Capítulo 64- A long-awaited return

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Me sento um pouco afastada da roda dos Blackbar, mas ainda na visão do lorde, só não arranquei a língua dele para não ter conflitos e acabar perdendo o apoio de sua casa, isso deixaria Aemond mais irritado, já estou irritada com ele, não quero dar mais motivos para brigarmos.
Vejo Aemond olhando seriamente para Sor Gusly, aquela expressão, eu conheço ela, será que ele ofendeu Aemond e agora... Mas antes que eu possa me levantar e ir até lá, Aemond começa a andar em direção aos Blackbars.

Crowen estava sentado em sua roda na fogueira, foi tudo tão rápido que eu só vi quando a espada de Aemond desceu no topo da cabeça do lorde, ele afundou a espada no crânio dele, de forma que a ponta saiu junto com a garganta do homem, se fosse uma lâmina valiriana, certamente teria dividido sua cabeça em duas partes. Os guardas de Blackbar se levantaram na mesma hora, mas Vhagar deu o seu aviso, rugindo de forma aterrorizante até para mim e um sorriso cruel tomou o rosto de Aemond.
— Mais alguém gostaria de desferir insultos à minha mulher? – Ele puxa a espada da cabeça do corpo morto, quando ninguém responde, ele começa a se afastar, quando chega próximo à mim, se vira para todos. — Levantem suas taças para Brenan Blackbar, lorde da casa Blackbar, a quem vocês respondem a partir de agora. Espero que você seja bem melhor que o seu pai, não vai querer ter o mesmo fim trágico que ele. – Olho em volta, todos estão de olhos arregalados, apenas Daeron está sorrindo.

*Valiriano*
— Você ficou maluco? – Sussurro para ele.
*Valiriano*
— Quando ia me contar que ele a chamou de puta? – O encaro incrédula.
*Valiriano*
— Eu ia arrancar a língua dele, mas só quando não precisássemos mais de sua ajuda. – Aemond ri.
*Valiriano*
— Não precisamos dele, o filho dele não se revoltará contra os Targaryens, está na palma da mão do rei, não se preocupe com isso. – Daeron e Baela chegam mais perto.
— Agora já sabem que ofendê-la não é algo que sairá impune, gostei. – Daeron da um tapinha no ombro de Aemond.
*Valiriano*
— Não vou permitir que ofendam você e fique por isso mesmo. – Ele senta e cruza os braços, Ormund senta ao lado dele e começa a fazer um discurso sobre ele ter exagerado, que isso poderia causar mais problemas com mais casas.
— Não vou permitir que ofendam ela, Ormund, se eles tiverem algum problema com isso, que venham falar comigo.

Me levanto para sair de perto dele, ainda estou com raiva, a forma rude como falou comigo me deixou chateada, eu sei que as vezes tomo decisões imprudentes, posso até ser nova, só que eu sei me cuidar, sou capaz de me proteger e de proteger eles, depois ainda ter que escutar aqueles insultos...
— Rhaenys... – Ouço Aemond me chamar, me viro.
*Valiriano*
— Eu disse que quero um tempo, Aemond. – Vou em direção a minha tenda. Entro e me sento, Baela entra logo depois de mim.
— Eu entendo ele... – Encaro ela. — Você não tem noção do quão desesperador é ver você se arriscando.
— Tudo bem, eu sei que me arrisco muito, mas ele não tinha o direito de falar daquele jeito comigo, foi grosseiro demais, em nenhum momento eu levantei a voz ou fui rude com ele, pedi com a maior paciência e delicadeza possível. – Baela mexe no meu cabelo e começa a acariciar o meu rosto.
— Sim, ele poderia ter sido mais gentil, mas não deixe isso te abalar, você é forte e corajosa, é pior se você se abater por causa disso, já passou.

— Estou entrando. – Ouço a voz de Daeron.
— Veio me dizer que estou exagerando? – Meu tio começa a rir.
— Jamais, acho maravilhoso quando você da um gelo nele, precisa ver como fica, parece um bichinho longe do seu dono. – Baela começa a ter uma crise de risos.
— Vocês dois não prestam. – Falo me segurando para não rir.
— Vamos voltar para Torralta, não há mais necessidade de ficarmos aqui. – Daeron avisa. — Peguem suas coisas e vamos.

******
Torralta - VilaVelha
Dia seguinte

— Com certeza é dele, sem sombra de dúvidas, o menino tem todos os traços dele, impossível não ser. – Tilia chegou contando que uma das Lady's deu à luz a alguns dias e a criança veio a cara de um dos guardas do Mestre Mael.
— Bom, eu vi que Alfador estava bem irritado com o Mael, será que tem alguma relação? Soube que Alfador é amigo do pai dessa Lady. – Tilia confirma.
— Parece que Mael estava acobertando, ele planejava enviar os três para longe, assim que ela tivesse o bebê, mas parece que o Alfador descobriu antes.
— Vocês só sabem fofocar? – Levamos um susto, olhamos para trás e Daeron, Aemond e Ormund estão nos encarando.
— Bom, eu já estava de saída. – Tilia levante e na hora de sair ela fala baixinho para mim. — Depois eu termino de contar para vocês o resto da fofoca. – Baela escuta e assente, faço o mesmo.

