The Fate of House Targaryen - Aemond Targaryen

Capítulo 93- Accumulated hate is bad

Rhaenys Targaryen

Aquela voz... Eu a conhecia de algum lugar, me viro rapidamente e há apenas uma grande sombra no chão, a respiração pesada e irritada de um dos meus dragões bate em minhas costas, começo a procurar quem estava me seguindo, apenas escuridão rodeia o local, sinto calafrios por todo o corpo, os sussurros do vento ficam mais intensos e quase que ouço eles chamarem pelo meu nome, sinto uma fraqueza nas minhas pernas, há algo de muito errado com o meu corpo, meus braços começam a ficar dormentes e meus olhos ficam pesados e se fecham lentamente, de início fica tudo escuro, mas então uma luz branca estoura em meu rosto e começo a ver uma cidade pegando fogo, pareço estar em algo alto o suficiente para ter uma visão completa do lugar... Eu conheço esse lugar, é Porto Real, a cidade onde nasci está completamente em chamas, ouço gritos de agonia, pedidos de misericórdia aos Deuses, olho em direção a Fortaleza Vermelha e... Há apenas escombros, foi completamente tombada e queimada, uma completa destruição.
Sinto meu corpo tremer, me balançando, meu corpo se choca contra algo grande e duro, a visão volta a se tornar completamente preta, ouço uma voz muito distante, meu corpo está sendo chacoalhado, a voz começa a se tornar mais nítida e familiar.

— Rhaenys, preciso que volte, siga a minha voz. – Um leve aperto em minha cintura, minha visão começa a retornar e assim que abro os olhos, Kaden está bem à minha frente. Me afasto de seu toque de imediato, ouço um rugido e Kaden fica tenso, seus músculos se enrijecem, Storm está bem atrás de mim, a forma como ela se posiciona, o olhar fixo em Kaden, ela não gosta dele, ela o vê como uma ameaça e não vai deixá-lo tocar em mim. — Acho melhor voltarmos para a fortaleza, precisamos conversar, é de extrema importância... Por favor.
— Como sabia que eu estaria aqui? – Será que ele me seguiu? Kaden tem agido de forma estranha, ele nunca havia se insinuado para mim antes, quando me levou para o quarto, se ofereceu para retirar o meu vestido, mesmo sabendo que estou noiva e por mais que eu estivesse com raiva de Aemond, eu jamais faria algo do tipo com ele. Eu o amo, estar perto dele me traz conforto, toca-lo me traz paz, alívio e um relaxamento profundo, cometi um erro ao dançar com Kaden, só de pensar que eu poderia ter perdido Aemond... Ele disse que confia em mim, mas eu vi em seu olhar a decepção, aquilo doeu, mas como eu poderia imaginar que aquilo não era... — Kaden, posso te fazer uma pergunta sobre o que me contou do seu passado? – Ele franze o cenho. — Sobre Daenys... Sobre o que aconteceu na época da visão. – Ele parece relaxar e confirma.
— Claro, faça.
— Você disse que queria ajudar Daenys porque a amava, não é? – Ele assente. — Como você ajudou?
— Eu já lhe contei isso, ajudei com a visão do que meu pai faria. – Kaden parece confuso.
— Seu pai ou seu irmão poderiam fazer isso também? Colocar imagens na cabeça de outras pessoas? – Ele solta um longo suspiro e assente.
— Sim, eles podem... Você anda tendo visões, não é? – Balanço a cabeça em confirmação.
— Então ele realmente está em Westeros, bom, isso eu tinha certeza, mas parece que está mais próximo do que nunca. – Ele passa a mão por seus cabelos loiros. — Ele não pode ter acesso a você, para usá-la contra todos aqui, é em um piscar de olhos.
— Eu sei me cuidar. – Kaden ri.
— Nem mesmo você acredita nisso, Rhae, só me escuta, nós precisamos te manter em segurança. – O encaro com o cenho franzido.
— "Nós precisamos?"

Vejo algo ser erguer e caminhar em nossa direção, a escuridão e a distância não me permitem ver quem é, somente quando ele chega bem mais próximo, quase em Kaden, que consigo identificar. Jason.
— Princesa... Acho que começamos de maneira errada, creio que minha forma de apresentação não foi nada agradável aos seus olhos, peço mil desculpas. – Kaden ergue as sobrancelhas para o pentoshi, é como se estivesse surpreso com a atitude do homem, mas algo me diz que os dois trocam olhares muito certeiros, sinto uma enorme insegurança com ele dois ali, um rugido estridente é dado em aviso aos dois, Cannibal e Storm estão impacientes, nenhum dos dois vai chegar próximo à mim.
— Não preciso de proteção, Kaden, sugiro que retorne a fortaleza, aqui não é seguro. – Falo e olho para os meus dragões, Storm confirma com um rugido, dessa vez, ela atrai muito do que medo dos dois, vejo tochas além da estrada, na direção do Portão do Rio, merda...
Corro para subir em meu dragão, Kaden grita para eu descer, mas ignoro e Storm ameaça atacá-lo, ele se afasta e antes mesmo dos mantos chegarem próximo demais, nos lançamos ao céu.