7- Drew Bieber

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Dirijo até a lanchonete e molho meus lábios franzindo o cenho ao ver a garota no meio das líderes de torcida, mas quando ela vê o meu carro ela puxa a bolsa atravessando a rua e já vejo as cópias baratas da Penélope nos encarar rindo e espero que a garota entre no carro e ela sorri ao entrar fechando a porta.

— Oi — ela diz envergonhada.

— Eai — digo sorrindo e me aproximando pra beijar seu rosto.

Dirijo a caminho da minha casa e ela a todo momento passa as mãos uma na outra, confusa eu acho, com medo, talvez nervosa.

Quando estaciono na garagem ela me olha e eu molho meus lábios tirando meu cinto e ela faz o mesmo.

— Seus pais estão em casa? — ela pergunta e eu nego saindo do carro.

— Em um jantar — digo e ela assente.

Entramos em casa e ela admira tudo, incluindo as fotos enormes na parede, meu pai e minha mãe não eram nada reservados, ela sorri ao ver um quadro enorme próximo a escada com minha mãe desenhada dele.

— Ela é linda — ela diz e eu apenas assenti deixando as chaves na mesinha — já li sobre eles.

— Leu?

— Eles já saíram muito nos jornais — ela diz e eu apenas concordei.

Eu apenas concordei, isso era verdade. Meus pais já entraram em cada polêmica, e me recuso a me lembrar da maioria delas, por sorte eu ainda era pivete e quase ninguém lembra disso agora.

— Meu quarto é lá encima — digo e ela me olha meio que assustada — se quiser trago tudo aqui pra baixo.

— Não. Podemos fazer lá mesmo — ela diz e eu apenas assenti e guiei ela até a escada.

Vestido curto, não tão curto e nem tão longo, botinhas marrons nos pés e jaqueta jeans, seu cabelos eram castanhos e longos, Rebeca tinha uma charme bacana.

Ela sobe a escada me fazendo tentar não encarar sua bunda e passo por ela abrindo a porta do meu quarto, que agora era um dos últimos já que Julie e Jord reclamavam do som do violão.

Rebeca encara em volta e agradeço pela empregada ter dado uma geral no meu quarto, ela senta na cama e eu meio que sorrio de canto quando vejo isso, e pego minha mochila com os trabalhos e algumas folhas como ela pediu.

— Você toca? — ela sorri ao ver meu violão.

— Toco — digo molhando meus lábios — gosta de música?

— Meu pai tentou me ensinar, mas não consegui aprender ainda — ela explica — eu gosto sim de música — ela responde minha pergunta.

— Se quiser posso te ensinar — digo e ela me olha surpresa.

— Sério?

— Aham — digo puxando o puff e ela sorri assentindo.

Mas logo ela corta meu barato, começando a falar de química sem parar e eu anotei oque ela mandou anotar e ela pegou a caneta e uma das minhas agendas anotando oque ela resumia, ela é inteligente. Gosto disso em mulheres, não basta ter belos peitos e uma bunda redonda, tem que ter cérebro.

Ficamos nisso por uma hora, vi mensagens chegar em seu celular e ela gravar um áudio dizendo que não iria demorar. Termino de anotar e sublimar oque era preciso e ela continua escrevendo e encaro seu rosto, ela morde o lábio tirando o cabelo sobre a bochecha e quando eu penso em dizer algo a porta do meu quarto se abre de uma vez.

E tinha que ser Penélope Somers. Sério não dá, eu odeio essa porra.

— Beca — ela diz surpresa — oque faz aqui?

— Oque você quer Penélope? — pergunto rapidamente irritado.

— Eu? Eu vim fazer as pazes — ela diz e volta a encarar a garota — e ela?

— Eu vim fazer o trabalho — Rebeca diz notando o clima e suas bochechas coram.

— As nove da noite? — Penélope ri cruzando os braços — Sério lindinha?

— Penélope — digo e ela me encara e eu me levanto negando e passo por ela arrastando ela pra fora, e andamos pelo corredor comigo ainda a segurando.

— Qual é a sua caralho — a empurro e ela quase se desequilibra no salto — eu já não deixei bem claro pra você? Fica longe.

— Está afim dela? É sério? Da nerd?

— Estou — digo baixo e com raiva dando um passo ficando próximo dela — e isso não é da sua conta então vai embora porra.

— Está me expulsando Jeremy? — ela ri mais sua voz não me engana, ela está caindo.

— Já era pra ter feito isso antes, só não fiz por que meu pai e minha mãe meio que me segura pra não dizer na sua cara oque todo mundo tem vontade de dizer — digo e ela engole seco e eu molho meus lábios — para de infernizar a vida de todo mundo Penélope.

Ela desvia seu olhar do meu, molha os lábios e procura por sua postura e não acredito quando ela levanta o queixo, ela ainda estava de nariz empinado, mantendo seu olhar sério, mas ao menos eu sabia, Penélope se abalou, e espero que isso a faça sumir de vez da minha vida.



— Drew — a voz da garota sooa no corredor e eu me afasto de Penélope — já acabamos.

— O nome dele é Jeremy — Penélope retruca e eu a encaro a mandando calar a boca mentalmente.

— Eu já estava de saída — a menina explica pra Penélope que continua com cara de esnobe.

— Quem diria, a novata nerd, sozinha nabcasa do capitão do time — Penélope debocha — no quarto dele anoite.

— Eu...Só vim fazer o trabalho, por que não tenho tempo atarde — Rebeca se explica e eu nego.

— Não tem que explicar nada Rebeca.

— Eu vou esperar você lá fora — ela diz envergonhada e desce a escada e eu encaro a Penélope.

— Se eu já te odiava antes, nem imagina o quanto eu odeio agora — digo e ela revira os olhos e eu desço atrás da Rebeca que já estava quase saindo da minha casa.



•••••

Notas finais:
Hum, Jeremy e Rebeca tem muitas coisas e comuns, não tem? Fofos né? E já deu pra notar que não é fácil abalar Penélope Somers.

• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •Donde viven las historias. Descúbrelo ahora