CAPÍTULO 06

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AMARE BETTENCOURT

Me afasto um pouco da multidão, passando mal com a fumaça que havia por ali, não sei se de cigarro ou outras drogas, mas eu realmente não me dava bem com fumaça de nenhum tipo. Me apoio em uma grade, tossindo. E logo um homem se aproximou, sorrindo para mim.

— Precisa de ajuda, docinho? — Questionou, se aproximando.

— É... não. Eu estou bem. Obrigado por perguntar. — Falo, tentando sair, mas ele me segurou pela cintura, me olhando de uma forma assustadora.

— Por que não tenta? Vai se sentir melhor. — Falou, me oferecendo um comprimido, que certamente era droga. E eu realmente não tinha nenhum interesse com essa porcaria.

— Não, obrigado. Eu estou bem, de verdade. — Falo, tentando sair.

— O que tem aí? — Questionou, olhando o pacote em minhas mãos.

— Nada. Coisa minha. — Falo e ele me encara, curioso.

— Você tem uma pele tão macia... uma boquinha pequena... Dá vontade de morder bem gostoso... — Sussurrou, me fazendo arregalar os olhos ao ouvir aquilo. Isso... não é coisa que se diga para alguém que acabou de conhecer!

— Ei! Larga o garoto, Tom! — Uma mulher se aproximou, o assustando. O homem a olhou, erguendo as mãos e se afastando de mim.

— Qual é, Michelle? Só estávamos conversando. — Justificou, escondendo a droga.

— Ele não parecia interessado. Aliás, melhor não deixar meu irmão saber do seu vício. — Falou, insinuando o fato de que ele já parecia totalmente drogado. Ele se retirou, afirmando com a cabeça. A mulher de cabelos dread e vestido vermelho, me olhou amigavelmente, sorrindo. — Você está bem?

— Estou... Só... não estou acostumado com festas... assim. — Balbucio, meio perdido e não vendo mais nenhuma das minhas amigas.

— Quer que eu te leve lá para cima? É menos tóxico, eu garanto. — Falou e eu assenti. Qualquer lugar seria melhor que aquele.

Subimos algumas escadas e chegamos em um lugar com bem menos pessoas, e mais tranquilo.

— Bom, eu me chamo Michelle. E você? — Questionou.

— Amare. — Ela sorriu, me oferecendo uma água, na qual aceitei, pois minha garganta já estava seca. — Obrigado, Michelle.

— De nada, amor. Alguns idiotas não sabem ser rejeitados. Vamos, lá na frente tem alguns lugares para se sentar. — Chamou e eu aceitei.

Andamos um pouco e logo me assusto ao ver o agora conhecido dono do Morro, o problema é que ele estava sentado em uma cadeira, sendo... bem, chupado por uma mulher.

Rapidamente viro às costas, completamente envergonhado ao ver aquele... deixa para lá. Acho que eu vou sonhar com isso. Não sei se é bom ou ruim.

— Mas que porra, Matthew! Não tem casa não?! — Michelle brigou, enquanto eu permanecia de costas, estático.

— E você não tinha outra pessoa para empatar foda não? — O ouço rebater. E segundos depois, sinto uma mão grande pousando em meu ombro. Rapidamente me viro, o encarando. Ele agora estava com a calça abotoada, e me olhando seriamente. — O que faz aqui?

— Eu... eu quero aproveitar para pedir desculpas. — Falo, vendo ele me olhar confuso.

— Desculpas? De quê?

— Sobre mais cedo. Eu não tenho voz sobre o assunto, mas... eu tenho a responsabilidade de ensinar isso para as crianças, enfim... Bom, eu queria te dá isso. — Falo, entregando o pacote que eu carreguei por horas até aqui. Ele o pegou, o abrindo com certa desconfiança, revelando um hambúrguer bem recheado.

TENTACION - O dono do Morro (ROMANCE GAY) Where stories live. Discover now