Capítulo 8

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Como prometido chaaynunes tá aí a maratona

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Gizelly poderia passar o resto da vida tentando que nunca conseguiria explicar o que estava sentindo com aquele beijo. Com a forma que os lábios quentes de Rafaella se mexiam contra os seus e suas línguas ainda pareciam tímidas demais para o ataque. Ela teve certeza que nem os mais famosos dos cientistas conseguiriam explicar as reações de seu corpo com aquele beijo. E quanto mais se beijavam, mais se buscavam e seguravam.

Os beijos lhe tiraram o fôlego e Gizelly sabia que não tinha nenhum problema se nunca mais o encontrasse novamente; poderia viver beijando Rafaella que estaria plenamente satisfeita. As mãos de Rafaella pareceram apertar a cintura de Gizelly e a morena ofegou contra os lábios da outra mulher. Quando Rafaella sentiu os dedos de Gizelly em seus cabelos, mordeu o lábio inferior com carinho e um pouco de força. Parecia uma batalha que nenhuma das duas queria ver o fim.

Rafaella não conseguiria explicar como seu coração poderia estar batendo tão incrivelmente forte a ponto de quase sair pela boca. A cada carícia dos dedos de Gizelly por seu rosto, cabelo e orelhas, ela sabia que estava caindo mais ainda. E só esperava que a mulher estivesse sentindo o mesmo que ela.

O cheiro de garoa e chuva fresca de Gizelly pareceu entorpecer Rafaella de uma forma inexplicável, ela nunca mais queria sentir outro cheiro em sua vida; sem saber que Gizelly também estava louca no cheiro da mulher. Os lábios se moviam no mesmo ritmo, com uma harmonia que Rafaella nunca havia experimentado em toda sua vida. Gizelly parecia não se satisfazer, toda vez que ela pensava que o beijo iria terminar, começava tudo de novo com o simples pressionar de dedos na sua pele.

Elas apartaram os lábios com toda a dificuldade do mundo, trocando inúmeros selinhos entre os mais rápidos e os mais demorados. E então se olharam.

Gizelly entreabriu os lábios para começar a falar e Rafaella prendeu os olhos naquela boca marcada por seus beijos. E não resistiu.

E beijou a mulher mais uma vez. E outra e outra.

Elas emendaram mais beijos do que seus dedos poderiam contar, mais pele na pele e lábios contra lábios. Rafaella foi a primeira a se afastar, em busca de ar, quando as mãos curiosas de Gizelly entraram por sua blusa.

As duas se encararam novamente. Com o ar faltando nos pulmões. Levou apenas um segundo para que Rafaella sentisse o choque da realidade que vivia, estragando completamente a fantasia e os desejos que vieram juntos daqueles beijos maravilhosos. Gizelly ainda fazia carinho em seu rosto.

Mas a morena notou a mudança no olhar de Rafaella.

E a rejeição bateu com força em seus ossos; ela já sabia o que estava por vir, e pelo visto havia entendido tudo errado.

- Pode ficar tranquila, eu não vou te beijar de novo. – Gizelly disse, e era evidente sua decepção. Rafaella odiou cada segundo enquanto a morena dava um passo para trás. – Consigo ver em seus olhos que isso foi um erro.

- Não... – Ela quase engasgou com a palavra. – Não foi um erro. Eu queria. Muito. Você não sabe o quanto...

O brilho que atravessou os olhos de Gizelly fez o coração de Rafaella bater ainda mais acelerado.

- Então o que está acontecendo? Eu entendo que você tenha um certo trauma com o seu relacionamento passado, diabos, eu entendo completamente. E eu estive segurando essa... Vontade de você desde a primeira vez que eu te vi.

O mar do teu olharWhere stories live. Discover now