Capítulo 18

792 110 6
                                    


Depois de um dia incrível, regado de pipocas, beijos, filmes bobos, Rafaella completamente agarrada na namorada quando sentia medo de alguma coisa no filme de terror e muitas risadas nos filmes de comédia, Gizelly encarou a namorada que parecia cochilar, deitada em seu colo. Ela respirava tão tranquila, parecia um anjo. Mas como já estava de noite, a morena pensou que talvez fosse melhor acordar a namorada para que ela não ficasse com problemas para dormir de verdade. Afinal, elas iriam ter que trabalhar no dia seguinte.

Mas acordar Rafaella parecia um pecado.

E como ela ficava ainda mais linda encaixada em seu corpo, estavam completamente entrelaçadas no sofá enorme, com uma coberta lhes esquentando e muita pipoca espalhada da ultima guerra entre elas. Gizelly só conseguia pensar em como queria mais dias como aquele. Mais momentos como aquele.

Mais de Rafaella em sua vida.

A linda mulher dos olhos verdes mais incríveis do mundo se moveu, apenas um pouquinho, deu um suspiro tão suave que Gizelly até achou que ela poderia acordar, mas apenas se aconchegou mais ainda ao corpo macio e quente da morena. E continuou dormindo.

A morena trocou o filme que passava na televisão e ficou esperando enquanto a namorada não acordava; era uma delicia ter Rafaella como sua namorada. Era uma palavra bonita, uma relação bonita. E curioso como ela nunca quis de verdade ser uma namorada antes, com Talles era mais a questão do status, ela achou que precisava... E com Rafaella... Bem, era uma necessidade crua em seu peito. Como a necessidade de acariciar a namorada o tempo inteiro, só precisava tocar nela e nada mais.

Começou a lhe acariciar o rosto com delicadeza, afastando algumas mexas de cabelo do rosto. Foi quando Rafaella deu os primeiros sinais de que estava realmente acordando.

- Olá. – E aquela voz rouca e doce fez Gizelly estremecer.

- Olá, baby.

- Você está acordada tem muito tempo?

- Não muito.

- E estava me olhando esse tempo todo?

- Nunca é tempo o suficiente.

Rafaella sorriu, sentindo as bochechas queimando, e então se ergueu para encontrar os lábios da namorada. Ela adorava quando a morena era romântica daquela forma, e dizia as coisas mais lindas. Afastaram os lábios apenas para se encararem.

- Como está se sentindo?

- Bem.

- Mesmo? Não tem nada doendo?

Gizelly pensou antes de responder, não tinha realmente nada doendo em seu corpo.

- Não. Acho que você faz mágica mesmo.

- Eu?

- Sim. Perto de você, só sinto felicidade.

- Dios mio. – Ela murmurou, quase rindo, quando Gizelly a olhava daquele jeito, parecia que algo escorria por todo o seu corpo, e provavelmente era desejo puro. Ela ficava até um pouco boba, um pouco nervosa. Aquela morena lhe causava tantas reações que era incontável. – Você me faz muito feliz.

- Ainda bem. – E roçou o nariz no dela, suspirando. O cheiro de Rafaella era inebriante, e ela não queria pensar em mais nada. O porém era que o cheiro dela, ao mesmo tempo em que lhe dava toda a paz do mundo, também lhe proporcionava um desejo incontrolável. Como ela inteira, claro. – Eu adoro seu cheiro.

- Por que?

- Me faz pensar que eu estou em casa. – Ela disse, sem rodeios. Suas testas se encostaram, e elas ficaram de olhos fechados. – Eu nunca senti nada como o que eu sinto por você.

O mar do teu olharWhere stories live. Discover now