CAPÍTULO 12

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MATTHEW ANDRADE

— Como é que é?! — Exclamo, caminhando na direção de Jonas, que me olhou assustado.

— Cara, eu sei que devia ter te contado, mas... eu tive alguns problemas com ele, e eu... eu não quero me envolver nisso, Matt. Juro que nunca te traí. Foi você que me acolheu quando cheguei ao morro. — O encaro, não sabendo se o matava ali mesmo ou ia embora para ajudar o Granada.

Jonas chegou na quebrada com uns 14 anos de idade e instantaneamente nos tornamos amigos, então matá-lo seria algo que provavelmente eu não conseguiria com tanta facilidade, mas não me impedia de deixá-lo próximo da morte.

Pela raiva, desfiro um soco forte em seu rosto, o fazendo cair no chão, com a boca sangrando.

— POR QUE DIABOS ME ESCONDEU ISSO?!! — Exclamo, em fúria.

— Porque eu sabia que me expulsaria do Morro no mesmo dia em que cheguei. Eu nem sequer tenho contato com ele. Matt... você precisa acreditar em mim. — Pediu, tentando disfarçar o choro. Ouço tiroteios lá fora, o que me faz lembrar do meu pai.

— Quando eu voltar, você vai me explicar essa conversa bem direitinho! — Resmungo, engatilhando minha arma e saindo dali às pressas, pondo meu capacete e subindo em minha moto, fazendo a poeira subir enquanto aumento a velocidade em segundos.

Após alguns minutos, consigo encontrar meu pai, estava no seu carro, sendo perseguido pela polícia, mais precisamente, por Eduard.

Saco a arma em meu coldre, atirando primeiramente nos retrovisores do carro, e depois atiro sem pensar para atingi-los, mas a porra do carro era blindado.

Praguejo, resolvendo alcançar meu pai, encostando com ele, no lado direito do carro, na qual ele logo abaixou a janela, parecendo puto da vida.

Abro a porta do carro, entrando no banco passageiro e abandonando a moto, que por pouco não bateu no veículo da polícia.

— Não deveria ter saído do Morro! — Exclamo, irritado.

— Eu precisei ver sua mãe! Quer que eu a abandone?! — Rebateu, o que me fez ri, desacreditado.

— Falou o cara que se meteu com duas prostitutas. — Ralho, em um tom ácido. Ele suspirou, girando o volante com tudo, em uma curva fechada, onde por pouco não sobramos na rodovia.

— Foi uma única vez, Matthew. Sua mãe e eu havíamos discutido...

— Grande merda! Desde quando isso virou um motivo?! — Exclamo, furioso.

— Isso não é assunto para discutir agora, porra! Não vê a situação em que estamos?!

— A que você me colocou! Estava tudo bem até você voltar! — Exclamo, ouvindo tiros serem disparados, mas não me importo, porque ao menos a porra do carro em que estávamos também é blindado.

— Definitivamente não vou discutir com você agora. — Falou, seguindo o caminho do morro, entrando com tudo, onde os policiais pararam na entrada ao receberem chuva de bala pelos soldados da entrada, então logo foram embora.

Saio do carro, furioso, batendo a porta do carro e seguindo para a minha casa.

— Matthew! Espera... — Granada pediu, me seguindo para dentro de casa.

— O que infernos você tem na cabeça?!! Sabe muito bem que esses merdas estão atrás de você e mesmo assim resolve provocá-los saindo na rua! Deixa de inventar conversa porque você está cagando para a minha mãe! — Trovejo, tirando a camisa por conta do calor e passando a mão nos cabelos nervosamente.

— Não repita isso! Eu sou louco pela sua mãe, mas...

— Mas o quê?! — O corto, o encarando bravamente. — Vai inventar que desculpa da vez?!

— Não é desculpa nenhuma e sua mãe também não é nenhuma santa! — Eu ri, respirando fundo para não acabar cometendo uma loucura.

— Se desrespeitar a minha mãe de novo, eu mesmo te entrego para a polícia. — Falo, vendo ele me olhar com espanto.

— Não faria isso...

— Experimenta. — Falo, saindo de casa.

— Amor, eu ouvi tiros. Está tudo bem? — Jaqueline me alcançou, me abraçando de lado.

— Vamos para sua casa, pode ser? — Sugiro, mudando o assunto e ela sorri largamente, concordando. E então seguimos para sua casa, onde ela já sabia o que iria acontecer, por isso começou a tirar a roupa, enquanto caminhava para seu quarto.

É uma vadia gostosa, confesso.

Ainda precisava resolver o assunto com Jonas, mas por hoje eu só queria transar e esquecer a merda que foi esse dia.

. . . .

Desperto, meio perdido de onde estou, até reconhecer o quarto de Jaqueline. Olho em volta, vendo ela se vestindo, parecendo irritada com algo.

— Hey... nenhum boquete de bom dia? — Insinuo, mas ela não me respondeu, o que me deixou cabreiro. — O que foi, mulher?

— Não se lembra?! Você me fodeu chamando o nome daquele pirralho Amare. — Resmungou, o que me fez a olhar com surpresa.

— O quê...? Eu não...

— Além de ter chamado por ele dormindo várias vezes! Quem é sua fiel, Matthew?! Por acaso é ele agora?! Porque antes você só tinha olhos para mim! — Exclamou, e eu suspiro, não lembrando de nenhum momento em que chamo por Amare. Mas como me conheço... não duvido.

Me levanto da cama, pelado mesmo, a abraçando por trás e beijando seu pescoço.

— Calma, gata... Foi só um momento de estresse. Deixa eu me redimir, hm? — Sussurro ao seu ouvido, subindo minhas mãos para seus seios fartos, a vendo suspirar e esquecer rapidinho o motivo de estar brava.

Era sempre assim...

TENTACION - O dono do Morro (ROMANCE GAY) Where stories live. Discover now