Ormund se senta na ponta da mesa, Daeron ao lado de Baela e Aemond ao meu, só que dessa vez ele senta a uma certa distância de mim.
— Recebemos uma resposta do rei, cuidarei de tudo em relação as punições e exílios, ele quer que vocês retornem para Porto Real, Daemon e seus irmãos já estão lá. – Baela abre um sorriso na mesma hora.
— Ótimo, partiremos quando? – Ela pergunta para Aemond.
— Estou pensando em partir daqui a pouco, depois de Porto Real, terei que ir para Correrrio, Halbrand já fez algumas... ameaças. – Encaro ele.
— Ameaças? – Daeron confirma.
— Ele enviou uma mensagem, um corvo chegou de Lannisporto. – Baela pede para que ele diga o que estava escrito na mensagem.
— Eles querem a cabeça de Rhaenys, virou o objetivo deles matarem ela. – É Ormund que responde.
— Eles não são os primeiros a dizerem isso. – Falo e reviro os olhos. — Não tenho medo de Halbrand e muito menos dos seus malditos seguidores, se ele quer tanto a minha cabeça, que venha buscar. – Ouço Aemond soltar um longo suspiro.
— Acho melhor partirmos logo então. – Baela fala com um certo entusiasmo.
— Nem é porque você está louca para rever Jace. – Daeron brinca com ela e ganha um soco no ombro, o fazendo cair na gargalhada.

Volto para o meu quarto, praticamente nem usei, mas deixei algumas coisas aqui, ouço uma batida na porta e Daeron logo entra.
— Atrapalho? – Nego e faço sinal para ele sentar. — Vim me despedir, não sei quanto tempo ficaremos sem nos ver... – Ele suspira e seu olhar carrega uma tristeza. — Vou sentir saudade. – Vou até ele e o puxo para um abraço.
— Eu vou sentir muita saudade de você, quero que você faça visitas, se for preciso eu venho te buscar e te arrasto até Porto Real, só para você ficar por pelo menos um mês lá. – Ele sorri e me aperta mais ainda, ouço um barulho de tosse forçada, olho para a porta e encontro Baela com os braços cruzados.
— Estou começando a ficar com ciúmes. – Daeron ri e estende a mão para ela, que logo vem se juntar ao abraço.
— Vou morrer de saudades das duas. – Ficamos por um tempo assim, até que Daeron se afasta. — Quero que tomem muito cuidado, vencemos aqui, mas ainda há batalhas sendo travadas e não sabemos de muitos movimentos planejados pelas Cidades Livres, Jaime disse que foi excluído de vários encontros, então não temos a certeza do que esperar vindo deles, só tomem cuidado.
— Tomaremos, não se preocupe. – Baela afirma.
— Não é com você que fico preocupado. – Ele fala para ela e me olha.
— Ei, eu também vou tomar cuidado, vou tentar não me arriscar, só quando necessário. – Daeron e Baela começam a rir.
— Até parece. – Os dois falam juntos.
— Nos vemos em breve. – Ele fala e sai do quarto.

Termino de arrumar as minhas coisas, Baela já está com as dela, descemos para o pátio e Aemond já está nos esperando, ele está se despedindo de Daeron e sua expressão não está muito boa, ele parece um pouco estressado, vejo Ormund e Sor Gusly, abraço cada primeiro Ormund, que fica repetindo que não devo me arriscar e devo tomar cuidado sempre, na hora de abraçar Gusly, ele me entrega uma espada.
— Quero que fique com ela.
— Mas é a sua espada, você disse que era uma herança de família, não posso aceitar. – Ele balança a cabeça e empurra ela na minha mão.
— Você a merece, sua bravura durante essas batalhas só deixaram muito mais claro que você merece o sangue que corre em suas veias, é uma honra para mim e para minha família entregá-la a alguém tão honrada e corajosa. – Sinto uma imensa vontade de chorar, mas seguro ao máximo, jogo os meus braços em volta de Gusly.
— Vou sentir falta dos treinamentos e de suas broncas... Vou sentir sua falta. – Ele diz o mesmo. — Obrigada por me ensinar tanto. Quero que agradeça ao Ritcher por mim, ele também foi fundamental e vou sentir falta dele também. – Ele assente, depois disso dou um último abraço em Daeron e nós partimos para Porto Real.

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Boa noiteeeee❤️
Não esqueçam de verificar se leram o capítulo de mais cedo.

Peço perdão se houver algum erro de escrita, vou revisar melhor amanhã, estou com enxaqueca, mas queria postar a continuação...🫶🏻

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenWhere stories live. Discover now