Capítulo 70- Looking into the eyes of death

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— Não é o recomendado, mas nosso tempo é curto, então acho que devemos nos separar, cada um procura em um lugar e assim poderemos retornar logo para Westeros. – Para a minha surpresa, quem fala isso é Baela, Luke a encara arqueando a sobrancelha.
— Me deixem adivinhar, Rhaenys também concorda com isso e vocês vão usar que são duas contra um? – Olho para Baela e confirmo. — Vou alimentar os dragões. – Luke levanta e sai, mas ouço ele resmungar, acho que está reclamando que ninguém escuta ele.
— Sabe, quando nosso pai descobrir... Pior quando o Aemond descobrir que você está aqui e indo a esses lugares sozinha, que os Deuses nos ajudem. – Baela fala me fazendo rir.
— O que os olhos não vêem, o coração não sente. – Baela arqueia a sobrancelha, pensa por alguns segundos e depois explode na gargalhada. Ela respira fundo, se acalma e fala.
— No caso do Aemond, a gente nem precisa se preocupar muito então... – Tento segurar o riso, mas falho miseravelmente.
— Você não presta, Baela.

Ficamos conversando, repassando os detalhes do que aconteceu, do que sabíamos, contei para ela sobre o que vi em Stygia, Baela vê duas possibilidades, conhecemos três dragões selvagens que são nomeados, sabemos que Grey Ghost e Cannibal não residem mais em Pedra do Dragão, Sheepstealer ainda vive por lá, mas há a possibilidade de ser algum dragão que nunca vimos antes e ele viver nessa cidade desde o seu nascimento, há tantas dúvidas rodeando a minha mente, chega a ser cansativo.
— Só faz a busca e fica longe dessa cidade, pode ser muito perigoso se você e Storm encontrarem esse dragão de novo. – Baela afirma e eu assinto.
— Não vou passar por lá, isso pode ser muito arriscado.

Nós decidimos nos dividir da seguinte forma, Lucerys iria para Vaes Khadokh, que são ruínas da antiga colônia valiriana de Essaria, conhecida como Cidade Livre Perdida, no interior do Mar Dothraki em Essos, foi uma dica do próprio Huldan, Vaes Khadokh na Língua Dothraki, significa "Cidade dos Cadáveres", o mago disse que isso combina com Kallyonix, só não quis explicar o porquê.
Baela iria para as Montanhas dos Ossos, que são uma cordilheira que corta Essos de norte a sul, essa era uma das anotações de Halbrand, uma desconfiança, mas não era a única, Yaros que é uma ilha da Baía dos Escravos, no litoral sul de Essos, também estava bem destacada, e é para lá que eu vou.

******

Yaros é realmente muito pequena, minha busca foi tão rápida que consegui retornar bem antes de anoitecer, não encontrei absolutamente nada que me levasse ao Kallyonix, mas decidi que não iria parar com a busca, já que Baela e Lucerys demorariam muito mais, Thy me indicou para olhar nas Montanhas da Manhã, também conhecidas como Montanhas de Morn e Montanhas do Amanhecer, são uma cadeia de montanhas localizam-se a norte das Terras das Sombras, fica bem próximo, de acordo com ele, às vezes as coisas ficam bem debaixo dos nossos narizes, então decidi que valia a pena dar uma olhada.
Suas extensões são de impressionar qualquer um, quanto mais sobrevoamos, parece que ela se extende mais ainda, não parece ter fim, é tão silenciosa, tão quieta, fico me perguntando se há animais por dentro da extensa floresta que cobre as montanhas, já está começando a anoitecer, consigo ver os últimos raios de sol se desfazendo, decido retornar.

Ao passar por Stygia, ouço novamente aquele rugido, mas dessa vez não é algo ameaçador, é mais como uma "reclamação", por ter tanto contato com vários dragões, acabo sabendo diferenciar, penso logo que pode estar ferido, Storm fica tensa na mesma hora que ouvimos outro rugido, sei que pode ser perigoso e que eu não deveria fazer isso, mas decido descer para verificar.
Desço na estrada que dá para a entrada da cidade, há um arco de pedra negra pela metade, seus pedaços estão espalhados pelo chão, consigo ver uma gosma esverdeada em alguns pedaços de pedregulhos que estão em volta da base do arco que ainda está de pé, essa coisa fede, Storm começa a reclamar, ela quer sair dali, ordeno que ela fique, eu sou pequena e posso me esconder, com ela vai ser difícil, além do mais, ela ainda pode rivalizar com o dragão que está ali.
Ando pelas ruas da cidade, a névoa começa a cobrir o chão e começo a sentir muito frio, a temperatura mudou bruscamente, ando pelo canto, bem próxima as ruínas dos edifícios, depois de alguns minutos andando, chego na cratera, me inclino um pouco para olhar, só que está muito escuro, ouço um barulho alto, mas não vem de dentro da cratera, o chão treme, ouço a respiração alta e um vento quente atrás de mim, viro aos poucos, limitando os meus movimentos, quando me viro por completo, vejo apenas uma enorme sombra e dois olhos vermelhos fixos em mim.

