Décimo capitulo!

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Quando entrei no meu quarto e fechei a porta, me virei e dei de cara com o Pedro sentado na minha cama, com os braços cruzados.
- Porque demorou tanto? - perguntou sério
- Isso é ciúme de irmão ou o que? - brinquei e sorri
- Sério, eu fiquei preocupado - ele passou a mão no cabelo
- Poderia ter ligado no meu celular - coloquei as sacolas no chão
- Eu tentei, sabia? - ele disse irônico
- Sério? - tirei meu celular do bolso e tinha várias chamadas não atendidas dele
- Sério senhorita - ele disse
- Me desculpa, eu não ouvi - fiz biquinho
- Tudo bem - ele riu - Eu gostei de ficar aqui no seu quarto esperando você.
- Ah é ? Isso é bom - me aproximei dele e sentei em seu colo
- É que eu senti sua falta hoje - ele fez uma cara de confuso
- Eu também, mas já estou aqui ok ? - passei a mão pela boca dele
Ele puxou meu rosto pra mais perto da boca dele, ficou me olhando por uns segundos, brincava com meus lábios, me dava selinhos e me olhava de novo. Não demorou muito pra ele se cansar da brincadeira e me pegar de vez, com aquele beijo que me deixava sem fôlego e queimando por dentro, puxando meu cabelo e me beijando intensamente, ardentemente. Eu estava sentada no colo dele e suas mãos pararam na minha cintura, ele diminuiu o ritmo do beijo, parou de me beijar e sorriu
- Sua boca fica tão vermelhinha - ele riu
- A sua também sabia? - nós rimos
- Posso te fazer uma pergunta? - ele disse, colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha
- Claro amor, o que quiser - eu sorri
- Você já... como eu posso falar... - interrompi ele
- Eu sou virgem - ri um pouco
- Ah sim, estou surpreso - ele riu
- Surpreso? Porque? - perguntei assustada
- Ah amor, achava que você era igual essas piriguetes aí, mas a cada dia que passa eu descubro que estava muito enganado - ele sorriu
- Idiota - dei um tapinha na cara dela e o beijei.
Continuei ali, sentada no colo dele, olhando ele por uns minutos e brincando com seu cabelo, eu me lembrei da primeira vez que eu vi Pedro, que meu pai me apresentou minha madrasta. Foi mesmo estranho, mas de primeira vista eu já achei ele lindo, quando ele sorriu e pegou na minha mão, como se eu fosse uma criancinha e ele fosse um adulto e disse um ' Oi ' tão inocente. Quem diria que nós chegaríamos aqui.
- No que você tá pensando? - ele me perguntou confuso
- Em quando a gente se conheceu - dei um sorriso
- Eu não me lembro exatamente, só lembro que você não era bonita - eu dei um tapa nele
- E você não foi nada simpático, só me deu um Oi - mostrei a língua
- Ah, eu era lindo, tinha o cabelo grande - nós rimos
- E eu era tão... inteligente - eu me gabei
- Só inteligente, porque beleza ZERO! - ele riu, me zoando
- Ok admito, eu era um pouquinho mal arrumada ok? - sorri
- Ok amor, mas agora você é maravilhosa, gostosa, tudo! - me deu um selinho
- E você agora é menos chato, pelo menos conversa comigo agora. - fiz biquinho
- Mas nós nunca tivemos assunto amor, esses anos todos eu só ficava olhando, tipo um cachorro com fome na porta de uma casa de frango assado sabe? - Nós rimos um pouco
- Você é um bobo sabia ? - olhei pra ele
- Você é maravilhosa sabia ? - ele me puxou
Nos beijamos e logo veio a imagem da Ana na minha cabeça, senti que devia falar com ele que tinha contado pra Ana da gente, então parei o beijo.
- Amor, eu contei pra Ana de nós... - mordi meu lábio
- Como ela reagiu? - ele perguntou assustado
- Ela adorou, riu muito da gente e ainda me pediu pra contar tudo, detalhe por detalhe. - eu ri
- Tudo bem amor, eu confio na Ana. Ela e o Matheus são meus melhores amigos - ele sorriu
- Ana e eu estamos nos dando muito bem, espero que continue assim - dei um selinho nele.
Nos despedimos mais um pouco e fomos dormir.

Era só meu irmão...Onde histórias criam vida. Descubra agora