Septuagésimo terceiro capítulo!

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Depois fomos pra casa do Matheus e almoçamos lá.
Tentamos ao máximo não tocar no assunto, apesar da Ana ter contado tudo pro Matheus e ele ter opinado muito. Quando fomos embora, chegamos lá em casa de mãos dadas e meu pai estava vendo um filme no sofá.
- E aê parceiro - Pedro cumprimentou
- E aí, onde vocês estavam ? - ele perguntou
- Na casa do Matheus - dei um beijo no meu pai
- Entendi. Já tá tarde, e você tem faculdade amanhã. E se eu não me engano, você também tem que comparecer na sede do seu novo clube Pedro, vá dormir também. - ele disse
- Tamo indo, boa noite - Pedro disse
- Boa noite, sua mãe pediu pra você ir lá amanhã - ele disse
- Pode deixar - fomos pro corredor
- Amor, fala com seu pai agora da gente. Aproveita. - ele me olhou
- Agora? Vou falar o que? - eu perguntei confusa
- Fala que a gente tá junto de novo. - ele riu baixinho
- Ai meu Deus. Ok. Vou lá - eu ri também
Peguei um copo de suco na cozinha e sentei do lado dele no sofá. Pensei em como começar e falei o que achei que seria o melhor a ser dito ali.
- Pai, eu e o Pedro estamos juntos. - eu o olhei
Ele pausou o filme e me olhou
- Você tá feliz? - ele perguntou
- Muito - eu ri
- Então tá bom. Só não quero ver você chorando por ele por aí. Se não esse boleiro vai se ver comigo - ele riu
Abracei ele, e fui pro quarto do Pedro.
- E aí? - ele perguntou
- Ele só me perguntou se eu tô feliz e disse que não quer me ver chorando por você, se não ele te mata. - eu sorri ironicamente
- Você chorava por mim? - ele pegou meu cabelo
- Não. - menti
- Sei. - ele riu
- É sério. Não chorava. Nem gostava de você - menti de novo
- Aham - ele me beijou
- E eu nem senti saudade - eu disse
- Acredito - ele me beijou
- Pode falar que você também não sentiu falta do meu beijo, do meu abraço, do meu cheiro - ele me beijava
- Nem senti mesmo. - eu ri
Começamos a nos beijar e sem perceber fomos pra cama dele. Tentei parar mas não conseguia resistir aquilo. Era tentação demais pra eu mandar meu corpo parar de corresponder aos gestos dele.
- Para que meu pai tá na sala - eu ri
- Dorme aqui comigo, só hoje vai - ele beijou meu pescoço
- Não posso amor - eu levantei
- Então, espera ele dormir e vem? - ele me olhou
- Tá bom. eu ri
- Quando ele entrar pro quarto eu te mando uma mensagem. - ele piscou
- Combinado. - eu mordi o lábio dele
- Tomara que esse coroa não demore muito - ele me beijou
- Até daqui a pouco - eu pisquei e ri
Fui pro meu quarto e aproveitei pra tomar um banho.
Quando terminei, e olhei meu celular já tinha uma mensagem do Pedro: '' ele já foi dormir, agora vem princesa! rsrs ''. Coloquei meu pijama e fui.
Quando entrei, a luz estava apagada e ele já estava deitado.
- Demorou amor - ele disse com voz de sono
- Tomei um banho - eu disse
- Vem cá, dormir agarradinha comigo, vem - ele ajeitou o travesseiro
Me deitei com ele e ele me beijou
- Te amo muito, sabia? - ele mexeu no meu cabelo
- Eu também, muito. - o olhei
E aquele momento, talvez fosse o momento mais lindo desses últimos anos. A gente dormindo ali, juntinhos de novo. Eu nunca esperei que isso um dia pudesse acontecer novamente, e quando acordei rezei e agradeci por aquela noite e por poder ter o Pedro comigo de novo.
