Capítulo 58- Your kindness is what conquers

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Depois de comermos, Baela e eu decidimos ficar em uma sala de leitura de Torralta, Meistre Mael veio nos contar sobre a melhora de Daeron, ele já não sente tanto os ferimentos, as febres diminuíram e ele acha que já pode cortar o chá que mantém ele dormindo, o corpo dele já está reagindo muito bem, não há necessidade de deixá-lo desacordado mais.
— Aemond reduziu a cinzas o acampamento deles. – Arregalo os olhos.
— O que? Quando?
— Logo depois de entregar você ao meistre, ele retornou para lá, Sor Gusly disse que ele saiu matando e depois subiu em Vhagar para queimá-los, isso os que ainda estavam no nosso acampamento, depois ele seguiu para o acampamento deles e queimou tudo. Alguém ficou muito irritado por terem ferido você e Daeron, não julgo, eu teria ajudado se ele tivesse deixado.
— Às vezes ele deixa a raiva dominá-lo. – Baela levanta a sobrancelha.
— Às vezes? Eu diria que ele perde o controle quando tentam te machucar... – Ela ri e olha para os dois lados, conferindo se tem alguém vindo ou por perto e começa a falar baixinho. — Jace e nosso pai vão se encontrar com Jaime, parece que ele já tem um plano para tirá-los de Rochedo, o único problema é que aquele lugar é enorme, por isso os dois vão para Lannisporto para planejarem e selecionar os possíveis cômodos que estão usando para escondê-los. – Começo a pensar no tempo que fiquei lá, aquele lugar era como um labirinto, feito só para confundir os outros e evitar curiosos...

— Como está se sentindo, Rhaenys? – Ouço a voz de Ormund, me viro e o vejo junto de Aemond.
— Melhor, só com um pouco de dor na hora de levantar o braço, mas é suportável. – Ele assente e se senta ao lado de Baela, Aemond ao meu lado.
— Irei para Vilavinha, preciso convencer Ronan a enviar seus homens como apoio, acho que a rivalidade entre ele e os Carons vai ajudar na decisão. – Aemond fala e sinto sua mão deslizando na minha cintura, encosto minha cabeça nele, vejo Ormund desviar o olhar para um dos textos na mão de Baela.
*Valiriano*
— Você voltará para Correrrio ou irá para Lannisporto? – Ele suspira.
*Valiriano*
— Lannisporto, ajudarei no resgate dos dois. – Repouso minha mão na coxa dele.
*Valiriano*
— Acha que vai ser muito difícil tirá-los de lá?
*Valiriano*
— Talvez, não sabemos em qual cômodo eles estão, então teremos que procurar e aquele lugar é enorme. – Ele parece tenso.
*Valiriano*
— No corredor ao leste dos quartos, eu achei uma porta enorme com o brasão Lannister, vocês precisam ver o que tem lá... Jim começou a desconfiar de mim quando me pegou vindo daquela direção, acho que tem algo importante lá.
*Valiriano*
— Você me falou sobre essa porta... Eu lembro. – Ele parece pensar no que pode ter lá. — Para aquele desespero todo, deve ser importante mesmo.

— Acho melhor partirmos logo. – Ormund finalmente se pronuncia, ele fala que vai avisar ao meistre Alfador, o mesmo vai junto para garantir a nossa palavra a casa Redwyne.
Baela levanta e diz que vai ver Daeron, nos deixando completamente sozinhos.
*Valiriano*
— Não tem possibilidade da casa Redwyne ter nos traído não né? – Pergunto para ele.
*Valiriano*
— Acho que não... Ronan não é um traidor, é apenas um cafajeste viciado em orgias, mas ele sempre mantém sua palavra em qualquer acordo. Ele poderia ferrar metade dos casamentos de Westeros, vender informações de pessoas importantes que frequentam suas festas, mas ele mantém em segredo, as pessoas confiam nele, nós também temos que confiar. – Coloco as minhas mãos em seu rosto.
*Valiriano*
— Só toma cuidado, fique perto de Vhagar, se eles tentarem algo, queime-os. – Ele sorri e beija a minha testa.
*Valiriano*
— Eu sempre tomo cuidado, meu amor, já você... – Ele me dá um beijo e levanta. — Espero que ele aceite a proposta rapidamente, preciso retornar e partir para Lannisporto logo.

*Valiriano*
— Deixará Vhagar aonde? – Fico preocupada com a possibilidade de Halbrand descobrir e matar um dos meninos para provar que não está brincando.
*Valiriano*
— Em Carvalho Velho, precisamos manter o máximo de descrição, eles são nossos aliados, então não causará nenhuma estranheza, Halbrand só não pode saber que seu pai se movimentou por lá, já que foi ele que ficou encarregado de conseguir acertar o acordo com o rei, causaria muitas desconfianças. – Me levanto e seguro sua mão.
*Valiriano*
— Se conseguirmos o apoio de Redwyne e depois acabarmos com o restante de resistência na Campina, irei para Correrrio ajudá-los. – Falo e a expressão de Aemond muda.
*Valiriano*
— Conversaremos sobre isso depois. – Ele beija minha testa, depois o meu pescoço e por último a minha boca. — Ficarei fora só por algumas horas, eu acho, então trate de não se meter em nenhuma confusão. – Ele finaliza e sai da sala.

