37. Evidências.

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“Chega de mentiras
De negar o meu desejo
Eu te quero mais que tudo
Eu preciso do seu beijo
Eu entrego a minha vida
Pra você fazer o que quiser de mim
Só quero ouvir você dizer que sim.”


JHENIFER

Passei a noite arrumada esperando Lorenzo, mas quando o relógio indicou uma da manhã, eu tirei meu vestido de brim e busquei o conforto de minha camisola de seda preferida. O tecido marfim, fino e suave recaia sobre meu corpo de forma leve, quase transparente. As alças finas e o cumprimento até o meio das coxas era um ótimo pedido para dormir, não para atender a porta que estava sendo praticamente esmurrada. Corri até a porta, abrindo-a apenas o suficiente para colocar minha cabeça para fora. Lorenzo abriu um sorriso enorme, parecendo tão contente que sequer conseguia permanecer parado. Me afastei da porta e a abri completamente. 

— Você não faz ideia de como foi! — Meu primo exclamou entrando no quarto com uma garrafa de bebida parcialmente consumida. E então ele parou de falar abruptamente conforme eu fechava a porta e me virava para ele. Seus olhos percorreram cada centímetro do meu corpo e calor tomou meu rosto. Ele nunca tinha me olhando daquela forma e eu nunca quis tanto que ele tocasse todos os pontos que encarou. — Caralho. 

— O que? — Minha voz saiu aguda. Lorenzo deixou a garrafa na mesa de entrada e deu um passo em minha direção. Lentamente ele traçou com os nós dos dedos toda a extensão da camisola. 

— Nunca te vi tão bonita. — Ele sussurrou se aproximando mais. Um sorriso malicioso tomou seus lábios. — Não, não bonita. Linda. 

Eu respirei fundo. Eu também nunca tinha o visto tão lindo, vestido com um impecável terno de três peças, ajustado perfeitamente ao seu corpo. As camadas extras de roupas pouco faziam para esconder o contorno de seus braços fortes e o peito musculoso. Lorenzo era o padrão de beleza inalcançável; magro, cheio de músculos, com olhos claros e cabelos brilhantes. Céus. Aquele rosto… Era ridículo que alguém pudesse ser tão lindo. 

— Idem. — Sussurrei dando um passo hesitante em sua direção. Havia algo diferente nele, até mesmo na forma possessiva que ele segurou minha cintura ao beijar minha boca. Seu beijo também parecia diferente, mais profundo, demorado. 

Naquele momento parecia que eu o pertencia. 

Os beijos se tornaram mais desordenados, nossas mãos lutando por espaço no corpo um do outro. Seu paletó foi o primeiro a cair aos nossos pés, seguido pela gravata e pela camisa social. Espalmei minhas mãos em seu peito, adorando como sua pele era suave e firme. Lorenzo desceu os lábios por meu pescoço e clavícula e eu me inclinei para trás, lhe dando mais acesso. Tudo que eu queria era ele. Com a força das milhares de estrelas no céu italiano, eu o queria. 

— Quero testar algo. — Sussurrei contra seu ouvido, minhas unhas trilhando o caminho de suas costas. O contato dos meus lábios contra o seu pescoço fez Lorenzo ficar arrepiado. 

— Eu amo ser cobaia dos seus testes. — Lorenzo brincou com uma risada rouca contra meus cabelos. 

LORENZO

Jhenifer desaproximou seu corpo do meu lentamente e tão lento quanto, se colocou de joelhos em minha frente. Vê-la ali, de joelhos, os cabelos ruivos caindo sobre suas costas em uma cachoeira lisa, vestida com aquela maldita camisola que mostrava perfeitamente o contorno de seus mamilos, me fez ficar ainda mais duro, se é que isso era possível. A ruiva sorriu provocante, malícia em seus olhos azuis, quando abriu minha calça. Eu nunca me acostumaria com sua boca em meu pau, sempre pareceria a primeira vez, mas naquele momento algo perigosamente possessivo tomou conta de mim. 

CINZAS - Saga Inevitável: Segunda Geração. Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang