30. Chasing Cars.

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JHENIFER.



As coisas ficavam cada dia mais complicadas. Principalmente porque Lorenzo e eu não conseguiamos passar uma hora longe um do outro. Principalmente porque pegamos o costume de dormir juntos todas as noites, mesmo que ele acordasse as cinco da manhã para voltar ao seu quarto. Principalmente porque a cada dia era mais difícil resistir. Por toda minha vida sexo foi um assunto cercado por dor, que aconteceria com um homem estranho, na minha noite de núpcias. Eu nunca imaginei que desejaria transar com alguém e que seria extremamente difícil resistir a esse desejo. 

Principalmente quando estávamos na cama, nus, nos beijando como se o mundo fosse acabar enquanto nossas mãos tentavam ter tudo do corpo um do outro. E meu Deus, que corpo. Os braços fortes, o peito largo e abdômen esculpido… Era uma fodida tentação. Fechei minha mão ao redor de seu membro, descendo e subindo-a lentamente porque depois de um longo mês juntos, eu sabia que isso o provocava. Em contra partida, Lorenzo diminuiu a velocidade de sua mão contra meu clitóris, esfregando o calcanhar da mão em mim com tanta suavidade que eu quase bati nele. 

— Dois podem jogar esse jogo. — Ele murmurou contra os meus lábios, soltando uma risada sarcástica. Lorenzo mordeu meu lábio inferior e eu o beijei outra vez, um beijo quente e molhado, conforme aumentava a velocidade da minha mão ao redor de sua ereção apenas para que ele fizesse o mesmo comigo. Com um gemido baixo contra minha boca, Lorenzo sacudiu sua mão em meu clitóris e eu revirei os olhos quando seus movimentos se tornaram mais rápidos, duros. 

— Assim é melhor. — Sussurrei. Minha voz traía minha excitação. 

Eu conhecia seu corpo de cor agora, mas ainda me surpreendia com o quanto ele era quente, atrativo, como uma maldita droga. Eu estava viciada em seu corpo maravilhoso, no braço forte que envolvia minhas costas enquanto me tocava com a outra mão. Eu amava seu peito que se encaixava contra o meu quando estávamos deitados de frente para o outro. Amava sua boca que me beijava com tanto desejo. 

— Eu te amo. — Choraminguei quando o orgasmo me tomou e eu estremeci, mordendo seu ombro com força para não gemer alto. Lorenzo arquejou sob a força da minha mordida, mas isso pareceu o excitar, já que ele gozou logo em seguida. 

— Também te amo. — Sussurrou ofegante, o peito descendo e subindo rapidamente. 

Lorenzo suspirou por um momento, olhando para nossos corpos quase unidos e se afastou de mim quase que abruptamente. 

— O que foi? — Perguntei baixinho. 

— Ouvi minha mãe fofocar com tia Alessa ontem que a filha da amiga dela engravidou virgem porque, você sabe, os espermas filhos da puta se enfiam onde não são chamados. — Lorenzo revirou os olhos. — A gente precisa se manter longe do outro porque isso com certeza aconteceria conosco. Somos imãs para azar. 

— Eu tomo anticoncepcional. — Disse-lhe, mas me afastei mais, só por precaução. Lorenzo arqueou as sobrancelhas. 

— Porque diabos você toma remédio para não engravidar? 

— Porque não é só para não engravidar! — Exclamei aturdida. — É um monte de hormônios que controlam as espinhas no rosto, o fluxo menstrual, e tudo mais. Não engravidar é só um bônus, pelo menos para mim. 

— Então quer dizer que a gente poderia transar agora? — Lorenzo zombou com um sorriso malicioso. Eu amava aquele sorriso. 

— Sim, e aí meu pai te mataria. — Revirei os olhos. — Se controla. 

CINZAS - Saga Inevitável: Segunda Geração. Where stories live. Discover now