Capítulo 14- Is war really necessary?

10.7K 1K 299
                                    


Passamos a tarde no grande salão da casa Tully, contei tudo o que vi nos papéis da mesa de Colin, contei o que aconteceu com Jim e os guardas, contei sobre as minhas desconfianças em relação a maldita porta com o brasão Lannister, e principalmente sobre a ameaça do príncipe Jaime Martell. Quando terminei de contar, todos estavam me encarando, Baela é a primeira a se manifestar, ela se levanta, caminha até a minha cadeira e diz:
— Eu te venero. O que você conseguiu fazer... Não tenho nem palavras. – Ela se vira para Aemond, já com um sorriso sarcástico no rosto. — Você está completamente ferrado, ela conseguiu domar a Vhagar, otário. – Aemond só olha para ela e ergue a sobrancelha.

Minha mãe começa a conversar com os lordes, falam sobre posições defensivas, lugares estratégicos para atacar com os dragões, as vantagens em uma luta a céu aberto, a quantidade de perdas por conta da revolta das duas casas, mas não estou muito interessada em ouvir isso agora, me levanto e vou até a mesa de comidas, pego alguns doces e me sento afastada, longe da atenção de todos.

Brianna se senta ao meu lado, a voz dela já era familiar, mas agora sinto um cheiro muito mais, o cheiro de rosas.
— Você é a estranha que segurava a minha mão o tempo todo. – Afirmo para ela, que cora imediatamente.
— Perdão, princesa, achei que talvez pudesse ajudar o seu corpo a relaxar, minha mãe fazia muito isso quando eu ficava doente, o toque, o calor corporal de outra pessoa, dizem que ajuda. Eu pensei que se interagíssemos com você, talvez ajudasse a acorda-la mais rápido, antes que uma tragédia acontecesse. – A encaro com uma expressão confusa. — Aemond. – Ela afirma como se fosse óbvio. E então começo a me lembrar dos meus "delírios".
— Quando Paty falou sobre alguém não ter misericórdia com a casa Lannister, estava falando dele não é? – Brianna arregala os olhos.
— Você escutou?  – Confirmo. — Perdão por isso, é que... Você precisava ver como ele estava, acho que nunca vi alguém tão sedento por sangue. Quando ele voltou de Rochedo, as roupas estavam encharcadas de sangue, mais até do que você quando chegou aqui, muito mais. – Ela olha para os lados, se inclina e sussurra. — Nós ficamos apavoradas do que poderia acontecer se você não acordasse, por isso aquela foi a minha reação ao te ver. De todos os anos que conheço Aemond, acho que nunca o vi tão preocupado com alguém. – De todos os anos? Ela conhece ele a quanto tempo? Não sabia que Aemond vinha a Correrrio ou talvez ela tenha ido para Porto Real, fico curiosa, mas não pergunto nada, apenas digo a ela que é normal, ele estava com medo de perder a sobrinha preferida dele e ela faz uma cara do tipo "Aham, a sobrinha preferida..."

******

De acordo com Jace, voltaremos para Porto Real hoje mesmo, ordens do rei. Entro no quarto que foi meu por quatro dias, há muitas plantas, ervas e panos, provavelmente por conta de meus ferimentos, preciso pegar algumas coisas.
*Valiriano*
— Você se saiu muito bem. – Me viro e encontro Aemond encostado no batente da porta. — Enfrentou Jim, o matou e ainda fez Vhagar queimar outros seis guardas. Tenho que admitir, isso não é para qualquer um. – Me sento na cama e faço sinal para ele fazer o mesmo e se sentar ao meu lado.
*Valiriano*
— Como você o matou? – Coloco minha mão em sua perna, me inclino para encostar minha cabeça nele, que logo joga seu braço por cima do meu ombro, me puxando para mais perto. Ele fica um bom tempo olhando para o nada, acho que está decidindo se deve me contar ou não.

