57. As Long You Love Me.

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JHENIFER.

As long as you love me
Although loneliness has always been a friend of mine
I'm leaving my life in your hands
People say I'm crazy and that I am blind
Risking it all in a glance

And how you got me blind is still a mystery
I can't get you out of my head
Don't care what is written in your history
As long as you're here with me

I don't care who you are
Where you're from
What you did
As long as you love me.”





O vestido de noiva recaía sobre meu corpo como uma verdadeira e angelical obra de arte. As alças ombro-a-ombro, grossas e suaves, deixavam meu colo exposto, e esta era a única pele que o vestido me permitia mostrar. O corpete apertado ia até minha cintura, e então, se abria em uma saia pomposa e pesada, que escondia por completo o leve inchaço em meu estômago. Não havia brilhos ou camadas de tule, apenas o tecido de seda lisa extremamente branco. Mamãe se colocou atrás de mim e fechou um colar de diamantes em meu pescoço; colar que combinava com os brincos redondos e com a pulseira em meu pulso. Estes eram os únicos adornos que me permiti. Sempre sonhei com um vestido liso, achando extremamente exagerado aquele monte de brilhos e camadas de tecido. Sorri para o espelho. 

— Eu amei. — Admiti com um sorriso. Atrás de mim, mamãe também sorriu. 

— Você está tão linda que chega a doer. — Ela elogiou de sua forma exagerada. — Falta a coroa. 

Ela franziu os lábios. Papai deveria ter trago a coroa, mas não havia chegado ainda. 

— Eu vou matar seu pai. — Ela murmurou com um sorriso amarelo. 

Como se estivesse apenas esperando ser ameaçado de morte, Thomaz Rizzi surgiu na porta com uma caixa em mãos. Ele estava prestes a dizer algo quando me avistou e simplesmente congelou na porta. Eu me virei com cuidado por causa do vestido e sorri para ele. Em seu habitual terno preto de três peças, papai simplesmente ficou me encarando, sem dizer uma palavra. 

— Se você chorar… — Mamãe começou a ameaçar. Por um momento achei que ela estivesse falando comigo, mas ela estava com os olhos fixos em papai. — Eu vou chorar também, então, não chore! 

— Eu não vou chorar. — Papai disse resoluto, saindo de seu transe, mas sua voz estava embargada. — Você está… Eu não tenho palavras, querida. 

— Se eu consegui deixar Thomaz Rizzi sem palavras, tenho certeza de que estou incrível. — Brinquei com uma risada chorosa. 

Papai abriu a caixa em suas mãos balançando a cabeça, provavelmente para afastar a emoção. 

— Você precisa de uma coisa antiga e uma coisa emprestada. Sua mãe e eu unimos os dois em um só. — Papai ergueu a caixa e uma coroa brilhou dentro dela. Era linda. O centro mais alto que as extremidades, completamente incrustada de diamantes que brilhavam feito estrelas. 

— Pertenceu a sua avó. — Mamãe disse com um suspiro saudoso. — Ela se casou usando-a. 

— Não chore. — Foi a vez de papai dizer à mamãe. 

— Vou pedir ao cabeleleiro para vir colocá-la em seu cabelo, não confio em minhas mãos trêmulas. 

Quando mamãe saiu, papai deixou a caixa sobre a penteadeira e segurou minhas mãos entre as dele.

— Você tem certeza? — Ele perguntou baixinho. — Não me importo com o que digam, você não precisa se casar apenas porque está grávida. 

CINZAS - Saga Inevitável: Segunda Geração. Where stories live. Discover now