Capítulo 25

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Horas mais tarde, Gizelly foi com Rafaella de moto até o mesmo estúdio do dia anterior, estacionou na entrada do prédio e esperou a namorada descer da moto; e como ela estava um espetáculo de bonita com os cabelos bagunçados pelo vento. Encarou-a, toda boba, e sorrindo. E então recebeu aquele par de olhos nos seus e o sorriso que fazia seu coração disparar tanto quanto era possível.

- Me ligue se quiser que eu te busque.

Rafaella se voltou para a namorada, com os olhos arregalados.

- Como é?

- O que?

- Você não vai ficar comigo?

Gizelly encolheu os ombros. Rafaella colocou as mãos na cintura; Deus, como ela ficava sexy quando estava séria.

- Não acho que eu devo ficar hoje, baby.

- Porque?

- Não quero que pensem algo ruim...

- Você ficou louca?

- Uma vez no seu ensaio, tudo bem... Agora em todos? Podem achar algo ruim, pode te atrapalhar, não quero te atrapalhar.

Rafaella manteve a postura e Gizelly engoliu em seco.

- Não estou acreditando no que eu estou ouvindo.

- Não fique chateada, eu estou...

- Sendo estúpida. – Rafaella interrompeu-a.

Gizelly arregalou os olhos.

- Eu estou pedindo para que você fique.

- Eu sei, mas eu também não posso sair toda vez que você tem um ensaio e deixar Talles completamente sozinho. Por mais que ele não se importe...

Rafaella tirou as mãos da cintura e baixou os olhos; como se estivesse quase vencida sobre alguma coisa, Gizelly arqueou uma das sobrancelhas.

- O que há?

- Nada.

- Converse comigo.

- Eu queria que você ficasse.

- E eu quero ficar, amor.

De repente, percebendo do que havia sido chamada, Rafaella ergueu os olhos para a namorada, com um sorriso tão brilhante que era quase cegante.

- Do que me chamou?

Gizelly sorriu de lado.

- De amor. Você é o meu amor, parece óbvio.

- Gostei disso. Você é o meu amor também.

- Eu quero muito ficar, mas não acho certo. Lembra que temos que separar as coisas? Você tem que andar sozinha, amor. E eu estou aqui apenas para babar por você. Se eu vier em todos os ensaios, vão acabar me colocando para ser cobaia de novo.

- E isso seria ruim?

- Não. Mas eu não sou modelo. – Surpreendendo a mulher, Gizelly puxou Rafaella pela cintura, e seus corpos colidiram deliciosamente. – E posso ser sua cobaia quando chegarmos em casa. Você pode testar todas as poses que quiser comigo mais tarde.

Sorrindo, Rafaella envolveu a namorada pelo pescoço.

- Gosto dessa ideia.

- Você entende o que eu quero dizer?

- Sim.

- Parte de você ter sua independência, meu amor, é fazer as coisas sozinha, sem que eu precise estar perto. Você é autossuficiente, Rafaella Kalimann, e por mais que eu ame estar com você a cada segundo do dia, jamais quero controlar você. Você é livre. Acho isso importante.

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