41- Penélope Somers

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Sônia bebia conversando com seu colega sentados nas cadeiras de sol ao lado da piscina enquanto eu comia aqueles salgadinhos sentindo a raiva e a tristeza me invadir.

— Senhorita, queremos saber se vamos ter que servir o restante do bufê — a garçonete diz e eu nego olhando toda aquela comida espalhada pelas mesas.

— Guarde tudo — digo respirando fundo — e estão dispensados.

Ela apenas assente e eu molho meus lábios dando um gole na minha bebida sentindo o gosto de álcool e parei de beber em seguida.

Nem vontade de beber eu estou, a noite foi um fracasso, meu aniversário foi literalmente um fracasso.

— Ei, eu amo essa música — Sônia diz me chamando e a vejo começar a dançar e nego.

— Eu vou ao banheiro — digo e ela cruza os braços — eu já volto.

Finjo um sorriso e ela acaba que não insistindo e eu me viro entrando novamente na casa da tia Sam ignorando os garçons que guardavam toda aquela comida. Que esperdício.

Subo a escada mordendo meu lábio e antes de ir para o quarto de hóspedes vejo a porta do quarto do Drew aberta e franzo o cenho indo até lá. Molho meus lábios notando que ele não estava, ele ainda deve estar na festa na lanchonete da sonsa. Passo a mão sobre sua mesinha e me sento em sua cama olhando a foto dele com os pais e seus irmãos ao lado e molho meus lábios meio que negando. Eu só consigo me lembrar do nosso beijo e de como eu me senti ao ser beijada por ele.

— Penélope — a voz dele sooa pelo quarto e eu me assusto encarando a porta — oque está fazendo no meu quarto?

Drew entra e eu olho em volta e me levanto tirando os fios de cabelo do rosto.

— Eu... estava procurando você — digo rápida e ele franze o cenho — não ficou na festa?

— Eu esqueci umas coisas — ele diz encarando a gaveta da sua cômoda e eu meio que não entendo, mas logo percebo.

— Camisinha? — pergunto e ele nem se quer disfarça — Vai ficar com a nerd? Sério?

— Isso não te interessa Penélope — ele diz nervoso como sempre e abre sua gaveta e eu nego com raiva.

É claro que eu não permitiria uma coisa dessas, e não me importo se ele vai me xingar ou não. Puxo seu braço com força e ele me encara.

— Já se esqueceu oque ela fez? — digo alto e ele passa a mão no rosto.

— Não me faz te xingar no dia do seu maldito aniversário — ele diz respirando fundo e eu nego.

— Acredite, meu dia não pode piorar.

— Sai do meu quarto Penélope — ele diz e eu nego cruzando os braços.

— Não vai ir ficar com ela, não assim — digo encarando sua gaveta e ele ri meio que irônico.

— Você não é minha mãe e nem nada minha porra, isso já virou um inferno Penélope. Se toca porra.

— Eu só estou tentando ser sua amiga, e fazer isso não vai...

— Quando vai perceber que não quero ser seu amigo caramba? Se fosse possível eu nem se quer séria próximo a você.

Ele praticamente grita e eu engulo seco e ele nega percebendo que isso me afetou e se afasta e eu molho meus lábios.

— Não fica com ela — peço baixo e ele me encara como se eu tivesse dito algo absurdo.

— Você não existe, sério — ele diz e eu me aproximo dele.

• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •Where stories live. Discover now