67- Penélope Somers

90 11 0
                                    

— Eu estive pensando, temos que ter apelidos — digo entre e os lábios dele e ele ri meio que negando

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

— Eu estive pensando, temos que ter apelidos — digo entre e os lábios dele e ele ri meio que negando.

— Isso é ridículo demais — ele diz e eu reviro os olhos.

— Eu acho fofo — digo sorrindo — sempre quis te chamar de amor, ou de baby como a tia Sam chama o seu pai.

— Não — Drew faz cara de nojo e eu meio que dou risada disso — Drew está bom.

— Que tal, meu Jer?

— Jer? — ele ri negando — Que porra é essa?

— Todos te chamam de Drew — digo pensativa — quero um apelido que só eu diga.

— Continuarei te chamando de Penélope — ele diz e eu reviro os olhos.

— Podia me chamar de loirinha — digo acariciando seu rosto e ele ri de canto.

— Prefiro Penélope — ele diz e eu solto uma lufada de ar.

— Podia ser menos anti-romântico.

— Gosto do seu nome — ele dá de ombros e eu franzo o cenho surpresa por ouvir isso e sorrio fraco molhando meus lábios.

— Já sei — dou um pulinho na cama meio que animada e ele franze o cenho — neneco.

— Neneco? — ele ri — Qual é Penélope?!

— É fofo — digo e ele nega.

— Aham, chega a ser horroroso — ele diz deitando na cama e eu reviro os olhos deitando ao lado dele.

— Não pode me chamar só de Penélope — digo encarando o teto assim como ele fazia.

— Gatinha?

— Chamou muitas assim?

— Todas eu acho — ele diz e eu dou um tapa em sua coxa e ele diz um "aí" entre o riso rouco.

— Quero algo único — dou de ombros — pode pensar em algo?

— Vai esquecer esse neneco aí?

— Vou — digo entre o riso.

Drew segura pela barra do meu short me puxando pela cintura encostando nossos corpos e sorrio ao ver seus lábios próximos dos meus e fecho meus olhos sentindo ele me beijar, e eu amo esse clima maravilhoso que fica no ambiente quando estamos assim, juntinhos.

— Me empresta seu celular? Preciso dizer a minha mãe que estou aqui — digo separando nossos lábios assim que me lembro — a carga do meu esgotou.

— Pega — ele murmura com a boquinha avermelhada por causa dos beijos e eu sorrio com isso.

Ele me entrega seu celular e eu passo o dedo sobre a tela o destravando e franzo o cenho ao abrir bem em uma conversa, e eu leio apenas a mensagem recebida que era um "saudades" e engulo seco lendo o nome acima.

Vejo Drew me olhar, sabia que ele tinha notado que eu havia visto aquilo. Saio das mensagens e disco o número da minha mãe me sentando na cama.

Enquanto a chamada é efetuada eu sinto meu peito se apertar, eu odeio me sentir insegura. Mas, por que Drew está conversando com outra garota?

Alô.

— Sou eu, eu estou na tia Samanta.

— Tia Samanta, ou no Drew, Penélope?

— Aqui.

— Não demore, seu pai vai me irritar se souber que está aí.

— Ele sabe — digo molhando os lábios — mas tudo bem, não irei demorar.

Assim que desligo eu apenas travo o celular e devolvo para o Drew que me olha de canto mexendo em seu cabelo.

— Acho melhor eu ir pra casa — digo meio baixo e ele me olha.

Está de carro?

Estou — digo e ele assente e eu mordo meu lábio pensativa e ele se levanta.

E eu reviro os olhos sem que ele veja e respiro fundo me controlando. Drew desce comigo e na escada ainda vejo minha irmã e Julie nos encarar e começarem a me provocar.

Tem gente que mente sobre tudo, e tem outros imbecís que acreditam em tudo — Julie diz alto e eu molho meus lábios ignorando.

Vejo Charlotte me encarar e ignoro saindo da casa do Drew ao lado dele,que segura minha mão antes que eu saia.

— Quer conversar? — ele pergunta rouco e eu nego.

— Me liga mais tarde? — pergunto e ele assente e eu me preparo pra sair e sinto ele segurar minha mão novamente.

Me aproximo e sinto sua mão em meu quadril, onde ele a aperta por alguns segundos , e beija meus lábios me fazendo sorrir ao sentir sua mão quente em minha nuca.

— Tchau — ele diz rouco próximo a minha boca e eu abro os olhos com calma e molho meus lábios e sorrio fraco.

E ouço Julie gritar por ele o fazendo passar a mão na nuca e eu me despeço descendo os degraus.

[...]

No carro enquanto dirijo de volta pra casa fico pensando apenas na mensagem que vi no celular dele, ele havia respondido uma garota. Isso significa que ele ainda mantém contato com aquelas universitárias safadas, e vi muito bem oque estava escrito naquela mensagem.

Ele vai respondê-la? Ele sente saudade também? Eu detesto me sentir assim.

E eu não pude nem surtar e tirar satisfação, ainda sinto que Drew não me pertence. E esse anel em meu dedo não quer dizer que ele me ama, sei que não ama. E é horrível saber que não tem amor da parte dele, sendo que da minha parte praticamente transborda.

Mordo meu lábio com força negando pra mim mesma, não quero pensar nisso.

Ao chegar em casa eu não vejo Louise e nem mamãe pela sala e subo para o meu quarto, colocando meu celular pra carregar enquanto me jogo na cama ainda pensativa, insegura demais.

Ouço meu celular ligar e as mensagens começaram a chegar sem parar e me levanto indo até minha mesinha o pegando o deixando ainda no carregador e franzo o cenho ao ver que era um contato "não salvo".

Antes que eu leia as mensagens vejo o celular tocar e franzo o cenho antes de atender.

Oi?

— Está livre?

— Oque? Quem é?

—Luan , disse que me ajudaria nas matérias. Eai, está livre agora?

— Acho que sim — digo meio que rindo e surpresa por ser ele — quer que envio algumas coisas por mensagem?

— Não, quero que me encontre enfrente a escola. Daqui dez minutos.

Franzo o cenho e ouço a chamada ser finalizada e encaro meu celular sem entender e nego.

— Maluco — digo rindo e molho meus lábios.

Ele falou mesmo sério? Sobre encontrá-lo daqui à 10 minutos?

• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •Where stories live. Discover now