Capítulo 52- Aemond Targaryen

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2 dias depois do ataque de
Rhaenys e Daeron ao castelo

Ontem durante a conversa com Halbrand, ele nos deu sete dias de trégua a partir de hoje, para irmos em Porto Real levar o seu comunicado.
O rei deve aceitar todas as propostas escritas na carta que iremos entregar ou eles vão matar Lucerys e Aegon, o acordo mudou desde a reunião, agora as Cidades Livres querem ter acesso as terras da casa Baratheon, querem ser donas de cada pedaço de terra deles, querem que o território de Dorne se expanda, pegando uma parte da Campina, assim como a casa Greyjoy quer um pedaço de terra dos Tullys, ele disse que o casamento entre o príncipe de Pentos com Rhaenys é inegociável, eu nem precisei socar o babaca, Daemon fez isso antes, dizendo que ninguém encostaria na filha dele.

Nós vamos partir para Porto Real, não há o que fazer, precisamos que o rei decida o que quer, ele pode tentar traçar uma plano de resgate, o que não acho que vai dar certo, mal estamos conseguindo manter a batalha aqui, parece que os Lannisters querem arrastar para a Campina, tudo está uma tremenda confusão.
— Agora mesmo que eles vão entrar em desespero... Parece que estão perdendo na batalha por VilaVelha. – Vikter entra na tenda falando.
— Achei que eles estivessem em maior número, pelo o que Sor Tryndi relatou, eles estavam com o triplo dos números dos nossos.
— E os dragões? – É Jace quem pergunta.
— E é exatamente por causa dos dragões que estão vencendo. – Vikter sorri. — Não sei ao certo o que aconteceu, mas ao que parece, conseguiram quebrar três das torres do castelo da casa Tarly, impediram a entrada e saída dos homens de Norvos e queimaram muitos deles, só pararam quando um dos montadores foi atingido, mas não sabemos quem foi. – Puta merda, não, não é possível... Não pode ser a Rhaenys, não mesmo, porra, a única vontade que eu tenho é de largar tudo isso e ir atrás dela.
— Partiremos agora, o quanto antes chegarmos, mais tempo teremos para pensar e conseguir arquitetar algo. – Rhaenys fala e concordamos.

Assim nós partimos para Porto Real, todos nós, meu tio achou melhor todo o conselho Targaryen se reunir, assim que chegarmos lá, já temos que começar a pensar no que podemos fazer.

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Na noite anterior
Rhaenys Targaryen

Nós conseguimos voltar para o acampamento, Baela foi a que teve mais dificuldade, já que enquanto atacávamos o castelo, no campo as atenções estavam nela, mas não foi um desperdício de tempo, ela ajudou a reduzir bastante. Nosso ataque de certa forma foi bom, mas ainda assim, eles estão com a vantagem, nós ainda estamos em menor número, meu ombro parou de sangrar depois que tiraram um pedacinho da minha armadura que ficou presa na ponta da flecha, com isso, se prendeu ao meu ferimento, o ombro ainda dói um pouco, mas já consigo mover mais, troquei minha armadura, a flecha fez um buraco e para um bom arqueiro me acertar de novo, não seria nada difícil. Dessa vez não estou com a armadura negra com adornos em vermelho, minha armadura é completamente negra com apenas o brasão Targaryen em meu braço, me lembra as escamas de Storm, é perfeita.

— Você vai querer ver isso... – Baela entra na minha tenda, sinto nela uma certa "animação". — Chegou uma carta de Jaime para você e eu... Ela já estava aberta, sabe, não sei quem fez isso, mas posso descobrir se quiser. – Ela ainda coloca um sorriso cínico no rosto.
— Não precisa não, aposto que foi algum passarinho. – Ela ri, abro a carta e começo a ler.

