CAPÍTULO 55

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AMARE BETTENCOURT

Me olho no espelho, sorrindo com o resultado. De fato... eu devia usar vestido mais vezes. Porém, usar uma grande proteção para eles não serem rasgados.

— Bom dia! — Exclamo, sorrindo e descendo as escadarias, pulando nos braços de Matthew, que estava no final da escadaria

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— Bom dia! — Exclamo, sorrindo e descendo as escadarias, pulando nos braços de Matthew, que estava no final da escadaria. Ele riu, me pondo no chão e me olhando da cabeça aos pés.

— Achei que fosse para a faculdade. —Comentou, me deixando confuso.

— Mas eu vou! Por que diz isso? Minha roupa ficou ruim? — Questiono, entristecido.

— Não. Acontece que esse vestido está gritando: "Matthew, me rasgue por favor!". — Ditou, o que me fez me afastar rapidamente, vendo ele ri.

— Nem vem, seu destruidor de tecidos caros! Eu tenho aula agora, mas... te vejo no almoço? — Questiono, me aproximando novamente e o beijando. Ele sorriu, abraçando minha cintura e levantando meu vestido, apertando minha bunda.

— Só se a sobremesa for você. — Sussurrou, e eu ri, batendo em seu braço e me afastando.

— Bobo. Até mais. E não se atrase. Dona Clarisse é melhor amiga do relógio! — Ele sorriu, batendo continência e então eu saí, pedindo um táxi, já que Matthew ia resolver alguma coisa do trabalho dele, ou dos, não sei quantos trabalhos ele têm.

Marcamos um almoço com nossas famílias, para comemorar nosso noivado, já que basicamente todo mundo sabia.

— Obrigado. — Agradeço ao motorista, o pagando e descendo do carro, resolvendo passar em casa, já que Paulinha estava aqui.

Você é uma falsa, isso sim! Como pôde fazer isso comigo?! — Reconheço a voz de Victoria assim que eu estava abrindo a porta de casa. Entro, vendo Jonas, Victoria e Paula na sala. Victoria parecia furiosa e Paula indiferente, como sempre e em qualquer situação.

— Eu não fiz nada! Vocês nem estavam juntos! — Paula rebateu, impaciente.

— O que está acontecendo? — Questiono, e os três me olham de imediato. Acho que não foi uma boa hora...

— Que bom que está aqui! Diga para essa traidora qual a primeira regra dos amigos! — Victoria exclamou, me puxando para o meio.

— Regra? — Questiono, confuso.

— Sim! De não furar o olho do outro! E foi justamente o que essa aí fez! — Exclamou, quase me deixando surdo. Paula começou a ri, avançando dois passos.

— "Essa aí"? Agora eu me chamo assim?

— Que tal vadia?! É melhor?! — Victoria exclamou, me fazendo arregalar os olhos, com espanto.

— Ah, então eu sou a vadia?! Quer saber, Victoria? Você já me cansou! — Paula exclamou, e então puxou Jonas pela gola da camisa, o beijando.

Eu não podia estar mais chocado. E nem estava entendendo o que diabos estava acontecendo, porém, acho que posso deduzir.

— Nunca mais fala comigo! — Victoria exclamou, passando por mim aos prantos e saindo de casa.

— Vic! — Tento chamar, mas ela me ignora. Olho para Jonas e Paula, totalmente perdido. — Alguém pode me explicar o que infernos aconteceu aqui?!

— Eu amo a Paula, Amare. Mas Victoria não quer aceitar isso, e não quer deixar Paula me aceitar. — Jonas explicou, o que me fez suspirar.

— Vocês se amam mesmo? — Questiono e Jonas logo sorri.

— Você ainda duvida? Claro que eu a amo!

— Não me obrigue a falar isso. — Paula resmungou, suspirando e amarrando os cabelos em seu coque já muito bem conhecido. — Vou me arrumar para a aula que eu ganho mais. Desço em um minuto. — Paula falou, subindo as escadarias, provavelmente indo para o meu quarto onde ela usava minhas roupas quando passava a noite aqui.

— Eu vou tentar conversar com Victoria. — Falo, vendo Jonas suspirar, se jogando no sofá.

— Se Paula gosta de mim e aceitar ficar comigo, não me importa com o que aquela mimada acha. — Resmungou, o que me fez suspirar.

— Mas para a Paula importa. Elas duas são minhas amigas. — Jonas bufou, chateado. Sorri, indo até ele e me sentando ao seu lado, o abraçando. — Que vida difícil, não é mesmo garanhão? — brinco e ele ri.

— Olha, eu prefiro não ser nenhum pouco atraente e que apenas Paula me olhe. — Ditou, o que me fez sorri.

— Você gosta mesmo dela, não é? — Jonas suspirou, assentindo.

— Mais do que eu imaginava.

— Vai ficar tudo bem. Se for para ser, será. E... bem vindo de volta ao lugar que você nunca deveria ter saído. — Falo e ele sorri fracamente.

— Mas agora você que está saindo. Não acredito que meu irmãozinho vai mesmo casar. — Comentou, o que me fez ri. — Você sabe que vai ser padrasto de uma criança de 4 anos, não sabe? — falou e eu sorri.

— Claro que sei. Você sabe que eu amo crianças, e sempre amei a ideia de ser pai.

— Por falar em pai... Sabe alguma coisa sobre Eduard? — Questionou, o que me fez suspirar, entristecido.

— Não. Ainda não o encontraram. Eu... estou preocupado. Matthew quer matá-lo... — Murmuro e Jonas me encara.

— Porque ele quase matou você, Amare.

— Eu sei que não foi por querer.

— Ele podia não querer machucar você, mas e Matthew? E Kael? Podia ser facilmente um deles. — Abaixo o olhar, chateado.

— Eu não acredito que nosso pai é tão ruim assim... Qual é o motivo?

— Eu já o deixei de ver como pai há muito tempo. E você devia fazer o mesmo. Se cuida, maninho. — Jonas ditou, beijando minha bochecha e se levantando, saindo de casa.

Eu não consigo fazer isso...

Logo sinto meu celular vibrar. O pego, ficando surpreso ao ver que era uma mensagem do meu pai.

Papai:
Filho, me perdoa! Eu preciso te ver o mais rápido possível. Eu só confio em você... Por favor.

— Amare? Vamos? — Paula chamou, ajeitando a mochila no ombro.

— Eu... eu lembrei que tenho um compromisso inadiável. Depois me passa as anotações, beleza? — Falo, saindo rapidamente de casa.

— Ei, espera! Aonde está indo?! — Paula gritou.

— É importante! Tchau! — Grito de volta, entrando no carro da minha mãe, já com as chaves em mãos.

Espero não me decepcionar novamente...

TENTACION - O dono do Morro (ROMANCE GAY) Where stories live. Discover now