84- Drew Bieber

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Quando cheguei em casa e vi meus pais sentados no sofá da sala assistindo televisão com meus irmãos pelo olhar deles direcionados a mim eu sabia que ouviria sermões, não tem outra saída.

— Escritório — minha mãe fala séria enquanto se levanta e Julie me encara e eu olho para o meu pai que passa a mão na nuca antes de se levantar também.

Paciência!

Eu sabia que minha mãe iria pegar no meu pé exageradamente agora.

— Oque pensa que está fazendo? Não notou que o clima não está bom pra ninguém ultimamente? Chaz e Camila quase se separando, Louise e Dani brigadas e você levando Penélope pra sei lá pra onde, sem avisar Drew? Onde passaram o dia?

Ela fala tudo de uma vez e eu encaro meu pai sentado na cadeira dele e ele nega, ele não vai me ajudar dessa vez.

— Não olhe para o seu pai, ele concorda comigo — mamãe resmunga — você e Penélope não mandam em si mesmos ainda, devem satisfações sabia?

— Perdemos a hora — digo e ela revira os olhos.

— Onde estavam? — ela pergunta e eu molho meus lábios, se eu disser ela vai brigar mais ainda.

— Cinema — digo e ela ri nervosa.

— Que filme longo esse — ela começa — não acha?

— Passeamos depois, perdemos a hora, mas assim que lembramos respondemos as mensagens, não é pra tanto mãe.

— Não é pra tanto? Sério Drew?

— Baby, vou conversar com ele — meu pai diz e minha mãe encara ele negando.

— Não Jus, ele vai me ouvir — ela volta a me encarar — quando Penélope aparecer grávida eu vou jogar na cara de você e dele também que "eu tentei evitar".

— Oque? Mãe — digo meio que assustado e dou risada disso.

— Mãe nada Jeremy — ela aponta o dedo pra mim e meu pai me olha meio que rindo da minha cara e eu nego.

— O meu pai me ensinou a usar uma camisinha a muito tempo mãe — retruco sem paciência.

— E por acaso está usando? — ela pergunta.

— Lógico — digo sabendo que essa discussão toda era só pra saber melhor sobre oque está rolando, palhaçada — e vocês têm que tirar da cabeça que toda vez que eu e Penélope estamos juntos estamos transando.

— E não estavam? — mamãe retruca curiosa e eu reviro os olhos sem paciência pra isso — ela está se cuidando? Daniela me disse que...

— Sua mãe se metia na sua vida sexual com meu pai desse jeito? — digo nervoso e ela me encara e molha os lábios e meu pai me encara sério e nega.

Eu sei que o assunto da minha avó nunca era bom, ainda mais com esse comentário que fiz, mas porra, minha mãe tem que parar com isso. Não vou engravidar ninguém, tenho dezesseis anos, mas não sou burro o suficiente pra fazer um filho agora.

E quando eu ficava com varias garotas ela nunca ficava no meu pé dessa forma, ela está pior que antes sem dúvida alguma.

— Drew — meu pai chama minha atenção e minha mãe interrompe novamente.

— Eu só quero que vocês façam as coisas com cuidado de no tempo certo — ela diz mais calma — eu amo a Penélope e você sabe disso, e nos últimos dias você viu, ter um relacionamento exige responsabilidade.

Ela se refere a briga do aniversário da Julie, onde Penélope saiu daqui chorando depois de deixar minha cara ardendo.

— Beleza mãe, eu sei disso — digo e ela assente.

— Tenha juízo, e confiarei mais em você.

Ela diz e eu apenas assenti e olhei para o meu pai que apenas assentiu pra mim também e antes que eu pudesse dizer algo, a porta do escritório foi aperta e me virei notando a minha irmã.

— Oque o Drew aprontou agora? — ela meio que ri.

E agradeço por ela ter chegado, agora consigo sair daqui de fininho fazendo assim senhora Bieber me deixar sossegado.

— Não sabia que estava em Atlanta — mamãe diz sorrindo e Sônia entra no escritório.

— Cheguei a poucas horas — ela sorri e logo me encara — e que história é essa de você e Penélope namorando, é mesmo sério?

— É — mamãe diz sorrindo e eu passo a mão na nuca.

Ótimo, mais uma pra começar a palpitar sobre minha vida.

— Fez um pedido descente? Deu flores e aquelas coisas toda que ela gosta?

— Não — nego e ela revira os olhos.

— Coitada da Penélope — ela diz e agora quem revira os olhos sou eu — ao menos deu um anel pra ela?

— Sim, com ouro branco — mamãe diz empolgada — quase três mil reais.

Reviro os olhos e encaro meu pai que assente rindo de canto, como se concordasse que eu podia fugir dali, não quero ficar ouvindo as duas falar da minha vida como se eu não estivesse ai.

— Eu vou ligar pra ela, quero detalhes de certas coisas — Sônia diz e eu nego sem paciência e saio do escritório do meu pai sentindo meu celular vibrar no bolso e o pego lendo o nome da Penélope.

Penélope/21:56 pm
Tudo bem por aí?

Digito uma mensagem dizendo que está tudo numa boa e pergunto como as coisas estão por lá, e como ela demora pra responder eu só deixo meu celular sobre a mesinha e me jogo na cama, estou com um baita sono.

Meu celular toca e franzo o cenho e atendo quando vejo que é Penélope.

Drew — sua voz de choro sooa pela ligação e eu me sento.

Penélope? Oque foi?

— Meu pai, eu... pode vim me buscar? Eu estou sozinha, a duas ruas acima da minha casa... estou com medo.

— Penélope, como assim? Está na rua sozinha a essa hora? Oque o Chaz fez?

— Eu estou machucada, tem como vim logo?

Sua voz de choro não me deixa entender, mas entendi bem a palavra "machucada" o Chaz não machucou ela, ele não fez o uma merda dessas.

Me diz que merda aconteceu?

— Eu estou cheia de marcas, oque acha que ele fez quando viu isso?

Nego com raiva e passo a mão na nuca e respiro fundo puxando minhas chaves da mesinha.

Não sai daí, vou te buscar.

• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •Onde histórias criam vida. Descubra agora