Capítulo 44- A possible alliance

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Saio do quarto, Sor Braith sinaliza que ele já está me esperando, os corredores estão escuros a essa hora, por sorte, conheço esse lugar na palma da minha mão, começo a caminhar para o corredor que leva até a escada, quando estou quase virando o corredor, sinto um braço envolver minha cintura, me virar e me prensar na parede.

*Valiriano*
— Onde você pensa que vai? – Pelos Deuses...
*Valiriano*
— Você ficou maluco de vez? Me solta, Aemond. – Ele sorri e nega.
*Valiriano*
— Para onde você estava indo? – Ele afunda seu rosto no meu pescoço, respira fundo. — Seu cheiro é viciante... – Isso me causa arrepios.
*Valiriano*
— Estou indo ver a Baela, ela precisa de mim. – Ele ergue a cabeça e me encara, cenho franzido.
*Valiriano*
— O quarto da Baela é para o outro lado. – Ele me solta e cruza os braços. — O que você ia aprontar?
*Valiriano*
— Nada, eu estava indo encontrar ela, no jardim, só isso. – Ele não está acreditando.
*Valiriano*
— Vou levá-la até lá então. – Merda, não. Fico na ponta dos pés, seguro seu rosto e lhe dou um selinho.
*Valiriano*
— Não precisa, meu amor, só vou encontrar Baela. – Ele parece surpreso, ah... É claro, eu nunca chamei ele assim, é sempre ele que me chama.
*Valiriano*
— Com certeza você vai aprontar alguma, vamos, eu vou te levar lá. – Ele encaixa sua mão na minha, me puxando para a direção da escada, droga, eu paro.
*Valiriano*
— Eu preciso fazer isso sozinha, por favor. – Ele suspira e esfrega a mão rosto.
*Valiriano*
— Pelo menos me conta o que você vai fazer, assim eu fico mais tranquilo. – Eu ia inventar uma desculpa, mas antes que eu pudesse fazer isso, escutamos.

— Rhaenys, é você? – Meus olhos se arregalam na mesma hora. Como se não fosse suficiente, Baela aparece no corredor, ela deve ter pensando que deu tempo o suficiente, teria dado, se Aemond não tivesse aparecido.
*Valiriano*
— Era a Baela que você ia encontrar, né? Entendi. – Puxo ele.
*Valiriano*
— Ele disse que tem algo importante para falar, eu quero saber o que é... – Aemond bufa e passa a mão pelos cabelos.
*Valiriano*
— Sozinha não, eu vou junto e não adianta insistir. Eu vou junto e ponto final.
*Valiriano*
— Eu também vou junto. – Baela já tinha se aproximado. Reviro os olhos para os dois, mas sei que não vão desistir disso, a única coisa que posso fazer é continuar...

******

Assim que descemos a escada, Jaime já está com um sorrisinho no rosto.
— Cuidado, Aemond, daqui a pouco vão pensar que você virou animal de estimação, onde a dona vai, você vai atrás. – Aemond já quer partir para cima dele, mas me coloco na frente, o que faz ele parar na mesma hora.
*Valiriano*
— Por favor, agora não... – Ele e Jaime ficam se encarando, até que Baela quebra o silêncio.
— Ah... Acho melhor irmos. – Concordo com ela e puxo Aemond pela mão, Baela guia Jaime.

Entramos na biblioteca, Baela e Aemond sentam-se um ao lado do outro, ela cochicha algo para ele, que sorri e concorda.
— Desculpa por isso, seu bilhete chegou na hora errada... – Jaime me olha com um ar de surpresa. Ele está achando... — Não, quero dizer, eu estava com Baela, Aemond apareceu depois. – Ele repousa a mão em meu ombro, fazendo uma leve carícia.
— Não se preocupe, se eu convencê-los, serão mais um apoio. – E sorri.
— Você vai falar o que quer ou vai continuar dando em cima da Rhaenys? – Baela pergunta para Jaime, fazendo ele se afastar um pouco, vou me sentar ao lado de Aemond.

— Bom, meu objetivo aqui é simples e claro, quero o melhor para o meu povo, o rei não tem cumprido com os acordos fechados entre Dorne e o trono de ferro, isso nos prejudicou muito, causou a morte de milhares do meu povo... Causou a morte dos meus pais, eu tive que reerguer Dorne, cuidar de um povo que ficou frágil depois de tantas mortes, tantas doenças, virei praticamente pai dos meus irmãos mais novos, se ele só tivesse cortado as nossas transações por Westeros, eu não estaria com tanta raiva, mas ele não satisfeito, mandou dois dos dragões para queimarem nossas plantações, a beira do inverno, nenhum de vocês tem noção do que nós passamos. Foram anos para conseguirmos reerguer o nosso comércio, partes de terras queimadas pelos dragões ficaram inférteis, foi um completo caos, não levantei uma rebelião porque quero tomar o trono de vocês ou porque simplesmente não gosto de vocês, eu quero paz, não quero que meus irmãos vivam em meio a uma guerra sem fim, mas também não posso ficar parado, vendo o meu povo ser negligenciado. Sempre paguei todos os impostos para vocês e mesmo assim, meus homens foram proibidos de vender qualquer mercadoria dornesa, não acho que isso seja algo justo. – Pelos Deuses, não sabia que tinha sido tão ruim assim... Olho para minha irmã e meu tio, Baela parece chocada e Aemond o encara seriamente, mas está prestando atenção em tudo o que Jaime está falando, ele faz sinal para que ele prossiga. Jaime continua:

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde as histórias ganham vida. Descobre agora