Capítulo 88- Being consumed by fear

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Ando rapidamente até a entrada do castelo, assim que chego próximo aos dragões, Vhagar se levanta, me fareja e fica tenta, será que é possível ela sentir o que aconteceu aqui? Um guarda se aproxima e ela imediatamente solta um rugido ameaçador para ele, fazendo eu me assustar.
*Valiriano*
— Ei, se acalme, Vhagar, se acalme. – Chego mais próximo dela. — Ele não vai me ferir, ela ruge novamente, é um aviso.
— Desculpe por isso... – Falo para o guarda e saio de perto dela. — Onde eles estão?
— Lá dentro, o príncipe Aemond está ameaçando todo mundo. – Ele fala com um terror nos olhos.
— Pelos Deuses... – Ando rapidamente, a maior parte do castelo foi queimada, felizmente o salão principal não ficou tão arruinado, Alionor disse que iria ajeitar para abrigar quem ficou sem moradia.
Ao chegar no corredor do salão, já ouço vozes muito altas, uma delas é a de Aemond, assim que entro, vejo a seguinte cena: Aemond está com a espada no pescoço de Claire, Alionor e Margareth estão tentando entrar na frente dela, Jace está encostado na mesa assistindo a cena com uma expressão assassina, coisa que nunca vi nele, e Baela está tentando acalmar o Aemond, mas ela também parece estar muito nervosa com algo.

— Você vai me explicar direitinho que porra vocês fizeram. Onde ela está? – Ele questiona, os guardas estão a postos, com suas espadas nas mãos, mas consigo ver o medo no olhar de cada um.
*Valiriano*
— Você enlouqueceu de vez? – Já entro perguntado, atraindo todos os olhares para mim. — Abaixa essa espada, Aemond. – Ele abaixa e começa a me olhar da cabeça aos pés, fixando seu olhar na minha perna enfaixada.
— Vocês podem nos deixar a sós, por favor? – Todos assentem e saem, deixando apenas eu, Aemond, Baela e Jace. Minha irmã é a primeira a vir me abraçar, ela me agarra e me aperta, solto um baixo gemido de dor, a marca na costela ainda é mais recente que o ferimento na perna, isso faz os três ficarem alertas.
— Estou bem, é só um ferimento. – Jace me abraça, todos os três continuam em silêncio, Aemond nem se move, apenas me encara, sua respiração continua pesada. — Vocês não vão falar nada?
— Desculpa, é que por alguns minutos nós pensamos que você... Não tem noção do terror, essa idiota não falou nada sobre você estar viva, as notícias que estávamos recebendo... – Baela é a primeira a falar, Jace me abraça de novo.
— Que bom que está viva e bem, nós soubemos que você enfrentou outro dragão. – Assinto, mas meus olhos estão focados em Aemond, seu olho está levemente arregalado, consigo ver os movimentos de sobe e desce de seu peitoral, ele está raciocinando que estou bem e na frente dele, meus irmãos percebem.
— Nós vamos deixar vocês conversarem... – Baela fala e puxa Jace, meu irmão resmunga, mas a obedece e sai.

Me aproximo de Aemond, ele apenas fixa seu olhar no meu, ele parece prender a respiração, a velocidade em que seu peito sobe e desce é assustadora, coloco a palma da minha mão nele, sinto seu coração disparado, ele estremece ao meu toque, lentamente ele leva sua mão ao meu rosto e quando me toca, ele finalmente solta o ar, soltando um suspiro longo e ruidoso.
*Valiriano*
— Estou bem, meu amor, estou aqui, viva e bem. – Em seu olho consigo ver um certo brilho, mas não é como quando ele está me admirando, antes mesmo que eu consiga antecipar seu movimento, Aemond cai de joelhos e passa seus braços em volta da minha cintura, afundando seu rosto em minha barriga, sinto os seus suspiros de alívio, fico completamente sem reação, acho que nunca o vi tão desesperado...
*Valiriano*
— Por alguns segundos eu pensei que tinha te perdido. – É a única coisa que ele fala, ele continua me apertando com força, faço pressão para baixo e consigo me ajoelhar, as pontas dos nossos joelhos se encostam, envolvo seu pescoço e o abraço forte.
*Valiriano*
— Eu estou bem... Estou aqui com você. – Aemond afunda o rosto em meu pescoço, inspirando fortemente o meu cheiro, é algo que parece conforta-lo, passo a mão por seus cabelos, acariciando e sinto sua mão deslizar pelas minhas costas.
Ele finalmente recua um pouco, o suficiente para olhar para mim, me puxando um pouco para encostar nossas testas.
*Valiriano*
— Acho que nunca senti tanto medo como senti ao pensar na possibilidade de você realmente ter perdido essa batalha... Nas outras vezes você enfrentou pessoas, agora contra um dragão selvagem, o desespero quase me consumiu. – Consigo ver a dor em seu olhar, a dor de pensar em me perder, lhe dou um sorriso reconfortante.
*Valiriano*
— Estou aqui com você e estou bem, não vou a lugar algum, prometo. – Puxo ele para um beijo, mas logo me afasto. — Seu coração ainda está acelerado, ele apenas assente.

