Estaciono enfrente minha casa e nego ainda com raiva e passo a mão no rosto e antes que eu pense em outra coisa a porta se abre e vejo Rebeca entrar e franzo o cenho.
— Conversou com ela? — ela pergunta e eu concordo — Deixa eu adivinhar, ela deu um chilique.
— Não — digo sério — ela terminou comigo.
— Sério? Ela... terminou? — ela pergunta surpresa e eu concordo — A obsessão dela passou?
— Parece que sim — digo escorando no banco meio que tenso por isso tudo e sinto a mão na Rebeca sobre a minha.
— Talvez seja nossa chance — ela diz e eu a olho sem entender — de ficarmos juntos.
— Rebeca — nego — Penélope acabou de terminar comigo e...
Sinto ela se inclinar e franzo o cenho e sinto ela encostar sua boca na minha, e eu não disse nada, esperei pelo beijo e ela avançou mais ainda e eu segurei seu rosto correspondendo ao seu beijo, que era calmo e lento ainda como eu me lembrava, seu perfume que eu me lembro de sempre me fazer querer puxar ela pra mim invade minhas narinas e mordo seu lábio com calma notando ela sorri entre meus lábios.
— Eu disse que eu amo você — ela sussurra entre meus lábios e eu abro os olhos devagar — não me respondeu.
— Oque quer que diga? — digo rouco e ela sorri dando de ombros.
— Eu sei lá, deveria me pedir em namoro. Não acha?
Isso meio que mexe com meus pensamentos, eu sabia que isso não daria certo, a alguns minutos atrás eu estava com Penélope. E ainda nem caiu a fixa que realmente Penélope terminou comigo. Não dá pra simplesmente pedir outra em namoro agora.
— Vamos com calma — digo e Rebeca se afasta ainda me olhando — eu estava em um relacionamento minutos atrás.
— É, eu sei — ela diz respirando fundo — mas Penélope sabia que estávamos nos envolvendo quando vocês decidiram começar.
Apenas assenti e franzo o cenho ao encarar a entrada da minha casa notando Julie e algumas garotas da idade dela nos encarando e vejo o celular na mão dela e já imagino oque ela estava fazendo e nego saindo do meu carro.
— Drew — Rebeca me chama e eu atravesso a rua indo até minha irmã caçula.
— Apaga — digo e ela cruza os braços irritada.
— Tarde demais, já enviei, ela já visualizou e até me bloqueou — ela diz e eu nego com raiva.
— Que porra você tem na cabeça Julie?
— Ela merece ok? Ela inferniza a vida de todos — ela diz irritada e eu nego.
— E você resolveu ficar igualzinho a como ela era antes não é mesmo?
Julie apenas revira os olhos e se vira e eu encaro Charlotte que sai com ela e eu nego passando a mão na nuca e pego meu celular do bolso ligando pra Penélope, e é claro que ela não iria me atender.
Rebeca sai do meu carro e eu respiro pesado enfiando meu celular do bolso.
— Eu preciso ir pra casa — ela diz meio que receosa e eu molho meus lábios.
— Eu levo você — digo e ela assente e voltamos para o meu carro.
E o caminho inteiro vamos em silêncio, e não vou mentir que Penélope não estava na minha cabeça, pois ela está. Se fosse a alguns meses atrás eu ficaria feliz em ver ela naquele estado, mas agora, eu me sinto um merda por deixar ela naquele estado, e agora eu sabia que com certeza ela estaria dez vezes pior, graças a Julie.
— Me desculpa por tudo — Rebeca diz quando estaciono enfrente a lanchonete.
— Tranquilo, eu e Penélope já sabíamos que não daríamos certo — digo e ela respira fundo.
— Pode me ligar se quiser — ela diz e eu apenas assenti e ela se aproximou beijando meu rosto e eu meio que molhei meus lábios desviando meu olhar do seu decote e senti sua respiração ficar próxima da minha boca e não demorou muito pra rolar outro beijo.
Só que dessa vez não foi calmo, Rebeca se aproximava cada vez mais, correspondi seu beijo com mais desejo e a puxei para o meu colo em um ato meio que por extinto e desci a mão até o suporte do banco o empurrando fazendo o banco deslizar pra trás e ela sentou em meu colo me fazendo segurar sua cintura enquanto desci o beijo para seu queixo já que estávamos quase sem ar, sua risada gostosa sooa e eu paro os beijos quando cinto ela meio que rebolar sobre meu colo e respiro fundo negando, que merda estou fazendo?
— Rebeca — nego enquanto a chamo e sinto ela morder minha orelha.
— Banco de trás, eu sei — ela diz enquanto ri e volta a me beijar e eu tento negar, mas sua mão em minha nuca meio que puxando meu cabelo enquanto me beija fode com minha mente.
Aperto sua bunda por cima de sua calça jeans e ouço ela arfar entre meus lábios.
— Tem camisinha aqui? — ela pergunta e eu molho meus lábios e concordo meio que sem pensar, eu não vou transar com ela. Não hoje.
— Rebeca é melhor pararmos — nego e ela se afasta me encarando ainda sentada em meu colo.
— Você quer e eu também, qual o problema?
— Não notou oque rolou agora apouco? Porra — nego e ela revira os olhos.
— Sério que quer pensar nela agora? Logo agora?
— Ela é minha ex namorada — digo e isso meio que pesa em mim, "ex namorada", é isso que ela é agora.
— É impressionante como ela consegue a atenção de todos — Rebeca diz saindo do meu colo — e eu que pensava que você era diferente.
— Se for pra falar disso, também tenho que falar. Você é bem diferente do que eu pensava que fosse — digo sério e ela me encara — a garota que eu levei pra sair na primeira vez não rebolaria no meu colo oferecendo pra ir para o banco de trás.
Digo sem pensar e ela ri de raiva e sinto o tapa em meu rosto e respiro pesado negando e ouço ela apenas me chamar de idiota e sair batendo a porta e eu dou um murro no volante escorando a cabeça no banco.
Porra Drew, hoje não é seu dia.
•••••
Notas finais:
eu "NÃO" me esqueci de Bless, Sônia e nem de Lins. É que Penélope e Drew são os meus bebês principais dessa história. Então relaxem, aí pelo meio eles aparecem mais ok? Beijooo
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• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •
FanfictionUma nova geração crescendo pelas ruas de Atlanta, já se perguntaram como estariam os filhos de Justin e Samanta? Ou os filhos de Evan e Emma? Esse livro responderam a suas perguntas. Ainda não leu Drug Of Love e nem Condenados pelo Amor? Não tem pro...