Meu pai continua conversando com o Drew na sala e eu meio que me preocupo, já que vejo o Drew toda hora negar meio confuso, só falta meu pai acabar com o namoro que acabou de começar.— Se acalma, só estão conversando — Camila diz e eu molho meus lábios.
— Oque acha que ele está dizendo para o Drew?
— Coisas do tipo "se magoá-la eu vou te matar".
Encaro Camila meio que assustada e ela ri negando.
— Foi uma brincadeira — ela ri e eu molho meus lábios e vejo Charlotte descer a escada olhando diretamente para Drew e quando o olhar dela vem contra o meu ela nega com raiva e sobe a escada de novo.
— Criança — murmuro e vejo que Camila escuta e me observa — eu não fiz nada pra ela.
— Sei que brigaram — ela diz se sentando — e também sei que ela fez isso — ela diz apontando para o meu cabelo — e vou dizer pra você o mesmo que eu disse pra ela. Vocês são irmãs, não deveriam deixar esse tipo de coisas acontecer.
— Ela não me vê como irmã, assim como eu não a considero como uma irmã também.
Dou de ombros e Camila respira fundo assentindo.
— Me arrependo muito por não ter pedido ao Chaz para ter passado mais tempo com vocês duas "juntas", deveriam ter tido uma criação melhor.
— Eu vejo a Charlotte todos finais de semana, todos os almoços em familia. Não acho que isso tenha sido um problema, convivemos juntas sim.
— Mas não como deveriam — Camila diz.
Ela meio que pensa antes de falar e olha para o Drew e depois para mim.
— Assim como você, Charlotte também cresceu apaixonada pelo Drew — Camila diz e eu a encaro — só que pra ela é mais complicado ainda entende? Charlie é nova.
— Ela é uma criança ainda — digo sem paciência — querer o Drew é um sonho alto demais pra ela, não acha?
— Drew é apenas três anos mais velho que ela — ela dá de ombros — não acho algo impossível.
— Credo, não diga uma coisa dessas. Eu namoro ele agora, sabia? — digo enojada por imaginar Charlie e ele.
— São novos — ela diz como se quisesse dizer que um dia vamos nos separar e eu me irrito com isso e apenas nego sem paciência, mas não consigo me manter calada.
— Realmente, olha meu pai e minha mãe — dou de ombros e ela me olha sem entender — mesmo casados a anos com outras pessoas, ainda tem um clima.
— Como assim? — vejo seu olhar meio mexido e dou de ombros sorrindo.
— Sabia que eles se beijaram a algum tempo? — digo e ela franze o cenho surpresa — Claro que não sabia, acho que só eu que presenciei aquela patifaria — digo rindo e olho o Drew me olhar da sala e sorri de canto e sorrio de volta.
— Penélope, oque esta insinuando é bem grave, sabe disso? Não sabe?
— Insinuando? — digo a olhando — Eu vi minha mãe beijando o meu pai no corredor dessa casa, no ano novo.
Digo e ela nega e passa a mão sobre sua boca enquanto olha para o meu pai e eu respiro fundo, mas não me arrependo de dizer. Não gostei da forma que ela falou comigo e nem do que disse.
— Se quiser tem biscoitos no balcão da cozinha, com licença — Camila diz se levantando e eu molho meus lábios notando ela sair da mesinha e eu respiro fundo me levantando e caminho até a sala novamente.
— Vamos? — chamo o Drew fazendo o pai dele e o meu me olharem.
— Eu te levo — Chaz diz e eu nego.
— Pode deixar pai, o Drew me leva.
— Eu te levo Penélope — meu pai diz mais firme e eu reviro os olhos.
— É que eu quero ir ao drive-in — digo e meu pai encara o Drew que me olha e eu dou de ombros — não quer ir?
— Aquele lugar só serve pra adolescentes ficarem fazendo besteiras dentro dos carros — Chaz nega e eu olho para ele.
— Pai, pelo amor de Deus — reclamo — você acha que eu só faço besteira? Se quiséssemos fazer algo iríamos a um motel e não ao drive-in.
Drew engasga com a água e eu encaro ele e vejo meu pai também encarar ele com um olhar furioso, com certeza pelo que eu acabei de dizer.
— Vocês já foram na merda de um motel?
Chaz pergunta se levantando e Drew nega rapidamente e eu cruzo meus braços revirando os olhos.
— Temos dezesseis anos pai — o lembro e Drew me encara como se quisesse que eu calasse minha boca.
— E é exatamente por isso que não te quero sozinha com ele dentro de um carro.
— Engraçado, a alguns dias atrás não era assim comigo. Nem se quer se importava, oque foi agora? Resolveu ser pai?
— Penélope — tio Justin chama minha atenção e eu molho meus lábios ainda encarando o meu pai.
— É sério, a alguns dias eu saia pra onde eu quisesse. Mesmo não sendo na parte da noite, eu poderia estar por aí sabia? Com garotos, fazendo muitas besteiras — provoco — e você nunca nem se quer se preocupou. Aí agora quando eu estou com alguém, "namorando" você resolve ser o pai super protetor.
— Eu vou levar ela pra casa — Drew diz se levantando deixando seu copo na mesinha ao lado.
— Ao drive-in — digo e meu pai respira pesado passando a mão em sua nuca enquanto me olha pensativo.
— Vou ligar pra sua mãe as onze, e espero que esteja em casa — ele diz e eu sorrio satisfeita.
Drew segura minha mão e eu molho meus lábios olhando pra ele e apenas digo boa noite ao meu pai e ao Justin e vejo o olhar do meu pai para o Drew. Será que ele pensa que faz medo em alguém?
— Precisava disso tudo? Sério? — Drew diz abrindo a porta do carro e eu dou de ombros abrindo a porta do passageiro.
— Não vi nada demais, apenas a verdade.
— Você provoca demais Penélope, às vezes esquece oque ele pode fazer — Drew diz batendo a porta e eu olho pra ele.
— Me bater?
— Te enviar pra Saint Mary — ele diz e eu franzo o cenho e molho meus lábios me lembrando que realmente meu pai me ameaçou com isso.
Mas não estou nem aí, ele não fará isso mesmo.
— E então, vamos ao drive-in?
— Penélope, não é uma boa ideia — ele diz e eu franzo o cenho — a galera toda esta lá.
— E isso tem algum problema?
Drew molha os lábios desviando seu olhar do meu e eu solto uma lufada de ar enquanto nego, chateada.
— Sério? É isso? Ainda tem vergonha de mim não é?
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• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •
FanfictionUma nova geração crescendo pelas ruas de Atlanta, já se perguntaram como estariam os filhos de Justin e Samanta? Ou os filhos de Evan e Emma? Esse livro responderam a suas perguntas. Ainda não leu Drug Of Love e nem Condenados pelo Amor? Não tem pro...