A palpitação em meu peito aumenta, perco o fôlego quando aquela imensa criatura começa a se mover para frente, o antes era apenas uma sombra, se torna um enorme dragão negro como carvão, a Storm parece fofa ao lado dele, ele abre a enorme boca e seus dentes são tão longos como espadas, seu rugido me faz estremecer, talvez teria sido melhor se fosse o Grey Ghost e não o Cannibal, mesmo com ele aqui na minha frente, só consigo pensar na Storm, ele não pode chegar até ela, se eles dois se enfrentarem...
Quando ele se aproxima mais, dou alguns passos para trás, me virando mais para a direção da saída e quando consigo ver sua lateral, vejo o porquê de seus rugidos, há uma lança cravada na sua lateral, ele foi atingido e não conseguiu se livrar dela, seus rugidos eram de dor mesmo.
Continuo andando lentamente na direção da saída da cidade, meu olhar fica fixo no dele, ele acompanha cada movimento meu, tento manter o maximo de calma, quando ele se vira um pouco, parece que a lança se move e ele solta outro rugido de dor, só que um pouco mais irritado e olhando fixamente para mim.
*Valiriano*
— Se acalme. – Assim que falo, ele parece se interessar mais e anda um pouco na minha direção, minha tensão se aumenta quando ouço o rugido da minha dragão, Cannibal na mesma hora desvia o seu olhar e se levanta mais para olhar na direção da estrada principal, com sua distração, me enfio em uma das ruínas atrás de mim, me abaixo e ouço mais um rugido dele, ele parece estar me procurando, torço para que não vá na direção da Storm.

Ouço um barulho vindo do edifício ao lado, quase como se algo estivesse se rastejando, tento olhar sem que ele me veja, esse barulho parece ter chamado a atenção dele, aproveito para sair dali o mais rápido possível, corre em direção a Storm e assim que chego nela, subo e ordeno para sairmos de lá, graças aos Deuses ela me obedeceu e não foi atrás de mim.

******

Assim que chego em Qarth, vejo Baela e seu semblante está sério.
— Sua função era a mais rápida, onde você estava? – Respondo rapidamente:
— Acabei passando em Asshai, precisava perguntar uma coisa para Thy, a busca em Yaros não deu em nada e a sua? – Ela nega.
— Tentei descer e verificar andando, mas parece que há milhares de criaturas selvagens, Moondancer começou a rugir para o nada, preferi sair de lá o quanto antes. – A pista que eu acho mais provável de far em algum lugar, é a de Luke, mas também é a mais demorada.
— Talvez eu devesse enviá-la para ajudar Luke, vocês dois juntos cobririam uma área maior, não há so uma ruína Dothraki suspeita, Thy me deu uma lista. – Ela arqueia a sobrancelha.
— E quanto a você? – Ela está desconfiada de que eu vou aprontar algo.
— Quero me aprofundar mais em algumas leituras sobre esse maldito mago, aquela biblioteca é gigante, se eu pudesse ficar com ela só para mim... – Faço uma cara de tristeza.
— Você e esse seu vício. – Ela bufa. — Então quer que amanhã eu encontre com Luke? – Balanço a cabeça negando.
— Você perderia muito tempo, quero que vá para as ruínas dessa lista. – Entrego na mão dela um papel com a lista feita por Thy. — Essas são as que ele não vai investigar, se não achar nada, retorne imediatamente.

Na manhã seguinte, Baela partiu para o Mar Dothraki, eu disse a ela que ficaria em Asshai somente durante o dia e antes que anoitecesse, retornaria para Qarth, mas eu a mandei para longe, porque sabia que ela não concordaria com o que eu estava prestes a fazer...
Cannibal está com uma lança fincada em sua lateral, aquilo deve estar causando uma dor intensa nele, fora que deve estar atrapalhando ele em suas caças, antes de partir para Stygia, compro dois carneiros, acredito que ele coma isso também, as penduro em Storm e subimos em direção a cidade fantasma, vou alimentá-lo e tentar arrancar aquela lança do dragão.

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Boa noite🖤
Tudo bem??
Criei um twitter, se quiserem seguir lá é @rhaenyra_tg, lá vou falar sobre a fic também e até mesmo avisar sobre as postagens, já que o Wattpad não avisa🫶🏻🫶🏻🫶🏻🫶🏻

Se tiver algum erro, perdão, vou revisar melhor depois, meu tempo está bem curtinho, mas não quis deixar vocês sem capítulo hoje🫶🏻🫶🏻🫶🏻🫶🏻
Verifiquem se leram os outrooos❤️

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenWhere stories live. Discover now