A long trip

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Ninguém sabia exatamente o que esperar. Compreendiam, apenas, que estavam seguindo uma viagem de carro que duraria seis horas inteiras, tudo para evitar embarcações e deixar a vampira longe de qualquer humano. Bree não falou muito durante as três primeiras horas, tão pouco Jasper. Edward e Carlisle quebravam o clima tenso do carro ao decidirem qual rota usar e, obviamente, ao fazer comentários sobre o casamento. Afinal, não tiveram tempo de parabenizações com a batalha e os desdobramentos que se sucederam após o seu fim.

- Jasper, filho, J. Jenks deu alguma resposta?

- Vou entrar em contato assim que estivermos em posse dos documentos dela, ele disse que levará duas semanas para refazê-los com as novas informações, se necessário. Precisará ficar conosco até que estejam prontos. - Disse Jasper, a última frese destinada a Bree.

Ele estava tentando ser condescendente. Tentando ver a garota ali e não a recém-criada que ela era. A última semana fora difícil para Jasper, tendo que reviver seu passado de diversas formas e agora, tendo que lutar contra o Major, o monstro sedento por sangue dentro de si que insistia em ficar na defensiva com a garota para, assim, poder descarta-la mais rapidamente.

- Ou até mais, se assim desejar - Carlisle disse a Bree, de forma amigável. - É livre para escolher por si mesma, só peço que seja discreta caso decida partir.

Bree apenas assentiu, transtornada demais para formular uma frase concreta. As caçadas não ajudaram muito, visto que não estava completamente saciada com o sangue de animal. Contudo, ela sentia dever algo aquela família que se arriscou tanto por alguém que sequer conheciam. Quando finalmente chegaram em Vancouver, Jasper pode sentir a apreensão emanando da vampira. Bree não sabia o que iria encontrar, se Fred realmente estaria a esperando ou se teria desistido ao constatar que a garota deveria estar morta como todos os outros de seu bando. Carlisle pediu algumas poucas informações sobre o tal vampiro, apenas para que seus filhos e ele próprio soubessem o que esperar. 

Bree foi vaga, ela mesmo não sabia muita coisa sobre Fred ou sobre seu dom para lá de interessante, mas tinha conhecimento de que todos os seus pensamentos estavam senso lidos e por isso não se atentou muito aos fatos. Edward, mais do que ninguém saberia o que esperar. Riley Park localiza-se entre as ruas Ontário st e E 30th Avenue. É grande, para dizer o mínimo, o tamanho de duas quadras. Atrás dele está localizado o Vancouver Canadians Baseball Club, onde Jasper faria questão de passar e comprar algumas lembrancinhas para a namorada e o irmão "mais velho", que eram fãs tão fanáticos do esporte quanto ele e o restante da família. 

Carlisle parou o carro no estacionamento público dentro do próprio parque. Deram sorte de estar nublado e com chances altas de chuva, mesmo para o meio do verão. Quando saíram do carro, Bree suspirou aliviada pelas ruas não estarem lotadas de pessoas. O local era completamente aberto, haviam poucas árvores e espaços com sombra. Era como se fosse um passatempo para as crianças jogarem baseball e sonharem estar no estádio. Nenhum dos Cullen, a não ser Edward, sabia exatamente o que procurar e por conta da quase inexistente presença humana, Jasper deixou a garota seguir a alguns passos na sua frente. 

Bree parou no meio do estacionamento e olhou para todos os cantos do parque, sua visão perfeita a ajudando no processo. Esperou sentir a barreira invisível que Fred conseguia produzir para repelir aqueles que pensavam nele ou mesmo chegavam muito perto, mas nada aconteceu. Temeu que fosse tarde demais, que ele já tivesse partido ou pior: que os tais Volturi o tivessem encontrado pelo caminho. Uma vez mais, Bree desabou. Suas emoções completamente descontroladas. Ela nunca teve amigos, uma família que a amasse ou protegesse, pessoas que se preocupassem com ela, alguém para chamar de amor...

Pensou ter encontrado isso com Diego, mas a sorte nunca esteve ao lado dela. Logo que o encontrou, o perdeu. Tão rapidamente como se sequer houvesse existido um Diego. E agora, Fred, seu único... amigo, se é que podia ser chamado desse jeito, poderia ter encontrado o mesmo fim. Será que era isso? Será que ela estava destinada a vagar pela eternidade perdendo tudo e qualquer pessoa que faça um mínimo vínculo de amizade com ela? Se for o caso, deveria deixar os Cullen o quanto antes e impedir que aquela família linda e amorosa encontrasse um fim terrível por sua causa.

The Twilight SagaWhere stories live. Discover now