Lena nasceu em Salem, mas depois que seus pais se separaram passou a ir de cidade para cidade com sua mãe. No entanto, após um trágico acidente, ela se vê obrigada a voltar para o lugar no qual nasceu.
Sem dúvidas é um lugar que abriga uma historia...
Depois de uma eternidade tentando escolher como me vestir, acabo optando por uma calça jeans cintura alta acompanhada por uma blusa preta de manha longa ombro a ombro que está com a parte da frente para dentro. Coloco meu coturno e o colar que ganhei da minha mãe no pescoço antes de fazer uma maquiagem leve e passar perfume.
Não deveria estar nervosa por estar saindo com ele, mas se for honesta eu estou. Resolvo não levar bolsa e coloco meu documento e meu celular no bolso traseiro antes de sair do quarto prestes a rir de mim mesma pela minha reação.
Ao chegar à sala encontro Aron sentado no sofá, analiso o seu tronco e fico vermelha com os pensamentos que rondam minha cabeça. Ele está usando uma blusa preta apertada que deixa em destaque seus braços fortes, a calça jeans e o tênis ficam igualmente perfeitos nele.
Notando minha presença ele abre um sorriso na minha direção e borboletas enchem meu estômago. O alerta de perigo surge na minha mente e as chances de eu já estar apaixonada por ele aumentam.
- Você está linda como sempre. – volto a corar e sorrio timidamente.
- Acho que já disse isso, mas é injusto alguém ser tão bonito como você. – digo fazendo um esforço para tirar o foco de mim, elogiar ele também não é nada fácil – Vamos?
- Sim senhora.
Entro no carro dele e coloco o cinto de segurança, Aron faz o mesmo no seu banco e saímos da garagem.
- Estou arrumada o suficiente para o lugar? – pergunto esperando que sim.
- Sim.
Demoramos vinte minutos para chegar ao lugar e quando desço fico um tanto deslumbrada. É simples, mas aconchegante. Um lugar que tem as características que me atraem.
- Aposto que vai adorar o macarrão daqui. – sorrio ao perceber que ele sabe o tipo de comida que eu gosto.
Entramos e escolhemos uma mesinha mais isolada antes de fazermos o pedido. Quando a moça sai olho para Aron e ele me abre um sorriso. Adoro seu sorriso.
- Tenho me perguntado uma coisa. – arqueio a sobrancelha esperando que ele continue – Você já teve algum namorado?
- Não. Fiquei com algumas pessoas, mas nada sério já que eu sabia que não passaria tempo o suficiente para ter um relacionamento. – mesmo tendo medo da resposta resolvo devolver a pergunta – E você, já esteve com alguém?
- Não a sério. – um suspiro lhe escapa – Sendo bem sincero, eu já dormi com algumas pessoas, - meu estômago se revira com essa afirmação. Quer dizer, eu já imaginava isso, mas ouvir é cruel. Quase tão cruel quanto foi ouvi-lo fazendo isso – só que nunca foi nada além.
Isso é absolutamente algo que eu não quero saber, a vida sexual dele não me interessa.
- Não precisa fazer essa cara. Não toco em ninguém desde que... – o interrompo levantando a mão.
- Agradeço por esclarecer as coisas para mim, mas duvido que você queira saber de qualquer que seja minha experiência passada. – ele nega com a cabeça rapidamente e eu sorrio – Quer dizer, você ficou com raiva por eu dizer oi ao Ry.
- É uma coisa sobre nós. Por favor, não pense que eu sou um machista maluco, é só que lobos são territorialistas e já disse que nossa ligação é complicada. – ele suspira – Meu lobo entende que você é minha e ele definitivamente não quer te dividir.
Solto um risadinha ao escutar isso e logo em seguida nossos pedidos chegam. Comemos e rimos de coisas bobas antes do assunto chegar a sua família e Aron ficar completamente sério.
- Sabe, eu adorei conhecer sua mãe. – suavizo o assunto depois que ele cita seu pai e fica com o olhar sombrio.
- Ela também adorou conhecer você. Há muito tempo ela tem desejado isso, desde que eu deixei de ser uma criança. – me pergunto o motivo para ele ter se tornado frio e também para detestar o pai tanto assim. Acho que ele pode ver isso nos meus olhos já que ele continua falando – Meu pai não é uma boa pessoa, ele só pensa em poder e dinheiro. Minha mãe teve a má sorte de se casar com ele, achava que Jonh Cage era decente. Porém, depois que ele teve o que quis se tornou cruel. Passou a trair ela descaradamente e quando eu tinha doze ele levantou a mão, rosnei para ele e no final fui eu que apanhei.
- Eu sinto muito. – não conheço aquele homem, mas estou perto de detestá-lo.
- Quando fiz dezoito tive que sair de lá para não fazer uma besteira, levei Esther comigo já que odiava vê-lo sendo cruel com ela também. Gostaria de poder tirar minha mãe de lá também, mas ela, por algum motivo, não quer.
- Algumas decisões não são nossas. Lamento por tudo, mas admiro sua preocupação para com as duas. – ele está irritado por causa do assunto e eu mudo um pouco a direção das coisas – Queria que minha mãe pudesse conhecer você.
- Eu adoraria a conhecer também Le. – sorrio sem dentes para ele que pede a conta logo em seguida.
Saímos de lá e vamos tomar um sorvete, amo sorvete. Ficamos fora por pelo ou menos mais uma hora e quando retornamos eu estou feliz.
Entro dentro da casa escura e subo as escadas atrás de Aron. Quando estamos na porta do meu quarto ele para e se volta para mim.
- Gostou? – pergunta se aproximando de mim.
- Muito. – não consigo parar de sorrir.
Ele se aproxima de mim e beija minha testa, depois desce e da um beijo na minha boca. Antes que ele tenha chance de se afastar muito eu seguro sua mão e olho para ele.
- Fique. – sinto que tudo isso é rápido demais, mas eu quero estar perto dele.
- Vou me trocar e volto já. – ele parece satisfeito com meu convite e eu também estou.
Coloco minha calça de moletom e a blusa folgada que costumo usar para dormir. Assim que termino ouço uma batida na minha porta e permito a entrada ainda virada para a cama e ao me virar meus olhos se grudam a ele.
Está com um calça de moletom e sem camiseta, o peito esculpido me causa sensações estranhas e eu viro a cabeça envergonhada por estar olhando tanto, recebendo uma risada em troca.
Ele se vira e apaga a luz antes de caminhar para cama onde eu já me aconcheguei. Deitando-se ao meu lado e me puxando contra seu lado ele puxa o cobertor. É tão esquisito, mas só parece certo.
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