Capítulo 13

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Gizelly entrou no quarto quando Rafaella estava deitando em sua cama, a mulher parecia tão feliz que a morena se sentia horrível por não estar tão feliz quanto deveria; afinal, se Rafaella estava tão radiante, ela deveria estar no mínimo muito animada também, certo? Mas não estava.

Desde que haviam começado a se envolver efetivamente, Rafaella morava em seu quarto com ela, como se fossem um casal de verdade. O quarto de hóspedes servia apenas para guardar roupas e sapatos. E era uma delicia acordar com aqueles olhos verdes e o sorriso mais lindo do mundo todos os dias. E dormir com Rafaella em seus braços também.

- Será que vamos nos atrasar muito se tomarmos um banho juntas? – Gizelly perguntou, sugestiva, enquanto se aproximava de Rafaella em sua cama. – O restaurante não é muito longe e podemos ir de moto.

Rafaella terminou de responder uma mensagem de Bianca e voltou seu olhar para a morena, jogando o celular para o mais longe que conseguiu. Sorriu, mostrando os dentes, e estendeu os braços para Gizelly.

- Podemos nos atrasar só um pouquinho.

Aceitando o convite, Gizelly deitou o corpo por cima do de Rafaella, ajeitando-se entre suas pernas. Sua boca foi automaticamente para a dela, como dois ímãs. Beijaram-se lenta e docemente, até que o fôlego faltasse de vez. Como sempre, era impossível resistir à morena, e ela queria estar sempre perto.

- Precisamos ir para o banho. Se ficarmos mais cinco minutos assim, eu não vou te deixar sair daqui.

Gizelly riu, roçando seu nariz no de Rafaella.

- Ah, você não vai me deixar, é?

- É. Anda, baby, vamos.

- Andando. – Ela disse ao se levantar da cama, parou ao lado da cama e estendeu a mão para Rafaella. – Vamos, baby.

Mais rápida do que Gizelly poderia prever, Rafaella se jogou em seus braços, rindo. Agarrou-se à morena e beijou-lhe o rosto todas as vezes possíveis. Gizelly carregou a amada até o banheiro, e entrou com ela no chuveiro, de roupa e tudo.

- Baby! Nossas roupas.

Rindo porque não havia felicidade maior do que estar com Rafaella, Gizelly apoiou o corpo da mulher, e o seu, na parede do box enquanto a água quente caía sobre elas.

E só deixou Rafaella sair de perto quando saciou toda a sua vontade dela, as roupas ensopadas no chão e as respirações ofegantes depois de instantes de amor tórrido. Saíram do banheiro e foram se vestir, mas Gizelly não deixou de babar um pouquinho mais por Rafaella ao ver a mulher se arrumar. Como estava um pouco frio, ela escolheu uma calça jeans que apertava bem e realçava sua bunda, com um par de botas e um suéter por cima, ele tinha um decote bem gostoso de olhar, Gizelly pensou. Como era possível alguém não ficar completamente bobo perto daquela mulher? Em sua cabeça não fazia sentido. Ela simplesmente não conseguia parar de olhar e admirar.

- Se você ficar me olhando desse jeito, não vamos sair daqui.

A sensualidade no tom de Rafaella, fez Gizelly sentir um arrepio na espinha.

- Ainda mais que você está parada desse jeito me encarando.

Foi quando Gizelly percebeu que ainda não tinha terminado de se vestir, e estava apenas com a calça jeans e o sutiã preto. A sensação de ser devorada pelos olhos de Rafaella foi deliciosa. Mas estava muito difícil de se concentrar, por isso, virou-se de costas para escolher o resto de sua roupa.

Decidiu pela blusa jeans, abotoando-a com rapidez. E colocou o casaco de couro por cima, já que estava frio. Virou para Rafaella, sorrindo, quase que esperando a aprovação da mulher, mas teve a surpresa de esbarrar com o corpo dela, já que ela estava inteiramente colada ao seu corpo. E as botas de salto a deixavam relativamente mais alta que Gizelly.

O mar do teu olharDove le storie prendono vita. Scoprilo ora