"Bom, nosso último encontro não foi dos melhores, a reunião deu completamente errada, tentei ao máximo argumentar com Halbrand para que aceitasse os incríveis acordos feitos por Aemond, mas ele estava irredutível. Foi uma surpresa para mim quando Aemond me apoiou lá, disse que o meu acordo com os Targaryens seria uma vantagem para ambos os lados e que Dorne poderia até se aproximar mais, as conexões se tornariam mais fortes com o tempo, o rei concordou com ele, seria ótimo se Aemond fosse rei, evitaria muitos problemas, ele é ótimo em negociar, mas sabe quando tem que agir também e não tem medo de fazer o que for preciso.
Aqui em Correrrio as coisas não estão nada fáceis, provavelmente você já deve saber, mas vou falar mesmo assim. Os Lannisters e os Braavosis estão se desentendendo, os Greyjoys começaram um levantamento com as frotas de Pentos, cada um acha que é melhor do que o outro, Dalton acha que deve ser o líder, mas Pentos se recusa a aceitar, tudo está desmoronando, eu já imaginava que isso iria acontecer, Colin plantou a discórdia entre todos, na minha liderança sempre questionou tudo, sempre tentando parecer ser melhor e que talvez a casa dele devesse ocupar o lugar da casa Targaryen... Sua ambição por poder o cegou, assim como todos os outros. Halbrand está com o seu irmão e o seu tio, ele quer matá-los, você com certeza já deve saber, ele se reuniu com o seu pai e entregou uma carta de exigências, apenas coisas absurdas, inclusive, um casamento com você, durante a reunião eu decidi apoiar Aemond indo contra a possibilidade de você se casar com o príncipe de Pentos, uma forma de agradecimento a ele por ter me apoiado, mas eu tenho quase certeza que isso partiu de você, bom, pelo menos parece que por sua causa ele tem sido mais "leve", se fosse a alguns anos atrás, ele teria sido rude, óbvio que teria considerado a situação, ele é um dos que mais entende desses assuntos, mas ele provavelmente teria tido o prazer de cuspir na minha cara e me humilhar, não que eu fosse deixar...
Enfim, não vou prolongar mais, vou direto ao ponto, enviei outra carta junto a essa, nela tem informações cruciais sobre alguns dos planos deles, incluindo onde os dois reféns estão, eu não queria quebrar a minha palavra para nenhum deles, mas já percebi que não há o que fazer, a ganância deles está destruindo tudo, colocando o porquê da nossa luta como apenas uma ideia de massacre, o povo de Dorne não é assim, eu não sou assim, por isso, ajudarei vocês a tirarem os dois daqui, na carta para o rei tem muito mais detalhes do que será preciso para nos comunicarmos, entregue a ele e faça tudo com descrição, se Halbrand descobrir que estou cometendo traição...
Enviei para você porque é a única que tem minha confiança, sei que vai fazer o que é certo, você é uma boa pessoa, não menti quando disse que quero sua amizade, espero que possa confiar em mim também.
Ass: JM"

— Pelos Deuses... Precisamos mostrar isso aos outros. – Saímos rapidamente, indo em direção a tenda principal, assim que chegamos, Gusly já está falando sobre a trégua em Correrrio, sobre as confusões entre os inimigos, então Jaime está falando a verdade... Interrompo eles e começo a explicar sobre Jaime, sobre a carta e que precisávamos ir para Porto Real.
— Lá estão em trégua, aqui não, mas se não entregarmos isso... Essa pode ser a chance de salvarmos os dois, se aliviar um pouco lá, poderemos ter mais dragões para ajudar aqui, acaba sendo vantajoso, só que estou em uma grande indecisão, não quero deixá-los desprotegidos... – Gusly segura em minha mão.
— Você pode ir para Porto Real sem peso na consciência, mesmo com a vantagem em números, eles ainda estão se recuperando do ataque de vocês, Daeron permanecerá com Tessarion aqui, você e Baela podem partir tranquilamente, tentem conseguir mais ajuda para VilaVelha, se tem alguém que é capaz disso, é você, Rhaenys. – Ele sorri e Ormund concorda com ele:
— Sim, você pode argumentar com o rei ao nosso favor, isso ajudará muito, se ele conseguir enviar mais ajuda quando vocês retornarem, nós ganharemos. – Sinto a mão de Ormund em meu ombro, depois ele coloca no de Baela. — Confio em vocês duas. Vocês mudaram tanto desde o primeiro dia em que chegaram aqui, Rhaenys parece uma guerreira, está parecendo uma mistura de sua mãe com o seu pai quando colocam a armadura, sua rapidez, inteligência estratégica, conhecimento e também melhorou muito com espadas, já você, Baela, lembra muito sua mãe, a valentia, a coragem e a inteligência, vocês são muito parecidas, mas também puxou bastante do temperamento de Daemon, as duas, na verdade. – Ele ri.

Nós saímos da tenda, Daeron vem logo atrás.
— Quero que tomem cuidado e espero que retornem com ajuda logo logo, todo tempo é muito valioso... – Ele me abraça, depois abraça Baela. — Fiquem de armadura, mantenham a espada sempre por perto ou grudada ao corpo, principalmente você, Rhaenys, eles querem a sua cabeça. Baela, proteja ela.
— Sempre. – Minha irmã responde.
Assim que me despeço do restante do nosso pessoal mais próximo ali, nós organizamos nossas coisas e partimos para Porto Real.

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Boa noiteeeee❤️❤️
Não esqueçam de verificar se leram o de mais cedo!!!!!

Antes que falem, esse está parecendo ser mais curto porque o anterior foi bem grande... Mas esse está no padrão do que geralmente coloco.

⚠️Coloquem aqui qual deve ser o shippe de Aemond e Rhaenys...

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon