Capítulo 15

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Pra ajudar vcs a imaginar a Bia loira

Pra ajudar vcs a imaginar a Bia loira

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Com um rock intenso de fundo, Gizelly aproveitou do fato de que sempre tinha uma roupa pronta no armário do galpão e vestiu-se como se fosse lutar com alguém. Um short de tactel, uma regata cinza e velha. Eusébio estava lá, encarando-a com curiosidade. Ela parecia tensa demais. Caon chegou logo em seguida, sorrindo e cumprimentando a morena com um beijo.

O saco de porrada estava pendurado, firme, pesado. Gizelly não hesitou ao começar a bater nele, treinando seus golpes. Foi feroz, e deixou Eusébio bem preocupado. Ela deveria estar com algo muito ruim em sua cabeça. Gizelly socou e chutou, sentindo cada musculo de seu corpo vibrando; naquele momento, o saco tinha um rosto bem específico, muito loiro e ela odiou sentir tanto ciúmes como estava sentindo.

- Quer falar sobre o que está acontecendo?

Gizelly estava ofegante. Deu dois chutes seguidos, um mais baixo e outro que quase acertou o rosto de Eusébio, do outro lado do saco. Ele riu e desviou. Caon apareceu do outro lado do saco.

- Eu estou com raiva, não é nada demais.

- Você precisa ser mais especifica.

- Não preciso não.

Mas tudo o que Gizelly conseguia pensar era que Rafaella estava sozinha no carro com Bianca. E que ela podia estar sendo mais feliz ali do que na garupa de sua moto. Ela odiava sentir ciúmes justamente por não estar acostumada com o sentimento; nunca havia tido ciúmes de Talles. Porque seu coração parecia estar queimando? Começou a pensar que o amor talvez não fosse tão bom assim.

- É melhor conversar conosco do que se quebrar de tanto bater no saco, Gi.

- Eu prefiro quebrar o saco.

Ela estava imparável. Só queria saber de socar, chutar, rodar, começar tudo de novo. Era um golpe atrás do outro, de um lado para o outro; o saco de porrada ora voava para longe, ora voltava em sua direção e recebia outro golpe. Eusébio só conseguiu pensar em como ela deveria estar com raiva acumulada.

- Precisamos parar ela um pouco. Ela está sem faixas. Vai arrebentar as mãos.

Caon concordou com o outro homem.

Gizelly estava suando, ofegante, não conseguia pensar em mais nada. A endorfina saía de seu corpo e ela não queria que a sensação acabasse nunca. Por que quando acabasse... Teria que voltar a pensar na situação com Rafaella. E não queria pensar.

O mar do teu olharWhere stories live. Discover now