45- Drew Bieber

100 11 0
                                    


Joguei a mochila na mesa e me sentei na cadeira notando Léo me encarar meio desconfiado e passei a mão no meu topete úmido e vi Rebeca entrar na sala junto às líderes usando seus uniformes que a deixava gata pra caramba.

— Ontem você sumiu cara, onde se meteu? Pensei que tivesse ido na sua casa buscar alguma coisa —Léo diz me fazendo tirar o olhar da Rebeca e olhar pra ele.

— Tive que ficar em casa, senhora Bieber, sabe como ela é — minto e ele apenas assente e eu encosto na parede notando a Rebeca vim em minha direção.

— Não me respondeu mais — ela diz meio que sorrindo e sorri para o Léo também meio envergonhada — está tudo bem?

— Eu acabei esquecendo — digo e ela toca minha mão e apenas assente e eu sorrio de volta pra ela e quando ela se vira pra voltar para o seu lugar eu vejo a loira entrar na sala usando seus óculos e com um rosto nada animado, ela estava bem séria por sinal.

E eu até pensei que ficaria tudo numa boa, mas não tem como simplesmente ignorar que eu e Penélope transamos. Porra, se antes já era complicado agora vai ser muito pior. Uma tensão do caralho.

Molhei os lábios e desviei o olhar do dela e vi Léo me encarando e franzi o cenho ao notar ele ri negando.

— Oque foi?

— Não acredito que ficou com a Penélope e nem se quer me disse — ele murmura — e ia deixar desse jeito. Sem me contar.

Ele me dá um soco no ombro e eu passo a mão no topete e olho pra Penélope rapidamente notando ela se sentar emburrada.

— Não é nada disso — tento mentir e levo outro soco no ombro.

— Qual é otario, sou seu melhor amigo. Desde quando me esconde as coisas?

— É uma merda de assunto — murmuro e ele nega olhando pra Penélope e agora quem o soca sou eu.

— Porra — ele passa a mão no local do soco — mas como assim ficaram? Pensei que isso fosse algo impossível.

— Longa história — digo tentando sair daquele assunto, na verdade nem eu sabia como eu e Penélope acabamos naquele beijo, como eu disse, foi algo inesperado, algo que deu vontade no momento.

A professora logo chega com alguns tecidos nas mãos meio que animada e eu ignoro, e observo Rebeca e as líderes sorridentes, com certeza tinha haver com a peça.

— Oque Penélope vai usar? Dona de cabaré tem que usar roupa sexy com direito a cinta liga — Gustavo diz no fundão e eu passo a mão no cabelo olhando pra Penélope que nem se virou pra xingar o Gustavo ou algo assim.

— Como foi sua festa? — vejo Marie perguntar se virando pra ela e meio que sorrio de canto, sabia que agora daria merda.

— Bem melhor do que a festinha cafona que você foi — Penélope diz sorrindo e eu molho meus lábios meio que querendo ri, mas apenas ignoro voltando a olhar pra professora.

— Espero que vocês estejam ensaiando a fala de vocês — ela diz e vejo Rebeca me olhar, sabia que não tínhamos ensaiado dia nenhum.

— Hoje? — ela murmura baixo e eu leio seus lábios e apenas concordo.

E não preciso nem comentar que Penélope me encarava bem nesse momento, ignorei seu olhar e foquei em olhar apenas pra professora que começava a falar de como seria a apresentação.

[...]

Léo saiu da sala ao meu lado com sua mochila no ombro como eu, e franzi o cenho ao ver Penélope de frente ao seu armário enfiando seu uniforme de líder lá dentro e entre meus pensamentos encarei Gustavo e os caras passarem por ela, e Gustavo deu um tapa em sua bunda a fazendo encara-lo furiosa.

— Gostei do cabelo Somers — ele disse entre o riso andando pelo corredor e vi Penélope me olhar e molhar seus lábios batendo a porta do armário saindo pelo corredor.

— Vai ter que me explicar direitinho oque rolou — Léo tromba em mim — isso está muito estranho.

— Se eu te contar não vai acreditar — nego enquanto damos passos pelo corredor da escola.

— Diz logo — Léo insiste e eu molho meus lábios e meio que sorrio de canto.

— Pra começar, Penélope era virgem — digo baixo e ele me encara e eu apenas concordo saindo da escola — eu disse que não iria acreditar.

— Espera — ele para de andar e eu me viro pra ele que agora me encarava — você disse "era", oque isso quer dizer?

Eu apenas assenti passando a mão no rosto e ele nega rindo meio que assustado.

— Rolou, e é por isso que está esse climão todo.

— PUTA QUE PARIU DREW BIEBER — ele grita e eu olho em volta notando algumas pessoas nos encarar e nego o empurrando.

— Para de gritar porra — digo e ele ri negando e agora encara o carro da Penélope na cor rosa e eu meio que nego, sério que o tio Chaz tinha mesmo dado pra ela um carro rosa?

— Você é muito sortudo cara — Léo diz me tirando dos pensamentos — além de pegar uma gata daquela, conseguiu tirar o selo.

Franzo o cenho meio que rindo da cara dele.

— Quem é que diz selo? — zombo da cara dele e nego — Que porra é essa.

Molho meus lábios e entro no carro e ele faz o mesmo já que iria pra minha casa, vejo Rebeca atravessar a rua e abro a porta do carro saindo dele assim que ele se aproxima.

— Tem compromisso? — ela pergunta olhando pra o Léo — Pensei que podíamos ensaiar hoje.

— A tarde eu passo na sua casa, pode ser?

— Na lanchonete — ela sorri fraco — vou ficar lá sozinha.

— Beleza — digo e ela sorri assentindo e se aproxima beijando meu rosto me fazendo sentir seu perfume e quando ela se afasta encaro seus olhos me lembrando da noite que a deixei esperando na lanchonete.

Eu sabia que não ficaria apenas nos beijos, o lance estava quente demais pra ficar apenas por aquilo mesmo. E foi por isso que voltei em casa pra buscar a maldita camisinha, pois não ando com camisinha no meu carro a muito tempo.
E foi assim que eu acabei que transando com Penélope e não com ela.

Vejo Rebeca me olhando meio estranha e molho meus lábios, por que merda eu estou pensando na Penélope agora?

— Até mais tarde — ela diz saindo e eu apenas assenti passando a mão na nuca e encarei o carro notando Léo ri da minha cara.

• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •Donde viven las historias. Descúbrelo ahora