• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •

89- Penélope Somers

Drew, Gustavo e eu sentados de frente para a diretora que tinha acabado de ligar para os nossos pais. Mais uma razão deles caírem matando encima de mim e do Drew.

— Por que eu tenho que ser suspenso? O Bieber que me socou — Gustavo praticamente choraminga com o pano que a moça da enfermagem deu pra ele por sobre o nariz.

— Calado — a diretora diz e logo me encara — e essa saía Penélope Somers? É assim que vem a escola? Para causar esse tipo de conflito?

— Oque? — Drew se mete — Não foi a saía dela que fez esse babaca insultar ela.

— Tudo bem Drew — digo sabendo que se ele continuasse poderia piorar as coisas para ele.

— Tudo bem porra nenhuma — Drew diz fazendo nossa diretora o olhar com mais raiva ainda — Penélope nem deveria estar nessa sala, esse otário faz comentários ofensivos a porra do ano inteiro, e só cansei de ouvir essas merdas e soquei a cara dele, e beleza pra mim se eu for suspenso ou não.

— Acho melhor melhorar seu linguajar antes que eu resolva te expulsar Jeremy Bieber — a diretora diz e Gustavo ri e eu reviro os olhos.

— Tenho certeza que a direção da escola vai adorar saber que eu fui assediada varias vezes por alunos e vocês não fizeram nada — digo séria — e seus pais vão adorar ser chamados aqui por causa de assédio do filho deles não é mesmo Gustavo? Se lembra das vezes que me apalpou sem meu consentimento? Vários alunos podem testemunhar isso, já que fazia isso até no corredor.

— Senhorita Somers — a diretora diz batendo a mão sobre a mesa.

— A minha filha disse alguma mentira? — ouço a voz da minha mãe e engulo seco — Pois se for mentira a corrija por favor.

— Eu... não sabia disso — a diretora diz meio que nervosa e vejo minha mãe e também meu pai entrarem e mordo o lábio ao ver o Justin e tia Samanta.

— Deveria saber, já que pagamos caro nessa escola para nossos filhos aprenderem boas maneiras e até mesmo serem cuidados por vocês — Daniela diz séria — e agora descubro que minha filha é assediada.

— Não é bem assim — Gustavo se defende — eu fazia na brincadeira.

— Não me lembro de ter entrado na brincadeira nas vezes que distribuía tapas em minha bunda — resmungo.

Chaz encara o Gustavo e ele praticamente me pede desculpa com o olhar.

— Qual é Penélope, éramos amigos — ele diz e eu reviro os olhos.

— Cuzão — Drew murmura negando e eu quase dou risada disso.

— Vou tomar providências disso, imediatamente — meu pai diz com raiva e vejo Samanta segurar o braço dele antes que ele vá pra cima do Gustavo.

— Senhor eu nunca desrespeitei sua filha.

Gustavo diz e eu encaro ele rindo e ele nega.

— Sério? Pois me chamou de vagaba no meio da sala toda — digo e respiro fundo — mas tudo bem pai, não precisa disso. Só quero que a nossa diretora nos libere, e que ela admita que minha saía não tem culpa dos assédio que sofri e muito menos
ser culpa do meu namorado ter socado a cara de um garoto sem noção que me ofendeu.

— Senhores eu posso até entender alguns pontos, mas temos que analisar que um aluno foi agredido, não posso fazer nada a não ser suspender o Jeremy.

— Tudo bem — Gustavo diz depressa — Drew e eu somos parceiros no futebol, nos machucamos direto, reconheço meu erro e está tudo numa boa diretora.

Eu reviro os olhos rindo do medo do Gustavo e vejo Drew negar meio que da mesma forma e molho meus lábios notando a diretora olhar pra nós e depois para nossos pais e logo os do Gustavo também chega.

— Já que vocês confirmam — a diretora diz respirando fundo.

— Não foi nada — Gustavo nega aos pais dele que estavam preocupados e sem entender nada — explico depois.

— Estão liberados — a diretora diz e o primeiro a se levantar é o Gustavo.

— Com licença — ele diz ao passar pelo meu pai e eu nego rindo.

[...]

Mais alguns minutos ali levando sermão da diretora e eu e Drew saímos e nossos pais ficaram em nossos lugares e quando a porta foi fechada eu respirei fundo e senti Drew segurar minha mão e me puxar pra ele que abaixei a cabeça ficando agarrada em seu peito.

— Não precisava ter feito aquilo — murmuro e ele nega enfiando a mão nos cabelos em minha nuca.

— Se eu não tivesse feito nada, estaria sendo um merda igual a ele — ele diz rouco e sorrio fraco e levanto o rosto beijando seus lábios.

— Obrigada por ter defendido a minha saía — brinco e ele ri negando.

— Por mais que eu não curta você ficar usando elas, não tem nada haver dizerem que é culpa da tua roupa um mané fazer um comentários desses. Ou apalpar sua bunda quando quiserem.

— Eu amo tanto você — digo fitando os olhos dele e ele ri de canto acariciando meu rosto e logo à porta atrás de mim se abre e eu me viro notando minha mãe me encarar assim como o Chaz atrás dela.

— Vamos, não vai ficar nessa escola — mamãe diz e eu franzo o cenho sem entender.

— Oque? — pergunto sem entender e vejo tia Samanta encarar o Drew.

— Agradeça ao futebol, pois só por isso vai continuar aqui — ela diz e Drew franze o cenho e vejo Chaz me encarar.

— Vou pra Saint Mary?

— Não — meu pai responde calmo.

— Senhor Somers, pense bem... só falta mais um ano para sua filha terminar o colegial, tem certeza que não pode pensar sobre isso?