Capítulo 61- Aemond Targaryen

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Até chegarmos a abertura da cidade, foi tranquilo, mas saindo dessa passagem, os guardas estavam patrulhando ao redor, graças a nossa estratégia, como foi combinado com Erick, nossos homens estavam posicionados para a saída, nos deram cobertura e limparam nossos rastros, nós seguimos em direção a Paço de Cordoniz, sede da casa Crakehall, mas não pararíamos por lá, essa é uma casa vassala aos Lannisters, só que ela faz fronteira com Carvalho Velho.
Depois de um dia inteiro e mais algumas horas andando, finalmente chegamos a Carvalho, eu já tinha retirado as flechas de Jace, o que amenizou um pouco da dor dele, mas ele precisava de um meistre, assim que entramos na sede, ele já é carregado às pressas.

— Só a do ombro que infeccionou, mas ele vai ficar bem, não se preocupem. – O meistre fala e sai, nos sentamos próximos a ele.
— Obrigado por ter me ajudado. – Jace fala para mim.
— Sua irmã me mataria se eu não ajudasse. – Falo recostando-me na cadeira, Jaime começa a contar o que aconteceu para conseguirem chegar até a sala, infelizmente eles tiveram que deixar uma trilha de corpos, por isso foram descobertos tão rápido.
— Sala do dragão é como eles chamam aquele cômodo misterioso, o da porta com o brasão. – Jaime afirma.
— Nós nunca ouvimos falar dessa sala. – Luke fala e Aegon confirma.
— Ficávamos sozinhos a maior parte do tempo, mas todos os dias, acredito que no final do dia, não tenho como saber exatamente, já que a sala era completamente lacrada, alguns guardas faziam visitas... – Aegon transmite sua raiva e nojo pelo olhar.
— Eles sempre iam para nos bater, uma vez até levaram mulheres para... Disseram que era para lembrarmos como era e que nós nunca mais teríamos aquilo. Fizeram na nossa frente, foi nojento, depois nos espancaram. – Luke finaliza. Daemon coloca a mão no ombro do meu sobrinho, está lhe passando conforto.

Para eles não terem que lembrar disso, Daemon continua o ponto de Jaime.
— Era como uma sala de guerra, mas não tinha relação com posicionamentos estratégicos ou informações dos nossos exércitos, tinham mapas, pontos marcados, não só de Westeros, dos outros continentes também, parece que estão atrás de algo ou alguém. – Ele suspira e continua. — Consegui pegar essas duas aqui, são marcações de lugares que ainda não foram revistados, esses ficam em Essos, um deles para ser mais específico, na Baía dos escravos, uma ilha chamada de Yaros, o outro é Montanhas dos Ossos, que fica nas regiões do Mar Dothraki e do Deserto Vermelho. Aqui estão classificados como locais importantes, mas não acho que valha a pena perdermos nosso tempo com isso, não sem muitas informações, seria um risco muito grande, vamos guardar essa informação com os meistres, eles podem fazer pesquisas para tentar descobrir o que tem de tão importante nesses lugares.
— Posso levar isso até VilaVelha e falar com o próprio Arquimeistre. – Falo assim que meu tio termina.
— Levarei Luke e Aegon de volta para Porto Real assim que Jace estiver bem para voar, depois vou retornar para Correrrio. – Daemon responde e Jaime começa a dizer que seus homens já saíram de Correrrio e que ele partirá para Porto Real para falar com o rei, digo que irei a VilaVelha apenas para entregar e explicar o que aconteceu, depois vou direto para Correrrio.

******
Dia seguinte

Depois de um banho, um descanso e de Daemon e Jaime mostrarem os pontos que lembravam dos mapas marcados, segui para VilaVelha, consigo avistar a Torralta, pousando no pátio, avisto apenas Tessarion, subo imediatamente e vou até Daeron.
— Resgatamos Aegon e Lucerys. – Meu irmão se levanta.
— Foi muito difícil? – Ando até ele.
— Digamos que... Mais ou menos. – Ele ri, mas logo fica sério.
— Nós vamos acabar com essa guerra da Campina amanhã. – Daeron afirma.
— Acham que só o reforço de Redwyne é o suficiente para dar fim a eles? – Meu irmão sorri e fala:
— Na verdade, nós já temos mais reforços. – O encaro com o cenho franzido. — Rhaenys conseguiu mais ajuda, ela foi até Bandallon e depois Fortaleza de Águas Claras, conseguiu metade das guardas de ambas as casas. Ormund foi para o acampamento junto com Baela e ela para recebê-los, chegaram essa manhã.
— Ela fez algum acordo? – Ele assente.
— Prometeu ao Lorde Blackbar metade das terras da casa Selmy, Lorde Florent não quis nada, disse que a gratidão dela era o bastante, eles admiram muito ela. – É claro que admiram... Quem não? Conto para ele o motivo de minha vinda até a cidade novamente, explico o que descobrimos e até pergunto o que ele sabe sobre os pontos marcados nos mapas, mas ele diz que somente pesquisando para tentar descobrir.
— O Arquimeistre não tem recebido ninguém, ele ficou esquisito depois... – Daeron suspira. — Depois que contei sobre os sonhos de Rhaenys, ele ficou paranoico com eles, diz que tem certeza de que já ouviu aquilo, não sai mais de sua biblioteca pessoal. – Não sabia que ela tinha decidido contar para ele, agora isso é muito estranho, o Arquimeistre ficar paranoico desse jeito, e onde que ele poderia ter ouvido sobre esses sonhos? Alguém mais tem sonhado as mesmas coisas que Rhaenys?
Saio do quarto dele e vou direto na sala de Alfador, converso com ele, conto sobre tudo, entrego as localizações para ele, junto com os mapas marcados, e logo saio para ir ao acampamento.