Ouço passos, Baela logo entra, seus olhos estão arregalados.
— Não gosto de atrapalhar vocês, mas o que Alionor contou... Nós precisamos falar sobre isso. – Concordo com ela e me levanto, estendendo a mão para Aemond, que a pega rapidamente.
Jace entra e eu começo a contar o que aconteceu, incluindo aquele maldito acontecimento enquanto estava sobrevoando o Vale do Bosquenegro, aquilo pareceu tão real, contei sobre a batalha com Grey Ghost, bom, até a parte que eu me lembro, Baela disse que Alionor contou para ela sobre o dragão ter me queimado e disse também que era para eu estar morta, Aemond estremece e busca o meu toque como uma forma de me sentir ali, de sentir que não estou em perigo e que estou ao seu lado, isso não passa despercebido pela minha irmã, o olhar que ela me lança indica que não é só de agora que ele está assim, provavelmente esse medo foi o que fez eles virem imediatamente até aqui.
— Isso é impossível... Como? Se ele queimou mesmo você, deveria ter pelo menos as marcas de queimadura. – Jace faz uma cara de desconfiança.
— Se vocês quiserem posso mostrar, sei lá, colocar a mão no fogo e a gente já testa se vai funcionar mais vezes. – Os três me olham com os "olhos" arregalados.
— Enlouqueceu? Só pode, é claro que não, Rhaenys, pelo Deuses. – Aemond responde alterado.
— Ela deve ter batido a cabeça quando desmaiou, com certeza, a gente finge que ela nem disse isso. – Baela fala para ele como se eu não estivesse ali.
— Tem algo muito errado, Grey Ghost sempre foi conhecido como o dragão selvagem mais calma que existia, nunca soubemos de qualquer ataca as vilas ou a qualquer pessoa que o visse, isso é realmente estranho. – Jace tira o foco de mim e leva para esse fato.
— Sim, foi o que eu pensei assim que o vi queimando a vila. – Afirmo.
— Acho que o melhor a se fazer agora é retornarmos para Porto Real, eles precisam saber disso e o rei precisa começar a agir, tudo isso pode ter ligação com aquele cara lá. – Baela fala e o Jace franze o cenho.
— "Aquele cara lá"? Sério? – Ela revira os olhos.
— Eu nunca sei como chamá-lo, cheio de nomes, Zahir, Kallyonix, não sei o que lá Liard. Vou chamá-lo de pai do Kaden.
— O nome dele você lembra muito bem... – Meu irmão fala e isso faz Baela cair na gargalhada.
— Não posso voltar para Porto Real. – Assim que falo, os três me encaram incrédulos. — Calma, não porque eu quero, Cannibal está muito ferido, suas asas estão cicatrizando aos poucos, ele precisa de mais tempo.
— A batalha foi tão feia assim? – Assinto.
— Aterrorizante, Grey Ghost estava com sede de sangue, nunca vi um dragão com tanta raiva assim, achei até que pudesse estar...
— Enfeitiçado? – Baela pergunta e eu confirmo.
— Vamos ver o Cannibal e o que podemos fazer para sairmos logo daqui. – Aemond afirma e sinto seu braço envolver minha cintura, me puxando para mais perto e andando colado em mim, é a forma que ele encontrou de confirmar que estou com ele e não vou sair do seu lado.

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Boa tarde❤️
Ontem teve capítulo hein...
Já já respondo os comentários🫶🏻🫶🏻🫶🏻🫶🏻
Hoje eu termino a playlist

Se tiver algum erro, perdão, culpo o enem por isso, dessa vez não por cansaço e sim porque estou me sentindo uma burra, beijos❤️

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenWhere stories live. Discover now