Capítulo 63- Aemond Targaryen

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— Não queremos mais mortes, já foram perdas demais, sabemos que não podemos vencer, Ilyas enlouqueceu e nós só estávamos cumprindo ordens. – Sor Won, novo comandante de Norvos, finaliza dizendo que eles estão dispostos a pagar pelo erro, mas pedem que o rei tenha misericórdia, que eles querem se redimir.
— Senhor, se me permite... Nós não falamos pelos Selmys e nem Carons, eles tem planos próprios e nós não nos envolvemos nisso. – Um soldado de Norvos afirma.
— Então eles não querem se render? – Ormund pergunta e o soldado confirma.
— Eles estão dispostos a morrer, mas não se curvarão mais ao rei Viserys. – Não é uma armadilha, não dá parte de Norvos, mas não sabemos o que as casas traidoras estão planejando.
Saio da tenda e sinalizo para Baela, ela está voando baixo o que facilita.
— Mande Rhaenys subir e ficar de olho nos homens dos Carons, você fica de olho nos Selmys, se eles atacarem, vocês podem dar suporte aos nossos. Ordene que eles avancem, aceitamos a rendição de Norvos. – Baela assente e sobe rapidamente.
Assim que entro de novo, começo a explicar ao Sor Won que mesmo que eu aceite, eles ainda passarão pelo julgamento do rei, ele que vai decidir o que será feito e por enquanto todos eles ficarão sob a guarda de VilaVelha, o homem concorda imediatamente e diz que assim que nossos homens chegarem aqui, entregarão qualquer tipo de arma que tiverem ali.

Ouço o barulho do dragão pousando, saio junto com Ormund, Rhaenys desce de Storm e vem na minha direção.
— Eles recuaram para Nocticantiga.  – Seu olhar parece triste, provavelmente está chateada pela forma como falei com ela, eu não deveria ter chamado a atenção dela na frente de todo mundo, mas só consegui lembrar do que aconteceu com Lucerys e Aegon, os dois foram capturados e passaram por coisas horríveis, Rhaenys é muito forte com Storm, mas gosta de se arriscar, mesmo quando não é necessário, se fosse uma armadilha...
— Deixe que Ronan cuide disso, as terras agora são de sua casa. – Seguro a mão dela, mas ela puxa e sobe rapidamente em Storm.
— Ela está chateada. – Ormund afirma.
— De qualquer forma, Rhaenys não seria a melhor opção para nos dar cobertura, ela e Storm são mais do ataque, Baela é uma vigia muito melhor. – Me viro para olhar ele. — Ela precisa aprender a respeitar ordens, sempre está fazendo o que quer e não pensa nas consequências.
— Eu sei, mas você pode pegar mais leve com ela, Rhaenys só quer ajudar, sempre está disposta a fazer o que for melhor, lembre-se que não está falando com qualquer um dos seus soldados. – Ele coloca a mão no meu ombro. — Foi ela que fez os nossos inimigos tremerem.
— Eu sei... – Eu exagerei, mas o medo de acontecer algo com ela falou muito mais alto do que a minha razão. — Vou voltar para Torralta, preciso avisar ao rei o que aconteceu e precisaremos aguardar a sentença que ele vai conceder a eles. – Ormund assente e diz que permanecerá aqui com os nossos.

******

— Os Selmys e os Blackbars estão se estranhando, Crowen exigiu que eles se rendessem, mas ao que parece, eles também estão tentando recuar para as antigas terras dos Carons. – Baela fala assim que chego no acampamento.
— Vá com Rhaenys e impeça eles de recuarem. – Baela faz uma cara nada boa.
— Rhaenys está com Ronan em Nocticantiga, ela foi ajudá-lo. – Como sempre, ela me desobedeceu, está com raiva e agora vai me contrariar de todas as formas possíveis.
— Vá, você consegue sozinha. – Afirmo para Baela. — Estarei em Torralta, preciso enviar um corvo para Porto Real. – Ela assente, sobe em Moondancer e dispara para o encontro das duas casas.
Chegando próximo de Vhagar, Sor Gusly vem na minha direção.
— Príncipe Aemond, chegou um corvo em Torralta para você, parece que veio de Lannisporto. – Gusly suspira e passa a mão no rosto. — Comandante Halbrand enviou, é algo relacionado a Rhaenys. – Assinto e vou para Torralta o mais rápido possível.

******

Entrando na sala de reuniões, a expressão de Daeron é de escárnio, mas em seu olhar consigo perceber uma promessa de morte.
— O que aconteceu? – Meu irmão me encara e levanta a mão, tem um pequeno papel entre os seus dedos.
— Uma maldita ameaça. – Ele joga o papel em cima da mesa. — Ele está perdendo e acha que temos medo das ameaças dele.
"A cabeça de Rhaenys ficará exposta na entrada de Lannisporto, ela é o alvo, sei que não vou sobreviver por muito tempo, mas quando chegar a hora, eu levarei Rhaenys para o inferno junto comigo." Parece que alguém ficou muito irritado com o nosso resgate.