******

— Não consegue mais ficar longe? – Baela pergunta e Rhaenys se vira para olhar com quem ela estava falando.
— Conseguimos tirar Luke e Aegon de Lannisporto. – Já aviso a elas, Rhaenys fica cara a cara comigo.
— Ele está bem? Estava ferido?
— Os dois tinham alguns hematomas, mas nada grave. – Ela suspira aliviada, quando ela vai me responder, alguém a corta.
— Príncipe Aemond Targaryen, que honra vê-lo aqui. – É claro que Crowen viria junto, o homem adora se gabar de seus feitos em guerras.
— Lorde Crowen, que bom que veio ajudar VilaVelha. – O homem sorri e sinaliza para um outro parecido com ele.
— Esse é o meu filho, Bernan, será uma honra para ele lutar ao seu lado, meu príncipe. – Aperto a mão do filho dele. Crowen começa a fazer um discurso sobre a união de Westeros, que em tempos de guerra precisamos nos fortalecer, faz propaganda do filho, olho para Rhaenys que está querendo rir, para nossa sorte, Ormund exige a presença do lorde, que fala sobre conversarmos depois.
— Esse cara é muito irritante. – Baela revira os olhos. — Imagina ter que aguentá-los todos os dias. – Rhaenys segura a minha mão.
*Valiriano*
— Ele queria um acordo de casamento, unir o filho dele à mim, mas como não aceitei, tive que ceder metade das terras da casa Selmy. Tem algum problema? – Sua expressão é de aflição, está com medo de ter feito alguma besteira.
*Valiriano*
— Claro que não, fez bem em fechar esse acordo, quanto mais ajuda, melhor. – Sinalizo para as duas entrarem na tenda, preciso contar a elas o que aconteceu.

Assim que termino de contar tudo, Baela fala:
— Vou para Carvalho Velho. – Ela se levanta e Rhaenys segura seu braço.
— Ficou louca? Ele está bem, estão cuidando dele, Baela, fica calma. – Ela se desesperou ao ouvir que Jace foi atingido. — Nós vamos precisar de você aqui, esqueceu?
— Baela, ele está bem, seu pai e Luke estão com ele, não precisa se preocupar. – Afirmo para ela.
Só depois de muita conversa entre as duas, Baela se acalmou, já estava anoitecendo, o ataque deles seria ao nascer do sol, agora que estão em maior número, não será um problema para acabar de vez com esse levante.
— Vou comer algo, vão vir também? – Assinto, mas Rhaenys nega.
— Pode ir na frente, nós vamos depois. – Baela lança para ela um sorriso malicioso e sai.
*Valiriano*
— Irei para Correrrio depois. – Balanço a cabeça negando.
*Valiriano*
— Nem pensar, isso aqui não é nada comparado ao que enfrentamos lá, aquilo estava muito pior. – Não vou conseguir me concentrar, não depois de ter deixado ela lutar como queria e logo depois Ilyas pegar ela.
*Valiriano*
— Vocês vão precisar, Jace está ferido e Aegon é um bêbado que não serve para nada. – Puxo ela pela cintura, beijo sua testa.
*Valiriano*
— Você vai para Porto Real primeiro, passará tudo para ele e depois vai pedir a ele, se ele permitir a sua ida para Correrrio, não contestarei, eu acho... Mas se ele a proibir, você vai obedecê-lo. – Ela encosta sua testa no meu peito. — Você entendeu, Rhaenys? – Ela apenas balança a cabeça e começa a mexer na bainha da minha calça.

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Boa noite❤️
Não esqueçam de verificar se leram os outros🫶🏻

Postei mais um vídeo no tiktok, um vídeo sobre a dança da Rhaenys com o Jaime🤣🤣🤣
Tem o link no quadro ou @rhaenyra_tg

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde as histórias ganham vida. Descobre agora