Capítulo 17- Oldtown

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Torralta é uma das mais altas estruturas dos Sete Reinos, é uma gigantesca torre com um farol em seu topo para guiar navios até o porto. É um castelo, assim como um farol, que se localiza bem ao centro de VilaVelha, a cidade mais antiga de Westeros.
Assim que descansamos, Daeron veio nos buscar para seguirmos para a Cidadela, sede da ordem dos Meistres.
Os Meistres são uma ordem de sábios, curadores, chefes dos correios e cientistas, por isso estamos aqui, se alguém pode ter conselhos e planos estratégicos são eles.

Meu tio tem vivido boa parte de sua vida aqui, conhece esse lugar na palma da mão, se eu precisasse andar sozinha aqui, certamente me perderia, mas aqui, não seria algo ruim, é uma grande cidade portuária, há muitos navios, o comércio é em grande escala, há lojas que fornecem todo tipo de material, joias, livros, tecidos, especiarias e muitas outras coisas.
Lannisporto não chega nem perto do que VilaVelha é, sinto que estou em um continente diferente, há pessoas usando roupas com cores de todas as casas, uma mistura de todas as etnias. Quanto mais andamos, mais quero explorar, tento ir em direção as grandes bibliotecas expostas de alguns Meistres, mas Baela sempre me dá um puxão e briga comigo, diz que pareço uma criança vendo doce, ela não está errada. Bibliotecas são o meu paraíso, o meu esconderijo, meu maior refúgio.

Depois de um tempo, chegamos a Cidadela.
A Cidadela se encontra no Vinhomel, onde suas torres e cúpulas são conectadas por pontes de pedra arqueadas. Casas e edifícios públicos erguem-se nas pontes de pedra. Os portões são flanqueados por um duas gigantescas esfinges verdes, com corpo de leão, asas de águia e cauda de serpente. Uma tem o rosto de homem, e a outra, de mulher.
Assim que entramos, Meistre Mael nos recebe e começa a falar sobre a grande rixa existente e que só cresceu ao longo do tempo, entre Dorne e a casa Targaryen, conhecemos partes dessa história, mas não fazíamos a mínima ideia sobre os acordos com o antigo príncipe de Dorne. Mesmo que eles sejam um "reino independente" ainda precisam transitar mercadorias para fora, as vendas são a sua maior fonte de renda, eles fornecem diversos produtos exóticos incomuns para o restante dos Sete Reinos, em particular, frutas cítricas e os próprios vinhos especiais de Dorne, assim como limões, azeitonas e romãs. Não sabemos exatamente qual foi o atrito entre o rei e o príncipe, mas algo vindo de meu avô não agradou o Martell, sufocar isso foi uma péssima decisão, e agora se estourar uma guerra, o povo de Westeros, certamente, irá culpar o rei por isso.

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— Acha possível formar uma aliança com Dorne? – Baela pergunta ao Mael.
— Certamente, existem vários tipos de aliança, mas a que traria maior segurança para todos, seria o matrimônio. – Logo depois olha para mim. — Não necessariamente precisaria ser você, Rhaenys. Jaime Martell tem uma irmã, Isis Martell, uma bela jovem, poderíamos prometer uma união entre Joffrey e ela, ou até mesmo com Aegon. Mas... não acredito que Jaime aceitará, o ódio que ele acumulou pela casa Targaryen é muito grande, o rei o sufocou demais, agora terá que lidar com essas consequências. – Daeron está me encarando.
— O que aconteceu com Colin foi horrível, um maldito traidor, mas você ainda não buscou novos pretendentes. O que planeja fazer?
— Tio, estamos a beira de uma guerra, não acho que isso seja muito importante. – Baela concorda comigo.
— Meistre Alfador disse que pretende conversar com o rei, ele acha favorável fazer uma aliança entre os próprios Targaryen, para acalmar os ânimos da rainha Alicent com a princesa Rhaenyra. – Minha irmã e eu nos encaramos, depois voltamos a prestar atenção em Mael. — Mas ao que tudo indica, isso não vai acontecer, Aegon já é casado com Helaena e Aemond não quer se casar de jeito nenhum, ele se recusa. Você seria a aliança mais provável para com os Martell, mas também não irá acontecer, como eu disse, Jaime os odeia. – Ótimo. Por que eu iria querer casar com uma maluco que sonha em assassinar toda a minha família? Nós já sabíamos que um dia essa guerra chegaria e agora que está batendo em nossa porta, vamos combater isso, sem medo, sem covardia. A casa Targaryen não é uma casa de medrosos, ou de covardes, nós fomos criados para o poder, para a guerra.

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde as histórias ganham vida. Descobre agora