CAPÍTULO 08

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AMARE BETTENCOURT

— Amare? — Ouço alguém bater na porta. Empurro o chão com os pés, fazendo a cadeira giratória e com rodinhas ir até a porta do meu quarto, na qual destranquei e voltei da mesma forma para minha escrivaninha, onde eu estava terminando um trabalho para a faculdade. Na verdade, muitos trabalhos. Essa semana os professores resolveram cagar o final de semana dos universitários e ocupá-los totalmente.

— Aqui, fiz um lanchinho para você, querido. — Amélia falou, passando a mão em meus cabelos e deixando a bandeja com torradas, molho de pimenta e um suco. Eu gosto de comidas apimentadas, especialmente na parte da tarde, não sei explicar o porquê.

— Muito obrigado, Ame. — Agradeço, a puxando para poder lhe dá um beijo na bochecha, na qual ela sorriu, retribuindo.

— De nada, querido. Está estudando há muito tempo. Não acha melhor descansar um pouco? — Amélia comentou, preocupada. Sorri, tomando um pouco do suco.

— Eu só vou terminar esse trabalho e darei uma pausa. — Ela assentiu, passando a mão em meus cabelos e saindo do quarto. Mergulho a torrada no molho de pimenta, o mordendo e com os olhos vidrados no computador, lendo uma série de artigos recomendados pelos professores. Até que meu celular toca sobre a escrivaninha, mostrando uma notificação de mensagem.

O pego, desbloqueando a tela e sorrindo no automático ao ver que era mensagem de Matthew.

Poste Idiota:
Cadê meu hambúrguer, miniatura?

Reviro os olhos ao ler o apelido. Poste idiota! Penso no que deveria responder, até que resolvo provocar um pouco.

Amare:
Meus estudos são mais importantes que encher sua barriga.

Envio, sorrindo ansioso, esperando sua resposta. Eu nunca teria coragem de falar com alguém assim pessoalmente, mas era mensagem. Ele não poderia encostar em mim. Ri ao pensar isso.

Poste idiota:
Tudo bem. Meu perdão e o abraço você não tem mais.

Leio sua resposta, fazendo bico, chateado.

Amare:
O dia ainda não acabou! Eu vou terminar meus trabalhos e levo seu hambúrguer.

Respondo, mandando vários corações partidos e uma carinha de bravo.

Poste idiota:
Estou com fome. Você tem no máximo uma hora.

Reviro os olhos, sorrindo. Procuro um gif onde acabo enviando a de uma mulher que abaixa os óculos como se visse a mensagem, e logo após coloca de volta, virando as costas toda empoderada. Eu mesmo fico rindo com as próprias coisas que mando.

E após terminar boa parte dos meus trabalhos, sigo para a cozinha, preparando o bendito hambúrguer, mas dessa vez, fiz cinco iguais.

— Vai alimentar um batalhão, Amare? — Amélia questionou, me olhando assustada enquanto eu empacotava tudo.

— É... vou levar para alguns amigos... Tchau, Ame! — Falo, saindo rapidamente para evitar mais perguntas. E com uma bolsa lotada de comida, sigo para o morro, vendo os mesmos quatro homens fazendo a segurança do morro. Sorri, me aproximando.

— Hey, Amare! — Fernando cumprimentou. De tanto vir aqui, eu já sabia o nome deles, e eles o meu.

— Oi, meninos. Posso pedir um favor? — Peço, e eles sorriem, assentindo.

— Claro, baby. O quê? — Pego os hambúrgueres, entregando um para cada.

— Eu que fiz, podem me dizer se está bom? — Peço, vendo eles se animarem, abrindo o pacote e experimentando o hambúrguer, o que me deixou com o coração na mão.

TENTACION - O dono do Morro (ROMANCE GAY) Where stories live. Discover now