*Valiriano*
— Quando eu voltei para Rochedo, ele estava preparando um comunicado que enviaria para toda Westeros e outros continentes, dizendo que você era uma assassina, que se deitou com ele para se aproveitar, que os servos e guardas poderiam confirmar isso, mas que antes mesmo de você fazer isso, eu já havia te arruinado, que eu tomei a sua virtude e que só fui atrás de você por ciúmes. – Colin era um porco, um canalha, sinto meu estômago embrulhar, Aemond continua — Assim que li aquela merda... Eu tinha ido na intenção de acabar com ele rapidamente, para poder voltar logo e ver você, mas não resisti, eu tinha que fazê-lo sofrer. Primeiro castrei ele, depois arranquei uma de suas pernas e fiz ele assistir Vhagar comê-la, mantive ele vivo enquanto rasgava sua barriga, e comecei a fazer exatamente o que ele ordenou que fizessem com Emil Stark, enchi sua barriga de larvas, mas não o matei rápido, deixei que elas comessem sua carne, deixei que ele sentisse aquela dor insuportável, ele implorou por misericórdia, só que aí eu lembrei de como você ficou, da quantidade de sangue que perdeu... Arranquei a língua para que parasse de falar e quando achei que a tortura já era o suficiente, Vhagar o queimou até que virasse apenas cinzas. – Colin não era uma boa pessoa, mas será que isso tudo era mesmo necessário? Talvez tenha sido, já que ele era um traidor, não é atoa que a casa se rebelou logo depois de sua morte.

*Valiriano*
— Aemond... O príncipe de Dorne está empenhado em matar todos os Targaryen, ele tem apoio de duas casas grandes e outras menores, além de ter as cidades livres, me diz que meu avô vai revidar e não se acovardar diante da ameaça, nós não podemos aceitar isso, se não vão começar a achar que podem nos desrespeitar e depois sairem ilesos.
*Valiriano*
— A guerra é inevitável, o Martell não quer ouvir, ele quer sangue e é isso que ele terá. As frotas de Corlys já estão posicionadas ao norte da Baía dos Naufrágios, a primeira batalha será no mar, contra as frotas de Tyrosh, seu pai acha que devemos mandar três dragões, assim podemos acabar com essa disputa rapidamente, mas acreditamos que seja um breve distração para Dorne avançar e ficar mais próxima de VilaVelha. Lucerys está com Joffrey em direção à sede Tyrell, parece que eles tem informações sobre uma possível chance de acabar com essa guerra, parece que o príncipe pode aceitar uma aliança com os Targaryen, não gosto nada disso, mas meu pai quer ouvir e provavelmente fará de tudo para evitar um banho de sangue, não importa o que isso irá nos custar. – Uma possível aliança? Não faria sentido, Jaime está com raiva, ele quer guerra e uma aliança... uma aliança significa casamento. Então esse era o plano do rei? Casar um Targaryen com um Martell para sufocar a rebelião? Essa é a ideia mais tola que já ouvi, isso será só uma adiamento do que é inevitável. Ele levanta e anda até a janela, está pensativo demais. Antes que eu possa falar algo, Baela entra no quarto.

— Vamos partir agora, vou dar só uns minutos para vocês se despedirem, não abusem. – Espera, o que? Me despedir?
*Valiriano*
— Para onde você vai? Pensei que fosse voltar para Porto Real comigo. – Ele nega, mas permanece em silêncio. Droga, é óbvio. — Você e Vhagar vão para Baía dos Naufrágios. – Ele confirma.
*Valiriano*
— Eu, Daemon e Rhaenys iremos auxiliar Corlys, será mais fácil quando queimarmos os navios deles. Não tem com o que se preocupar. Mas antes disso, preciso resolver umas questões aqui, por isso não posso ir com você. – Sim, é claro que fico preocupada, mas também não vou negar que se me chamassem para ir junto, eu com certeza aceitaria. — O rei pretende enviar alguns para as terras Baratheon, VilaVelha está protegida por Tessarion, mas se precisarem, voar de Ponta para Vila é mais fácil e rápido. – Ele se aproxima de mim, toca em meu rosto e me da um beijo na testa. — Volte para Porto Real, se recupere, porque se não houver chance de paz, toda ajuda será necessária. – Baela entra e diz que precisamos ir, antes que Jace venha nos buscar, abraço Aemond e saio junto com minha irmã para voltarmos para casa.

******

Boa tardeeeee, meu amores🫶🏻
Tudo bem com vocês?
O clima vai ficando mais tensoooo em Westeros.

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenWhere stories live. Discover now