Quadragésimo quinto capítulo!

8.1K 421 10
                                    

- Pra onde vamos? - ele sorriu
- Como assim pra onde vamos? - eu estranhei
- Não quero que você vai embora agora amor! - ele me beijou
- E vamos pra onde? - eu ri
- Vamos lá pra casa, minha mãe já deve estar dormindo. Você dorme lá hoje e vai embora amanhã cedinho! - ele sorriu alegre
- Perigoso amor. - eu disse
- Por favor? - ele pediu
- Ai meu Deus. Vamos então. - eu ri
Pegamos um taxi ali perto e fomos pra casa do Pedro. Quando chegamos na porta de casa não vimos nenhuma luz acesa. Talvez porque a minha madrasta já tivesse ido dormir. Entramos na pontinha do pé e eu corri pro quarto do Pedro enquanto ele ia conferir se a mãe já estava dormindo. Quando ele entrou no quarto, eu estava tentando a qualquer custo descer o zíper do vestido.
- E ai? - eu disse
- Ela nem está aqui amor, tô preocupado agora. - ele me olhou
- Ela sabia que você chegava hoje? - eu perguntei
- Sabia, ela que foi me buscar no aeroporto - ele disse
- Liga pra ela - eu sugeri
Ele ligou e falou com ela, não entendi muito o que eles conversaram, eu estava reparando que também tinha um porta retrato nosso no quarto dele, igualzinho o nosso. Só que com a foto da gente beijando.
- Nossa amor - ele riu
- O que? - eu o olhei
- Ela atendeu o telefone toda ofegante, e não parecia que estava dormindo - ele disse
- Jura? - eu ri
- Sério! Ela vai dormir na sua casa hoje - ele disse
- Ufa! - eu disse
- Falei pra ela avisar seu pai que você foi dormir na Ana - ele piscou
- Espertinho você - eu ri
- Agora vem cá - ele me beijou
Ele desceu o zíper do meu vestido e me sentou na cama, tirou meu sapato e puxou meu vestido enquanto me olhava e sorria. Beijou minha perna, minha coxa e subiu até chegar na minha boca, nos deitamos e enquanto nos beijávamos fui tirando a roupa dele. Quando consegui tirar tudo estávamos rindo com as besteiras que ele sussurrava no meu ouvido, com ele encima de mim começamos a fazer amor, devagar... Parecia que ele queria se certificar que eu estava ali e aproveitar ao máximo cada minuto que passava. Depois aceleramos o rítimo e a brincadeira foi ficando cada vez mais gostosa, quando o sol começou a aparecer e iluminar o quarto dele foi quando chegamos ao clímax.
- Nossa, como eu estava com saudade disso - ele me beijou
- Tô morta - eu ri
- Também, vamos tomar um banho amor - ele me carregou
Fomos pro chuveiro e conversamos sobre a viagem dele enquanto nos lavávamos.
- A gente só perdeu um jogo, e eu fiz 4 gols. - ele piscou
- Olha que metido! - eu ri
- Sério, o técnico falou pra mim que tá pensando seriamente em me colocar como atacante. - ele disse
- Sério amor? - eu disse
- Sério, imagina eu com a camisa 9 ou 10? Vou virar boleiro! - ele riu
- Ah pronto! - eu ri
- Mas aqui, sabe do que eu mais gosto? - ele me olhou
- O que? - eu perguntei
- De você né pretinha - ele me abraçou e me beijou
- É né! Quero ver quando aparecer várias mulheres pra você. Se você vai lembrar da sua pretinha - eu fiz biquinho
- Vou lembrar da minha pretinha pra sempre entendeu? - ele me olhou
- Entendi. Te amo - eu ri
- Também te amo - ele sorriu
Saímos do chuveiro e vesti minha roupa, olhei no relógio e era 7:30 da manhã. Eu estava muito cansada e sabia que se eu dormisse, só acordaria de tarde e minha madrasta chegaria e me viria ali. Então depois de me despedir do jeito de sempre do Pedro, peguei um táxi e fui embora. Cheguei em casa meu pai e minha madrasta ainda dormiam, me deitei e dormi, dormi muito.
