Ultimatun

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Após fazer sua típica batida ritmada na porta e escutar o entre do Doutor, a Major adentrou o escritório. Carlisle estava concentrado, sentado em sua cadeira e folheando os papéis que a garota havia lhe entregado horas antes. Ela ficou um bom tempo no banho e enrolou-se para colocar a roupa. Estava envergonhada de ter gritado – novamente – e dito palavras de muito baixo calão na presença de Esme, mas era impossível refrear-se quando o assunto era discutir com Edward e Jasper. Sendo assim, a primeira coisa que disse após o Doutor lançar-lhe um olhar caloroso e um sorriso gentil, foi:

- Desculpe pelo meu comportamento mais cedo, não devia ter perdido a cabeça.

Carlisle soltou os papéis em sua mesa e alargou o sorriso, fazendo um sinal para que a garota sentasse na cadeira à sua frente.

- Está tudo bem querida, não tem de preocupar-se com isso. Nossa família está mais do que acostumada com os chiliques e ameaças de morte que Rose fornece à Edward todos os dias e, sem querer ofender, a briga que vocês tiveram foi bem tranquila, se formos comparar. Já presenciamos situações piores, acredite.

- Certo, é um alívio saber disso. E sobre o outro assunto...

- Acredito que todos nós temos o direito de ter nossas próprias opiniões e querer expressa-las. Edward tem a dele, você tem a sua e isso é bom. A conversa que tivemos correu muito melhor do que Alice achou que correria e devo acrescentar que estou orgulhoso de seu posicionamento. Você passou por coisas terríveis para chegar onde está agora, assim como nós, e creio poder falar por todos quando digo: você tomou a decisão certa. Uma hora Edward perceberá isso, tenho certeza. E Rose pode até não concordar com a ideia de humanos tornando-se imortais, mas ela também se orgulha de você ter dado o beneficio da escolha para Triz e Bella, é mais do que todos nós tivemos.

Anna assentiu, envergonhada. Ainda não tinha falado com Rose depois do ocorrido e tinha um certo receio da reação que ela teria. Conhecia a sua história e entendia o lado dela, esse era o único motivo por não tentar fazer com que ela e a prima se dessem bem. Uma hora as duas iriam se acertar sozinhas.

- E que bom que veio, precisava falar com você. Andei vendo seus exames antigos e os mais recentes, mas estão todos normais. Nada alarmante, nem qualquer coisa que possa explicar o seu controle para com o sangue humano sendo uma vampira tão jovem. Minha suspeita é o fato de você ter tido muito conhecimento sobre a nossa espécie quando era humana, talvez isso a tenha preparado psicologicamente. Você sempre tentou proteger a todos para que não se machucassem e creio que isso tenha influenciado em algo, mas não posso me basear 100% nisso. Você ainda sente sede com o sangue humano, mas consegue não atacar e é isso que está me tirando o sono.

Ela riu, assim como ele.

- Você não dorme, Doutor.- brincou.

- Tem razão. Agora, sobre o fogo, creio que isso sim seja um dom. E um dom bastante poderoso, diga-se de passagem. Nunca conheci nenhum vampiro que possa entrar em contato com fogo e não se queimar no processo, Anna. Não é atoa que Aro ficou curioso com você, Bella e Triz.

- Estive pensando... se não me machuca, será que pode machucar os outros? Claro que eu não quero testar essa teoria...

A não ser que Edward se voluntarie, claro!, pensou.

- Creio que sim, por isso ele o torna tão perigosa. Minha teoria é que alguém como Aro adoraria tê-la em sua coleção para poder controlá-la e fazer de você a sua arma, mas ele precisaria de algo para poder conte-la, para caso você se voltasse contra o Clã. Acho que é ai que entram Beatriz e Bella. É claro que Aro não sabe o que você consegue fazer, nós também não sabemos, tão pouco o que sua prima e irmã poderão fazer se escolherem essa vida. Mas uma coisa é certa: os Volturis não irão desistir, leve o tempo que for. Querem Edward e Alice também e isso me preocupa o tempo inteiro.

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