9- Drew Bieber

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Termino de me arrumar ajeitando meu topete molhado e encaro minha mãe entrar no meu quarto, ótimo, tudo que eu queria agora, ouvir mais sermão logo de manhã , bem no dia que tenho um jogo.

— Espero que se lembre que tem uma pessoa que você vai levar pra escola hoje.

— Oque? Mãe — nego e ela levanta o dedo.

— Vai levar ela todos os dias, e também vai se desculpar — ela diz séria, só podia ser piada.

— Já não acha que deu merda o suficiente? Eu não a suporto e ela sabe disso, eu disse na cara dela.

— Sinto vontade de te bater sabia — minha mãe diz fazendo aquela cara irritada e eu me afasto — ela gosta de você e você faz uma coisa dessas com a menina Drew, eu não te criei assim.

— Ela não gosta de mim, tira isso da sua cabeça — digo pegando minha chuteira colocando na bolsa — já disse a vocês, Julie já disse, até os pais dela sabe, ela não é dessas garotinhas que se apaixonam mãe. Quando vai entender?

— Praticamente criei aquela menina Drew, sei dos valores dela, sei que não é oque todos dizem. Conheço a Penélope entendo os sentimentos dela.

— Só acho uma merda querer me forçar a ser amigo dela — digo e ela revira os olhos.

— Somos uma família, precisamos ser unidos — ela dá de ombros — e pode por favor me dizer oque aquela menina fazia aqui ontem?

— Coisas da escola — não minto e ela cruza os braços — eu já disse ao meu pai.

— Também sou sua mãe, quero saber.

Ela resmunga e eu começo a explicar novamente e ela escuta calada, mas ameaça me bater quando chego na parte das coisas que disse pra insuportável da Penélope.

No carro jogo a bolsa no banco de trás e saio pegando minha carteira de cigarro escondida no porta luvas, hoje não tem Julie, e eu estou cheio pra cacete, gostava de fumar quando eu estava nesse clima. Mas joguei fora assim que virei a rua da casa dela, e ela estava lá.

Roupa de líder de torcida e cabelo amarrado em rabo de cavalo , seu olhar vem contra o meu e molho meus lábios e ela apenas entra batendo a porta.

— Sobre ontem...

Começo e ela nega me interrompendo e encaro seu rosto.

— Eu sei que tia Samanta é bem convincente — ela diz séria, sem piadinhas e eu apenas ligo o carro saindo e ela tosce algumas vezes abrindo o vidro do carro.

Penélope tem asma, desde criança, e é por isso que está tossindo, com certeza por causa da nicotina do cigarro ainda no ar do carro e eu passo a mão na nuca e clico no ar condicionado e ela me olha de lado, mas não diz nada.

Quando estaciono enfrente a escola vejo alguns olhares, hoje tinha jogo e a galera dos outros colégios estavam aqui, e ver a líder de torcida conhecida por ser bem rodada no meio dos jogadores saindo do meu carro, não me pegou bem. Pois vi os cochichos, Penélope ignora todos os olhares , andando pela calçada rebolando sua bunda redonda naquela roupa e eu meio que nego, essa menina era mesmo maluca.

— Oque está rolando? — Léo me pergunta.

— Oque?

— Geral comentando, Penélope e você — ele diz e eu faço careta

— Geral pirou então — digo e encaro algumas pessoas que logo desviam o olhar.

— Eu bem que imaginei, você me contaria se tivesse algo acontecendo — ele diz desconfiado e eu o encaro.

• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •Where stories live. Discover now