Capítulo 5- All in family

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Todo o meu medo se desfez, e alívio me inundou, eu conhecia muito bem aquela voz, de repente me senti mais segura. Viro de frente para ele.
*Valiriano*
— Onde estamos? – Aemond me olha com cautela, percebo que seu olhar está percorrendo o meu corpo em busca de qualquer ferimento. — Estou bem, não me feriram. – Ele encaixa a mão dele na minha e me puxa para subir uma escada, bem no canto perto da entrada, começo a perceber movimentação na casa, consigo ver uma sala onde há muitas mulheres e homens juntos, ouço vários gemidos e logo me dou conta de onde estamos. — Aemond, é uma casa de prazeres. – Ele se vira para mim, está com a sobrancelha erguida e um sorriso malicioso.
*Valiriano*
— Algum problema, princesa? – Coro imediatamente, ele já estava aqui, deveria estar indo embora quando me viu... ele já estava aqui. Ele chega mais perto de mim, sinto uma de suas mãos no meu cabelo, ele o puxa de leve, o suficiente para deixar o meu pescoço exposto, Aemond deposita um beijo ali, me causando um arrepio pelo corpo inteiro e sussurra no meu ouvido — Onde está sua audácia do torneio? – Antes que eu possa responder qualquer coisas, ele me puxa para prosseguir e continuo andando de cabeça baixa.
Entramos em um cômodo, parece ser um quarto, Aemond fecha a porta, encosta nela, cruza os braços e fica me encarando, sei que está esperando uma explicação, e sei que eu deveria contar tudo o que aconteceu, mas nesse momento não consigo parar de olhar para o seu corpo. Ele está usando a calça de treino , mas que parece ter sido vestida às pressas, então está meio caída e com isso, consigo ver as entradas de seu abdômen, a blusa é um pouco apertada nas mangas, o que deixa os seus braços muito maiores e o faz parecer muito mais musculoso, não que ele não seja, mas não é algo exagerado, como está agora. Sinto um calor subir pelo meu corpo, Aemond percebe minha excitação e começa a caminhar na minha direção, começo a andar para trás, quase bato na parede, mas ele segura a minha cintura, o que diminui mais ainda a distância dos nossos corpos, sua boca roça de leve na minha, e ele pergunta:
*Valiriano*
— O que estava fazendo na cidade sozinha, pequena? – Tento responder, mas as mãos de Aemond começam a passear pelo meu corpo e a única coisa que consigo fazer é inclinar a cabeça para trás, e logo apoiá-la no ombro dele, soltando gemidos baixinho, minha cabeça está girando, parece que estou delirando, a única coisa que quero fazer agora, é arrancar minhas roupas, desço minha mão que estava praticamente cravada no braço dele, e a levo até a barra de sua calça, Aemond segura meu pulso com força para impedir e logo encaixa sua cabeça no meu pescoço, soltando um suspiro que quase sai como um gemido, ele está tenso. Ele quer. Eu quero. Mas eu finalmente caio na real.

O que estou fazendo? É o Aemond, o tio que tanto nos odeia, e nesse momento, estou desejando ele mais do que tudo, mas esse ainda não é o pior dos meus problemas. Baela sabe muito bem se cuidar, mas Rhaena...
*Valiriano*
— Merda, eu deixei Rhaena bêbada sozinha com uma estranha. – Aemond levanta a cabeça e me encara incrédulo.
*Valiriano*
— Rhaena nunca saí com vocês, por que ela faria isso dessa vez? O que aconteceu? E você tem merda na cabeça? Achou que isso era uma boa ideia?
*Valiriano*
— Ei, calma ai. Eu não deixei ela sozinha porque eu quis não, precisava achar a Baela e ela não estava em condições de ser arrastada pelas ruas imundas de Porto Real. Imagina se eu tivesse que correr daqueles homens com Rhaena, que mal conseguia andar sem ajuda. Vem, nós precisamos achar Baela e carregar Rhaena de volta. – Falo para meu tio e tento puxar sua mão, mas ele se recusa e diz:
*Valiriano*
— Não, vocês se meteram nessa, agora vão se virar. Boa sorte, ninguém mandou não ter um pingo de responsabilidade, vocês não são mais crianças. – Depois sai e me deixa para trás, como se nada tivesse acontecido. Babaca.

Pego a manta que Aemond deixou, uso para esconder o meu cabelo e saio às pressas desse lugar. Retorno ao bar e encontro Baela junto de Rhaena, que está vomitando por todo o quarto. Baela me olha com raiva.
— Você nem começa, foi você que nos deixou sozinhas aqui, eu fiquei igual uma maluca te procurando, fui perseguida por dois homens, depois disso fui parar em uma casa de p... – Paro assim que percebo a presença de Jacaerys, no canto do quarto, ele me observa, me avalia dos pés a cabeça.
— Continue, por favor. Você estava dizendo que foi em uma casa de que? – Baela está tensa, faz pequenos sinais com a mão, o que indica que estamos muito ferradas.
— Jace, isso tudo foi ideia minha, seu irmão agiu muito mal comigo e decidi dar o troco, acabei arrastando elas para isso. – Rhaena responde antes que eu possa falar qualquer coisa.
Meu irmão olha para ela com cautela, um olhar compreensivo que muitas vezes recebi de Lucerys, mas nunca de Jacaerys.
Ele logo volta a olhar para mim, só que direciona um olhar de decepção.
— Só me diz que não aconteceu nada demais. Você ainda tem sua virtude intacta? – Arregalo os olhos, imediatamente afirmo que sim. Merda, ele sabe.
— Ótimo, quero você bem longe de Aegon. Imagina se mais alguém os visse? Imagina se isso chegasse aos ouvidos de Helaena ou de Alicent? Fique longe de Aegon. – Pelos Sete, informaram a ele que eu estava com Aegon, não Aemond. Meu irmão continuou:
— Nós vamos voltar para a fortaleza, não falaremos mais nisso, espero que não se repita, vocês se arriscaram desnecessariamente. Se isso voltar a acontecer, serei obrigado a informar ao rei. – Concordamos com ele e voltamos para casa.

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenWhere stories live. Discover now