Sexagésimo oitavo capítulo!

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Abri a porta do quarto e quando ele me viu, levantou da cama.
- Aconteceu alguma coisa? - ele me olhou
Coloquei o dedo indicador sobre a boca dele, deixando claro que eu queria que ele ficasse calado e sem hesitar cheguei mais perto e beijei ele. Que saudade daquele beijo, do gosto que ele tinha.
No começo ele não entendeu direito, mas quando ele viu que eu não tava brincando começou a entender. Pegou minha cintura e me beijava, passava a mão no meu cabelo, deslisava a mão pela minha coxa e me apertava de leve.
Devagar fui levanto ele de novo pra cama, fiz ele sentar e sentei em cima ele. Continuamos nos beijando quando ele interrompeu.
- Tem certeza do que você tá fazendo? - ele me olhou
- Já te mandei ficar calado. - eu ri
Nos beijamos de novo e enquanto isso, fomos tirando a roupa.
- Seu pai deve estar em casa - ele disse
- Vai dormir na sua mãe hoje - eu ri
Fiz ele se deitar e o beijei todo, da boca até a coxa. Quando ele já não aguentava de tanto tesão, me puxou pelo cabelo e me beijou toda também. Em cima de mim, ele começou com o movimento e permanecemos nele a noite inteira. Quando começou a amanhecer, chegamos ao clímax juntos e não tinha pra ninguém: eu e o Pedro na cama, ainda não existia coisa melhor.
Ficamos abraçados, nos olhando. Aquilo ali estava perfeito pra mim: o abraço dele, o cheiro dele, a companhia dele. Não precisava de mais nada.
- Você não imagina o quanto eu esperei por isso. - ele me olhou
- E você não imagina o quanto eu senti sua falta - eu disse
- Mais do que eu, duvido muito. Só Deu sabe. - ele me beijou
- Promete que você não vai me deixar de novo? - tentei não me emocionar
- Prometo. - ele me abraçou
Acho que nunca pude imaginar que esse dia chegaria, o Pedro pra mim era um caso encerrado. Mas o amor nos surpreende, mais do que a gente imagina. Eu tinha superado, mas não tinha esquecido. Afinal, como esquecer de algo que foi tão bom? Tão intenso... Tão verdadeiro. O destino tem isso, ele une e separa pessoas... Mesmo ele sendo tão forte, ele é incapaz de fazer com que esquecemos de pessoas que por algum momento nos fizeram felizes. A distância permite a saudade, mas nunca o esquecimento e o Pedro era a prova disso.
- Sem você, passei a ver o que nunca enxerguei. Sem você, me dei um tempo e me repensei. Eu me vi naquelas folhas de outra estação, que sem vidas são varridas, secas pelo chão. Acredito hoje em coisas que me ensinou, acredito que dias melhores tão por vir, e que amores de verdade surgem num olhar, acredito que a gente possa ser feliz.. - ele cantou baixinho
Aquele momento era tão perfeito, tão único, que eu não queria levantar da cama. Se eu pudesse eternizar um minuto da minha vida, com certeza seria esse.
- Agora me conta, porque você voltou ? - eu perguntei
- Te falei, do contrato... - ele disse
- Mas era só você renovar, e você joga bem. Duvido que eles não te ofereceram a renovação. - eu disse
- Ofereceram, mas eu não aguentava mais de saudade de você Luiza. Da minha mãe também. - ele riu
- E agora, como vai ser daqui pra frente? - eu perguntei
- Vai ser do jeito que você quiser que seja. Você manda.- ele me beijou
- Que dessa vez seja pra sempre. - eu disse
- Pra sempre. - ele me beijou
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