Quando acordei, ja eram 15:00. Nem meu pai nem minha madrasta estavam em casa, mas havia um bilhete do meu pai na geladeira que dizia: Qualquer coisa me liga.
Fiz um lanche e assisti TV. Nem pensei em ligar pro Pedro, como era domingo, provavelmente ele teria jogo e já não estava em casa. Passei alguns canais e vi que o time do Pedro estava jogando e fiquei procurando ele no campo até achar. Ele realmente estava jogando, e com a camisa 10. Era o que o comentarista mais falava, ele só comentava dessa mudança no ataque do time do Pedro. Isso me deixou feliz demais por ele, que acabou fazendo o gol da vitória. No final do jogo ele deu uma rápida entrevista, para aqueles jornalistas que ficam perto do vestiário falando: '' tô muito feliz com isso e honrarei essa camisa.'' Foi tão emocionante que me peguei sorrindo depois dessa aparição dele. Ele estava todo suado mas mesmo assim continuava lindo, o amor é cego mesmo.
Aproveitei o resto do domingo pra estudar para algumas provas que eu faria essa semana. A ultima semana de aula antes das férias de julho. Eu nem acreditava que ia ficar longe de estudar um pouco, mas o lado ruim era que ficaria bem mais dificil de ver o Pedro todos os dias... Tentei não pensar nisso. Quando eram mais ou menos 19:30 meu pai chegou. Jantamos juntos e depois fui dormir.
Na escola, fiz umas provas e no recreio Pedro me contou sobre o jogo de domingo. A escola já estava com o pique de férias, ninguém aguentava mais estudar e muita gente já não ia na aula.
Quando cheguei em casa, fiz o de sempre e dormi um pouco. Quando acordei meu pai já estava em casa, estranhei. Ele nunca chegava esse horário.
- Boa tarde pai - eu peguei um copo d'água
- Boa noite né - ele riu
- Tá fazendo janta? - eu perguntei
- Sim. - ele mexia nas panelas
- Porque chegou mais cedo? - eu perguntei
- Acabei meu serviço mais cedo. - ele me abraçou
- Ah - eu disse
- Aqui, esse sábado iremos pra casa de praia da sua tia Selma. Eu você Pedro e sua madrasta. Tudo bem pra você? - ele me olhou
- Nossa, tudo ótimo! Já estava querendo ir pra lá mesmo...- eu disse
- Então! Que bom! Vai ser divertido. - ele disse
- Mas será que o Pedro não vai ter nenhum jogo? - eu perguntei
- Já olhei isso. A mãe já dele olhou isso pra mim, quer dizer. - ele sorriu
- Uhul! - eu ri e o abracei
A primeira coisa que eu fiz quando sai da cozinha foi ligar pro Pedro. Eu já estava querendo visitar a tia Selma há algum tempo, mas nem passou pela minha cabeça que iriamos nessas férias.
- Oi amorzinho linda - ele atendeu
- Oi amor - eu ri
- Tá tudo bem? - ele perguntou
- Tá sim! Sua mão já te contou que a gente vai pra casa da tia Selma? - eu disse
- Aquela irmã do seu pai que fica apertando minhas bochechas o tempo todo? - ele perguntou
- Essa mesmo! - eu ri
- Nossa, tô fudido! - ele riu
- Calma amor, agora você tá mais crescido né! - eu disse
- Mesmo assim, a gente foi lá quando eu tinha uns 11 anos... Mesmo assim ela me deixou com as bochechas vermelhinhas de tanto que ela apertou amor - ele falou
- Nossa, tadinho do meu amor gente! Não vou deixar ela fazer muito isso ok? - eu ri
- Ok! Nós vamos quando? - ele perguntou
- Vamos esse sábado e provavelmente ficaremos lá uns 4, 5 dias - eu disse
- Nossa que legal amor, vou preparar minha prancha então - ele disse
- Ok amor, só liguei pra te dar a notícia mesmo - eu disse
- Tá bom minha princesa, até amanhã então - ele disse
- Ok, beijos e boa noite - eu disse
- Te amo - ele desligou
No outro dia, nos encontramos na escola e conversamos mais sobre a viagem... A casa da tia Selma era numa cidadezinha do litoral do Rio de Janeiro, eu ja tinha ido lá algumas vezes. Ela mora sozinha, mas tem um namorado. Um cara que não mora com ela, mas que sempre parecia estar presente... Nunca entendi o motivo deles não morarem juntos ou o motivo dela não casar com ele, eles namoram há tanto tempo. E pelo o que meu pai disse, eles estavam juntos ainda.
A semana passou devagar, os últimos dias de aula pareciam eternos. Ou talvez era só minha vontade enorme de entrar de férias logo.
Quando, graças a Deus, o último dia de aula chegou, a supervisão da escola liberou os dois últimos horários pra gente ficar de boa no pátio. Uns alunos do terceiro ano colocaram até umas musicas. Foi aí que comecei a sentir minhas férias, e a pensar no quanto essa viagem seria boa. Mas meus pensamentos foram interrompidos quando Pedro me abraçou por trás e me beijou.
- Então meu amor - ele sorriu
- Tá animado pra amanhã? - eu perguntei
- Muito. Que saudade que eu tô do mar, de surfar... Acho que até perdi um pouco a prática - ele riu
- Mas você foi no carnaval com uns amigos amor, nem tem tanto tempo assim - eu disse
- É verdade... Que maravilha que vai ser, hein? - ele me olhou
- O que? - eu fiquei confusa
- Ver você de biquíni, bronzeada, molhadinha... Nossa, vou parar de imaginar. - ele passou a mão na nuca
- Palhaço! - nós rimos
- Amanhã estarei no seu apê as 06:00 da matina viu? - ele me beijou
- Ok amor, que preguiça acordar mais cedo do que de costume! Que horas a gente deve chegar lá? - eu perguntei
- Não sei, lá pras quatro da tarde... - ele disse
- Ah, tomara que eu durma a viagem toda! - eu disse
- Tomara também viu amor, ninguém merece. - ele riu
O beijei.
Quando a '' aula '' acabou, dei um abraço apertado na Ana e prometi a ela que nos veríamos assim que eu voltasse de viagem. Pedro fez o mesmo com Matheus. Depois que saímos da escola, Pedro me deixou na porta de casa.
- Até amanhã viu princesa? - ele me beijou
- Até amor - eu disse
Cheguei em casa e nem pensei em faxina, em dormir e muito menos em comer. Mesmo eu estando na forma física que eu queria, eu não queria chegar lá nem com uma grama a mais. Comi uma banana e liguei o som enquanto experimentava meus biquínis e umas outras roupas. Senti que eu tinha engordado um pouco desde a última vez que tinha usado meus biquínis, acho que a culpa era da mudança. Como o caminho até a escola era menor, eu não fazia aquela caminhada de antes. Ri e não me importei muito com isso, quando terminei minha mala totalmente já estava anoitecendo. Fiz um lanche rápido e preparei um sanduíche pro meu pai comer quando ele chegasse.
Aproveitei e fui na farmácia que ficava perto da escola e comprei protetor solar, sabonete, hidratante pós- sol... Essas coisas que a gente usa muito na praia e quando saí dei de cara com aquele Felipe, aquele Felipe que eu encontrava por acaso quase sempre que eu colocava o pé fora de casa.
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Leia também "Um mundo novo..."

Era só meu irmão...Where stories live. Discover now