- Amor, acorda. - eu tentei o acordar
- Daqui a pouco amor - ele resmungou
- Daqui a pouco você tem que estar na sede, esqueceu? - eu disse
- É mesmo, que saco - ele tentou acordar
- Já já tô indo pra faculdade, vou só me arrumar. Bom dia - eu dei um selinho nele
- Te busco mais tarde então - ele disse
- Não, me busca na Ana. Vou pra casa dela depois da aula. - eu menti
- Tá bom. Te amo. - ele disse
- Também - me levantei

Eu não menti. Eu omiti. Eu realmente ia pra casa da Ana, mas antes eu ia resolver uma coisinha.
Cheguei na faculdade e não via a hora das aulas acabarem logo. No intervalo, contei a Ana o que eu ia fazer e ela me apoiou, mas com um pouco de medo de não dar certo. Bernardo também me viu, me cumprimentou e foi embora.
Quando a aula acabou, peguei um ônibus em direção ao centro da cidade. Maria trabalhava numa loja de roupas, então pensei em tudo antes de fazer.
Entrei na loja e peguei várias peças, pra experimentar, pois ela trabalhava na área do provador. Fui para o provador e escondi meu rosto numa blusinha e entrei. Uma mulher veio me ajudar
- E aí, gostou de alguma moça? - ela perguntou
- Gostei de várias, estou terminando de experimentar. - eu disse
- Ok, qualquer coisa me chama. - ela disse
Maria atendia outra cliente, e não tinha visto que eu estava ali. Eu li o nome da mulher que estava me atendendo e contei com a sorte.
- Você que é a Andréia? - eu perguntei
- Sim. - ela me olhou confusa
- Acho que aquele cara ali, ele é o gerente né? - eu perguntei
- É sim. - ela respondeu, ainda sem entender
- Ele estava te chamando, moça. - eu disse
- Sério? Não escutei. Obrigada! Vou lá ver o que ele quer, ele deve estar uma fera. - ela disse e saiu andando
- Aqui você pode pedir pra aquela outra moça me atender? - eu apontei pra Maria.
- Claro! Maria, olha o provador 4 pra mim por favor. - ela gritou
- Pode deixar. - Maria respondeu
Escondi meu rosto de novo e esperei ela vir.
- Posso ajudar moça? - ela disse
- Claro que pode. - eu sorri
Quando ela me viu, parecia que estava vendo um fantasma.
- O que que você tá.. - ela tentou dizer assustada
- Vem cá, vem cá que meu assunto é com você, sua piranha. - fechei o provador
- Me solta - ela gritou
- Vai gritar? Vai fazer barraco aqui no seu emprego? Quer ser demitida? - eu tapei a boca dela
- Me solta sua louca - ela tentou se soltar
- Eu vou te soltar, mas antes você vai ter que aprender que com homem dos outros não se mexe. - eu a olhei
Dei um tapa, dei outro, dei outro. Ela segurava pra não gritar, mas gemia de dor. Puxei ela pelo cabelo e coloquei ela de frente pro espelho.
- Tá vendo essa piranha aí no espelho? - eu perguntei
Ela ficou calada.
- Tá vendo ou não tá? - puxei o cabelo dela mais forte
- Tô - ela começou a chorar
- Olha bem pra ela. Se ela só quisesse pegar meu namorado, não tinha problema. O problema é que ela fingiu ser minha amiga, pra tentar ficar com ele. - eu disse
- Me desculpa - ela chorava
- Só fica longe dele. Só te peço isso. - eu disse
- Eu juro eu não vou mais chegar perto do Pedro - ela me olhou
- Mas antes repete aí pra mim, eu sou uma puta de uma amiga falsa. - eu ainda segurava o cabelo dela
- Me solta Luiza, pelo amor de Deus - ela fechou os olhos
- É só você dizer Maria. Não vai doer não. - eu sorri
- Eu sou uma puta de uma amiga falsa. - ela falou baixinho
- O que? Não escutei. Fala mais alto. - eu ri
- Eu sou uma puta de uma amiga falsa! - ela falou alto
- Agora sim. Vou ficar só com essa camiseta aqui. - soltei ela e peguei a camiseta
Saí do provador e passei no caixa, paguei a blusa e fui pra casa da Ana.
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Era só meu irmão...Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