irá perceber...

Sua mão subia cautelosamente até meus seios enquanto sua língua se entrelaçava com a minha.

"Sua boca, quando toca a minha, desperta oceanos nada pacíficos"

Por força do hábito, eu já estava em cima dele, rapidamente minha blusa branca foi tirada, estávamos tão rápidos, como se nós dois estivéssemos desesperados.