CAPÍTULO 59

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AMARE BETTENCOURT

Me forço a levantar, resolvendo tomar um banho, pois eu estava realmente precisando depois de tanto tempo deitado na cama. Minha garganta doía, e meu corpo gritava para voltar a deitar, mas me forcei a entrar debaixo do chuveiro, com a água ajudando a me acordar um pouco mais.

Busco por uma roupa qualquer. Uma calça moletom preta e camisa de Matthew, básica e na cor branca, em seguida descendo para a sala, procurando por Matthew, mas só vi uma empregada limpando os móveis.

— Onde está Matthew? — Questiono, chamando sua atenção.

— Senhor? Se sente melhor? Ele saiu faz um bom tempo, mas me pediu para te atender no que precisasse. — Ditou, prestativa.

— Hm... obrigado. — Falo, pegando meu celular e indo para o jardim da casa, me sentando na espreguiçadeira, próximo da piscina.

— Oi, Amare... — Victoria logo me atendeu, com um tom chateado. — Você está bem? Fiquei sabendo que está doente.

— Estou melhor... E você e a Paula? Se entenderam?

— Está brincando?! Amare, aquela garota pegou o garoto que eu gostava! — Exclamou, o que me fez afastar um pouco o celular para não aumentar a dor de cabeça que eu já estava sentindo.

— Vic... sabemos muito bem que Paula não é assim. Ela gosta mesmo do Jonas, e tentou esquecer de todas as formas por sua causa. Eles sempre se gostaram.

— Amare, não a defenda! Eu peguei os dois se beijando! — Suspiro, não tendo muita energia para discutir sobre algo assim. Ergo meu olhar no segundo seguinte, percebendo que dois seguranças me observavam além do normal.

— Você teve alguma coisa com ele? — Questiono, não desviando o olhar dos seguranças, que também não se importavam e continuavam me encarando com uma expressão monótona, assustadora por assim dizer.

— Não tive. Mas queria ter. Porra, ele é tão gatinho!

— É só isso que você sente quando o vê? A beleza dele?

— Bom... ele é bonito, da mesma família que a sua e trabalha para o Matthew. Amor, ele é o pacote completo.

— Isso... não seria interesse?

— Ah, e Paula é uma santa, né?! Quem garante que ela também não tem o mesmo pensamento?!

— Vic... a Paula realmente gosta do Jonas. Ela me confessou isso. E... Jonas também gosta muito dela.

— Certo. Já entendi. Você está do lado dela.

— Vic, não é isso...

— Tchau, Amare! — Ditou, encerrando a ligação, o que me fez suspirar, não sabendo mais como deveria falar com ela. Victoria nunca me escuta.

Olho novamente para os seguranças, vendo eles se aproximarem aos poucos. Me levanto rapidamente, entrando na casa e trancando a porta.

Mas assim que me viro, me assusto ao ver a empregada caída no chão, com a garganta cortada. Ah, não...!

Pego meu celular rapidamente, na intenção de ligar para Matthew, mas antes que eu fizesse isso, alguém me agarrou por trás, prendendo meus pulsos e tapando minha boca com a mão, pressionando um pano úmido contra minha boca e nariz.

— Agora seu noivo vai saber quem eu sou de verdade, garotinho... — Sussurrou ao meu ouvido. Tento me debater, mas aquele pano úmido havia alguma coisa que estava me enfraquecendo. — Durma, bebê... logo mais iremos nos encontrar... ou não.

MATTHEW ANDRADE

Olho pelo espelho do carro, conferindo se Eduard continuava no mesmo canto, quieto e algemado. Volto meu olhar para a estrada, lembrando só agora o quanto essa merda era longe da delegacia.

— Eu fiquei sabendo do casamento... — Eduard comentou, o que me fez olhá-lo, indiferente.

— E?

— Sei que não serei convidado, mas... espero que proteja meu filho.

— Melhor do que você, pode ter certeza. — Resmungo, impaciente.

Olho pelo retrovisor, estranhando ao ver um carro muito colado com o meu. Entro à direita, cortando caminho, e tendo a certeza que aquele veículo estava me perseguindo.

Ah, não...

Piso fundo no acelerador, na tentativa de me afastar daquele carro, mas ele também aumentou a velocidade, me acompanhando. Merda!

Pego meu celular, ligando para Amare, mas ele não me atendeu. Ele nunca deixou de atender uma ligação sequer. Ele nem ao menos larga aquele celular, mesmo estando doente.

Merda, isso está muito errado...!

Olho pelo espelho, vendo Eduard sorrindo presunçoso, me encarando. Desgraçado!

— Eu sabia que não devia confiar em você! — Resmungo, irritado, já que fiz tudo isso por Amare.

— Achou mesmo que eu ia permitir que meu filho casasse com um nojento como você? Eu só precisava ganhar tempo, seu idiota. — Ditou, e logo aquele carro me ultrapassou, parando na minha frente e fazendo nossos veículos se chocarem.

Porra!!!

TENTACION - O dono do Morro (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora