BÔNUS DO PÊ 2

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Não sei ao certo a hora em que eu cheguei. Só sei que, eu não estava nada cansado. Viajei horas de avião, cheguei, tive que me arrumar pra vir pra casa da minha vó e não tive tempo nem de pregar os olhos. Mas mesmo assim, eu não sentia cansaço e nem vontade de dormir. Eu esperava ansiosamente a chegada dela.
Não aguentava mais aquele tanto de parente me falando como você cresceu, como você está bonito, como está o clube? como é morar fora e bla bla bla. Resolvi ficar na parte de cima da casa da minha vó, que não tinha nada além de um sofá velho e todas as estrelas do céu iluminando aquela noite. Eu já tinha colocado na minha cabeça que eu desceria daqui a pouco pra ver ela, mas eu estava nervoso. Estava mais nervoso do que nunca, minhas mãos não paravam de soar e eu sentia calafrios a cada minuto que se passava.
Eu estava escorado no muro, olhando pro céu e lembrando dos momentos vividos com ela, que eu reencontraria em pouco tempo. Não tinha pensado no que fazer quando a visse, não tive tempo de pensar nisso. Sempre que vinha ela em minha mente, as lembranças falavam mais alto do que qualquer outro pensamento.
Senti seu perfume, e no mesmo instante pensei que dessa vez tinha pensado nela demais, que até o cheiro dela veio em minha mente. Mas eu estava enganado, o cheiro ficou mais forte a cada segundo e então me virei.
Não sei descrever minha reação, nem a dela. Era uma coisa de outro mundo esse nosso sentimento. Eu não precisei falar nada, nem ela. Ela só se aproximou. Ela vestia um lindo vestido vermelho, e seu cabelo tinha crescido mais. Ela estava linda, mais linda do que nunca. E antes dela me abraçar, me perguntei o porquê eu ainda não tinha morrido de saudade.
Quando ela me abraçou, eu pude sentir um frio na barriga nunca sentido antes. A abracei como se fosse a única coisa que existisse no mundo, mas pra mim naquele momento, era tudo que realmente importava. Sem ninguém falar nada, simplesmente ficamos ali, abraçados e o único barulho que eu escutava era da nossa respiração. Era como se a gente precisasse daquele momento pra matar a saudade, de sentir a gente junto outra vez. Não deixei que a lágrima que se formava no meu rosto caísse e só continuei ali, abraçado com ela por mais alguns minutos.
- Eu senti muito a sua falta amor... - eu disse, ainda a abraçando.
- Eu também - a voz dela era a mesma coisa de antes
Ela se afastou e passou a mão no meu rosto, e chegando mais perto, me beijou. Nos beijamos muito. Era muita saudade, muita vontade e muito pouco tempo. Eu precisava aproveitar essa noite e fazer ela durar pra sempre, e torcer pra que ela demorasse muito pra acabar.
Nos beijamos mais e só falei uma coisa.
- Vamos sair daqui. - ele disse
Descemos pra onde os ''parentes'' estavam, minha mãe e meu padrasto só olharam a gente sair e não disseram nada. Ninguém disse nada. Acho que eles entendiam que a gente precisava de um tempo só nosso, de um lugar só nosso. Peguei minha moto, que saudade de andar nela. Ela ficou na garagem da minha mãe durante todo esse tempo e não tinha como eu levar ela comigo... Fomos pra casa da minha mãe, ou minha casa. Tanto faz.
Ainda em silêncio, ela desceu da moto e eu peguei o seu capacete numa mão e na outra peguei a mão dela. Abri a porta rápido e, quando entramos coloquei os capacetes no sofá e a carreguei. Subi a escada com ela nos meus braços e ao mesmo tempo, falando coisas que eu precisava ter certeza de que ela acreditava como: eu te amo, eu te amo muito, eu te amo pra sempre, eu não vivo sem você. Por um momento desacreditei que ela estava em meus braços outra vez, e que eu estava a sentindo de novo, mas continuei.
Quando chegamos na porta do meu quarto, ela a abriu, pois minhas mãos estavam ocupadas e minha boca também.
Com todo cuidado, a deitei na minha cama, e devagar me deitei ao seu lado. Era tudo que eu queria, ter ela ali do meu lado de novo, a minha mulher, na minha cama. Enquanto nos beijávamos, eu tive a certeza de que ela era a única mulher no mundo que eu realmente precisava.
Devagar, ela mesmo se encarregou de tirar minha blusa. Eu só a virei e desci o zíper do vestido, que logo depois caiu sobre a cama, a deixando quase nua. Começamos a nos beijar devagar, mas quando o clima começou a esquentar, o ritmo acelerou sozinho. Tirei o resto de roupa que ela vestia por baixo do vestido, que por coincidência ou não, era uma lingerie vermelha também, bem parecida com a cor do vestido, maravilhosa. Era impossível olhar pra ela e não a desejar. Quando estávamos totalmente nus, começamos a nos amar. Não falamos nada, deixamos o amor falar por nós.
Começamos devagarinho, queríamos sentir um ao outro até acreditar que aquilo era realmente real, que não era mais um de nossos sonhos. A vontade aumentava cada vez mais, junto com o ritmo. Quando assustei já estávamos fazendo amor, soados e com muito fogo. A voz dela no meu ouvido sussurrando e gemendo no meu ouvido, me fazia delirar e querer sentir ela mais. E foi nesse ritmo a noite toda, só paramos pra descansar e continuávamos de novo. Quando o dia já tinha amanhecido, foi quando chegamos ao clímax.
- Eu te amo, não quero que esse dia acabe. - ela me abraçou.

Era só meu irmão...Where stories live. Discover now