******
Dia seguinte

Conseguimos o apoio da casa Redwyne, parece que Ronan ficou animado com a possibilidade de governar as terras de seu inimigo, Aemond disse que a briga entre ele e o Lorde Caron parecia ser muito séria, os dois não se suportam, da última vez que tiveram que sentar um ao lado do outro, Ronan enfiou um punhal na coxa do Caron, foi um caos.
Aemond partiu para Carvalho Velha esta manhã, ele não parecia estar de bom humor, na verdade, desde o momento em que retornou de Vilavinha, seu humor estava péssimo, Baela acha que rolou algum estresse com Ronan, ele não quis dizer o porque estava daquele jeito, eu não quis insistir também.

— Rhaenys, Daeron acordou. – Baela entra em meu quarto falando. — Parece estar bem melhor. – Levanto rapidamente e saio do quarto, indo em direção ao quarto dele junto de Baela.
Quando entramos, Daeron está sentado olhando pela janela.
— Acordou mais preocupado com Tessarion do que com ele mesmo. – Meistre Mael afirma.
— Os dragões são como uma parte de nossa alma, perder eles significa que uma parte nossa morre, dizem que traz um vazio absurdo... Não quero experimentar esse sofrimento nunca. – Baela fala, isso chama a atenção do meu tio.
— Soube que você também se feriu, Rhaenys. – Chego mais perto e me sento na cadeira de frente para ele.
— Sim, uma balista, depois Ilyas conseguiu me pegar. – Sua expressão é de preocupação. – Você me deu um susto e tanto. – Ele suspira.
— Aquela maldita tempestade deixou Tessarion muito agitada, eu só senti o impacto e não consegui fazer mais nada. – Baela puxa uma cadeira e senta ao lado dele, segura em sua mão.
— O importante é que agora você está bem, Tessarion também. – Ele sorri e sinaliza para que o meistre saia.

— Ormund está planejando um ataque para acabar de uma vez com o outro lado, agora com mais apoio chegando, teremos a chance de ganhar. – Daeron fala e Baela ri.
— Isso se eles não recuarem, são muito covardes, ainda mais agora que Ilyas está morto, os idiotas devem ter ficado aterrorizados com o ataque de Vhagar ao acampamento, a mensagem que Aemond deixou foi bem clara. – Meu tio olha para ela e franze o cenho. — Ficou bem claro que a raiva o consumiu porque feriram vocês dois.
— Acho que foi mais porque machucaram a Rhaenys... – Daeron responde.
— Claro que não, seu irmão ficou muito preocupado com você. – Baela rebate. — Inclusive, foi ele que cuidou de Tessarion e de Storm.
— Eu sei que ele se importa comigo, não duvido disso, mas sei que essa raiva toda não foi por minha causa, talvez uma pequena parte, o resto foi por causa de Rhaenys, essa maldita guerra já deixou ela a beira da morte mais de uma vez... – Baela concorda. — Não sei nem do que Aemond é capaz se...
— Só quero que isso acabe logo, não aguento mais ter que ficar pensando se vamos receber o aviso da morte de algum deles. – Baela desabafa, sei que está assim por causa de Jace, com ele em Lannisporto ela ficou mais tensa e preocupada, tem medo de tudo dar errado e acabar acontecendo algo com ele ou os outros.

— Vou até Bandallon. – Afirmo.
— Oi? O que você vai fazer lá? – Daeron pergunta.
— Vou conseguir mais ajuda, se eles nos enviarem homens, poderemos acabar com eles sem problemas maiores, não acho que igualar nossos números seja algo seguro, temos que ter mais. – Meu tio parece pensar nessa possibilidade. — Baela pode tentar conseguir com a casa Florent.
— Não, acho melhor você tentar com as duas, todos tem uma certa afeição por você, eles admiram sua simpatia e bondade, talvez nem precise insistir muito. – Baela fala.
— Você foi ferida não tem muito tempo, acho muito arriscado. – Daeron começa. — Mas sei que não vai adiantar falar muito, você não vai obedecer, então consiga esse apoio para VilaVelha, confio em você para isso.

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Boa noite❤️
Não esqueçam de verificar se leram os dois capítulos de ontem🫶🏻

Gente, batemos 200K de visualizações...
Muito obrigada por isso, espero que realmente estejam gostando❤️

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde as histórias ganham vida. Descobre agora