— São apenas ameaças vazias, ele não vai conseguir feri-la, ela não irá para Correrrio. – Daeron levanta a sobrancelha.
— E como você pretende impedi-la? – Sento na cadeira de frente para ele, apoio minha cabeça no encosto e solto um longo suspiro.
— Não faço a mínima ideia. – Balanço a cabeça negando. — A quem eu quero enganar? Merda, ela vai para Correrrio sem pensar duas vezes.
— Talvez Baela possa convencê-la, geralmente ela sempre apoia Rhaenys em suas maluquices, mas e se dessa vez ela se mostrar totalmente contra? Mostre isso para ela, depois é só pedir para que ela converse e tente colocar na cabeça de Rhaenys que ela não é necessária em Correrrio. – É uma boa opção, mas não acho que Rhaenys vá obedecer qualquer pessoa, a teimosia está no sangue, não há como mudar isso.
— Veremos isso depois, preciso enviar um aviso a Porto Real, com a rendição de Norvos, o rei precisa decidir o que faremos com eles.

Depois de enviar os corvos, fico conversando com Daeron e nem me dei conta do tempo que passou, só quando Ormund entra na sala.
— Metade dos Selmys estão mortos, a outra metade se rendeu, juntamos eles na sede Tarly, Lorde Thruman Tarly retornou com os seus homens e eles vão mantê-los na linha. Crowen já está de volta ao acampamento, Ronan permanece em Nocticantiga, ele conseguiu fechar o cerco dos Carons, seus homens renderam eles e agora estão como prisioneiros.
— Rhaenys voltou? – Ormund confirma.
— Ela está no acampamento... A coisa não parece estar nada boa entre ela e Crowen. – Eu e Daeron levantamos.
— Vou voltar para lá.
— Vou junto, já estou melhor, não aguento mais ficar aqui. – Daeron afirma.

******

Assim que chegamos ao acampamento, vejo Crowen encarando fixamente Rhaenys e ela retribui, a única diferença é que ele tem um sorriso de escárnio no rosto e ela carrega puro ódio em seu olhar.
*Valiriano*
— Está tudo bem? – Ela me encara e seu olhar não se suaviza nenhum pouco, está com raiva de mim também. — Eu só estava preocupado, desculpa ter falado daquele jeito com você. – Minha mão roça de leve na dela e ela se afasta.
*Valiriano*
— O único problema é que a sua preocupação anulou de forma rude e vergonhosa tudo o que eu fiz por VilaVelha. Você agiu como se eu não fosse capaz de me proteger e muito menos de proteger vocês. – Ela suspira e cruza os braços.
*Valiriano*
— Vamos conversar lá dentro. – Aponto para a tenda.
*Valiriano*
— Não estou afim de conversar com você, quero que você respeite o meu momento.
*Valiriano*
— Vamos só conversar como duas pessoas civilizadas, Rhaenys, não é como se eu tivesse impedido você de lutar a grande batalha, era apenas uma rendição. Você não precisar agir feito uma criança e fazer birra. – Ela começa a rir de forma debochada.
*Valiriano*
— Eu tenho o direito de estar chateada e querer um tempo só para mim, não é uma questão de ser uma birra, a questão é que você falou como se eu não fosse capaz de ajudá-los, você parecia estar falando com uma pessoa sem experiência alguma de batalha, mas se esquece quem foi que manteve VilaVelha nossa. – Ela começa a caminha para uma das fogueiras e só vira para finalizar. — Só me da um tempo, não quero descontar toda a minha raiva em você, por mais que você mereça.

— Deixa ela, você exagerou com a sua grosseria, não piore as coisas. – Ormund fala.
— Com a raiva que ela está, admiro que não tenha feito nenhuma besteira. – Baela afirma, Sor Gusly concorda com ela e complementa.
— Não sei como ela resistiu e não matou Crowen ainda. – Daeron franze o cenho.
— Por que ela tentaria matar Crowen?
— Pelas ofensas que ele fez a ela. – Ele fala como se fosse óbvio.
— Que ofensas? – Ormund pergunta.
— Ela não contou? Ele chamou ela de puta, meretriz e disse que sabe que vocês dois... – Ele aponta para mim.
Gusly conta detalhe por detalhe da cena, o que aconteceu quando entramos na tenda e cada maldita palavra que saiu da boca de Crowen, quando ele termina, o ódio me deixa completamente cego.

******

Boa tarde, bebês❤️
Tudo bem com vocês?
Espero que gostem do capítulo, boa leitura🫶🏻
Não esqueçam de verificar se estão lendo todos os capítulos...
Postei mais vídeos no tiktok, vão lá ver...

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang