CINZAS - Saga Inevitável: Segunda Geração.

33. Traitor.

Em comemoração ao 1K de seguidores aqui no Wattpad, hoje tem cinco capítulos de Cinzas. Comentem muito, quanto mais comentários, mais capítulos! ❤️

JHENIFER.

“You betrayed me
And I know that you'll never feel sorry
For the way I hurt.”

Lorenzo estava sob mim, beijando minha boca como se o mundo fosse acabar, no banco de trás de seu carro. Ele tinha que sair às dez para resolver algo da máfia, mas as nove e cinquenta ainda estávamos ali, com ele entre minhas pernas, uma mão dedilhando meu clitóris enquanto a outra usava para apoiar a palma ao lado da minha cabeça. 

— Você vai se atrasar. — O lembrei com um gemido manhoso. Lorenzo desceu seus lábios macios por meu pescoço e lambeu o colo dos meus seios ressaltados pelo decote profundo. 

— Foda-se. — Murmurou com uma risada maliciosa contra minha pele. — Eu estou fazendo algo muito melhor… 

Com certeza, muito melhor. Arqueei as costas quando ele desceu os lábios por meu corpo, erguendo meu vestido até a cintura. Fechei os olhos, ansiosa pelo que vinha a seguir. Lorenzo nunca decepcionava; colocando minha calcinha de lado, ele lambeu minha intimidade antes de sugar meu clitóris. Me remexi no banco, tentando afastar minhas pernas no espaço reduzido para que ele tivesse mais acesso. Lorenzo soprou contra minha pele molhada e eu gemi alto quando ele deslizou um dedo para dentro de mim. 

— Tão molhada. — Lorenzo sussurrou contra minha boceta, fazendo milhares de sensações maravilhosas tomarem meu corpo. — Porra, o que eu não faria para estar dentro de você. 

— Tenho certeza de que seria maravilhoso. — Gemi quando ele agitou a língua em meu clitóris, dobrando lentamente o dedo dentro de mim. 

— Não me empurra que eu já tô na beirada. — Lorenzo zombou me fazendo rir, mas logo a risada foi cortada por outro gemido que estremeceu meu corpo.

Eu sabia que mereciamos o inferno por aquilo, mas sua língua me levava ao céu. Enfiei meus dedos em seus cabelos escuros e apertei os fios quando o orgasmo balançou meu corpo, sacudindo meu controle até que ele se tornasse pó. A cada dia era mais difícil resistir, eu podia ver nos olhos de Lorenzo o mesmo pensamento conforme ele sentava no banco, ainda com minhas pernas ao redor de seu corpo, e descia meu vestido para o lugar certo. Também me ajeitei no banco, trocando um profundo olhar com meu primo. Eu não diria, mas se ele quisesse, não negaria.  Lorenzo se inclinou até beijar minha boca e eu provei do meu próprio gosto enquanto me jogava em seu beijo. Suas mãos firmes me apertaram e eu me icei para seu colo, quase gemendo ao sentir sua ereção em minha calcinha. Estávamos tão, tão perto, separados por tão pouco. Seria tão fácil se… 

— Estou atrasado. — Lorenzo murmurou separando nossos lábios. Sua voz soou rouca e eu encarei a imensidão cinza de seus olhos antes de assentir lentamente. 

Lorenzo me deu um beijo rápido antes que eu me levantasse de seu colo; contei com sua perícia minuciosa para sair do carro sem que ninguém me visse. Meu primo rapidamente seguiu para o banco do motorista, mas não sem me dar um último selinho demorado. Estávamos no canto mais escuro dos jardins, onde Lorenzo havia estacionado ao voltar da escola justamente para termos aquele encontro. O carro acelerou pela propriedade, faróis baixos iluminando a escuridão penetrante. Quando Lorenzo contornou o gramado e saiu pelo portão, respirei fundo tentando absorver o que estava acontecendo conosco. O sentimento entre nós se tornava cada dia mais poderoso, desmedido, as interações físicas iam pelo mesmo caminho. Tanto fisicamente quanto emocionalmente, eu começava a sentir que nunca tinha o suficiente dele, sempre queria mais. Passos soaram atrás de mim, remexendo o cascalho e eu me virei num rompante. Tia Alessa estava caminhando em minha direção, os braços cruzados sobre o roupão longo. Mesmo na luz tênue, eu pude ver seus olhos arregalados e chocados. Meu coração errou uma batida.