Trigésimo oitavo capítulo!

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Entrei na frente, para me certificar que meu pai não estava mesmo em casa. Fiz um sinal e ele entrou
- Nossa, que casão em - ele riu
- Curtiu né? - eu ri
- Demais, olha aquele sofá! - ele se deitou no sofá
- Da até pra dormir - eu disse indo pra cozinha
Abri a geladeira tentando achar algo congelado e fácil de fazer pra gente almoçar, quando Pedro entrou e também elogiou a cozinha
- O que você tá procurando? - ele perguntou
- Algo pra gente almoçar - eu disse
- Ah não. Não quero almoçar - ele fez biquinho
- O que que você quer então? - eu disse fingindo estar nervosa
- Você. - ele sorriu
Gostei de quando ele disse e não pensei nem duas vezes para ir beijá-lo. Ele me carregou enquanto nos beijávamos e eu aproveitei para fazer um coque rápido no cabelo, o guiei até o meu quarto e quando entramos ele me jogou na cama. Deu uma olhada rápida no quarto e só conseguiu dizer: ele é lindo, mas prefiro você. E voltou a me beijar, quando já estávamos em extâse ele tirou nossas roupas rápido e começamos a fazer amor. Era lindo, lindo demais ver a gente pelo espelho!
- Olha como você é linda amor - ele disse em meio alguns suspiros
Continuamos, continuamos muito. Acho que só paramos porque estávamos exaustos e sem força nenhuma.
- Você sugou minhas energias - eu disse
- E você as minhas - ele riu
- Pena que a gente nem pode dormir, ja já meu pai chega - eu disse lamentando
- É verdade. Escondido é mais gostoso mesmo né amor? - ele riu
- Muito! - eu ri
- Vou passar a frequentar essa casa mais, só que quando seu pai não estiver. Aí a gente curte mais - ele mostrou a lingua
- Safado - ele me beijou
Ficamos deitados por pouco tempo, Pedro me deixou deitada e foi tomar um banho. Logo nos despedimos e ele foi embora.
Aproveitei pra fazer algo pra comer, eu estava com muita fome e o Pedro não quis comer nada. Quis comer outra coisa. Ri com meus pensamentos maliciosos e peguei uma lasanha pequena, congelada na geladeira. Coloquei no microondas e enquanto ficava pronta tomei um breve banho. Pensei em alguma coisa que eu não me preocupava mas que hoje me preocupou: a camisinha. A gente nunca usava, mas Pedro não deixava '' cair '' nada lá. Mas mesmo assim, vai que um dia ele esquece? Vou me lembrar de avisar ele pra da proxima vez a gente usar.
Fui pra cozinha e peguei a lasanha com um pano de prato e uma colher, levei ela pro sofá e liguei a TV. Já estava passando malhação e fiquei um pouco irritada por ter perdido, raramente eu perdia algum capitulo. Comi a lasanha inteira, antes de malhação acabar e ainda queimei a língua na primeira colherada, porque estava muito quente e eu não aguentei esperar. Terminei e fui dar uma ajeitada na casa, principalmente no meu quarto que estava um pouco revirado com a '' festinha '' que eu e o Pedro fizemos.
Meu celular tocou quando eu estava terminando de arrumar minha cama, era Ana. Achei estranho, ela nunca me ligava esse horário! Quase nunca me ligava. Ela estava chorando e, me pediu pra arrumar que a gente ia dar um passeio no shopping. Fiquei preocupada e logo concordei, me arrumei e avisei meu pai que estaria com ela no shopping. Vesti uma calça jeans e uma camiseta mesmo, e coloquei um salto baixo. Soltei o cabelo e me maquiei levemente.
Ela bateu o interfone e eu desci. Entrei no carro, no banco da frente estava o motorista e no banco de trás, ela. Me sentei e quando a olhei, só não pulei de susto porque achei que isso magoaria ela ainda mais. A maquiagem dela estava toda borrada, de tanto que ela chorava.
- O que aconteceu minha linda? - eu a abracei
- O Matheus - ela chorou ainda mais quando nos abraçamos
- O que ele fez? - perguntei
- A gente brigou feio - ela disse entre alguns soluços
- Porque amiga? Me explica! - eu disse
- Ah! Ciúme bobo! - ela ainda chorava
- Continuo sem entender - eu fiquei aflita
- Quando a gente descer eu te explico. - ela se virou
Acho que entendi o que ela quis dizer, essa última frase deu a entender que ela não queria que o motorista escutasse nossa conversa. Concordei e também me virei pra observar a cidade.
Quando chegamos, ela desceu sem falar nada e me pegou pelo braço mas, antes da gente entrar eu limpei com as mãos o borrado da maqueagem em seu rosto.
- Amiga esse foi o primeiro lugar que a gente saiu juntas, lembra? - ela disse
- Lembro amiga claro! - eu ri
- Foi tão legal né? - ela sorriu
- Foi, vamos comer o sanduíche de sempre de novo. Quase me esqueci do gosto, tem tanto tempo que não como - eu disse
- Claro! Tô com fome. - ela disse
- Mas primeiro vamos dar uma olhada nas vitrines, né? - eu fiquei animada
- Vamos agora! - ela riu
Andamos pelo shopping todo, por todos os andares umas três vezes, indo e voltando nas lojas. Chegamos a entrar e experimentar umas roupas, mas nenhuma de nós comprou nada. Enquanto estávamos andando, aquele menino da escola esbarrou em mim. Era incrível como eu sempre via ele, parece que ele me perseguia. Dessa vez ele não disse nada a não ser '' desculpa '' e sorrir. Fiz o mesmo e continuei andando.
- Nossa, e esse aí tá mais bonito a cada dia que passa. Que isso. - Ana olhou
- Sua safada! Tá vendo! Matheus tem mesmo motivo pra ter ciúme. - eu ri e ela ficou meio pensativa
- É né... Ele tem razão. Talvez eu não seja a garota certa pra ele agora. - ela disse
- Que isso? Tá louca? Claro que é amiga. Se você ama ele, e ele te ama, você é! - eu a olhei
- Então eu sou. - ela sorriu
- Tá, agora me conta o que aconteceu que vocês brigaram. - eu disse
- Ok, só vamos pedir nosso sanduíche e sentar. A gente fica mais a vontade. - ela disse
Concordei e pegamos nosso lanche, logo nos sentamos.
- Tudo começou com o motorista. - ela riu
- O que tem ele? - eu fiquei assustada
- Ah, eu liguei pra ele essa semana. Matheus viu a ligação e ficou com raiva. - ela disse normalmente
- Mas porque você ligou pro motorista? - eu perguntei
- Porque eu queria que ele me levasse a algum lugar, oras. - ela disse
- Mas ele fica na porta da sua casa 24h por dia, lembra? - eu a lembrei
- E daí? É proibido ligar pra ele agora? Tenho que descer toda vez que tiver de avisar pra ele pra onde eu vou? Nada disso. - ela disse e eu fiquei calada.
- Você quem sabe. Agora você sabe que o Matheus não gosta. - eu disse
- Não importa. Não tenho que sempre fazer as vontades do Matheus. Não é só porque ele não gosta que eu não tenho que fazer. Problema é dele. - ela disse
- Tá. Não tá mais aqui quem falou - eu disse e ela riu
- Eu entendo amiga... Só acho errado ele me julgar por isso e até brigar comigo! Ele sabe que eu não tenho coragem e nem vontade de trair ele. - ela disse
- Eu sei, mas mesmo assim. Não custa nada evitar né? - eu sorri
- É. Não custa. - eu ri
- E o Pedro hoje? Como ele estava? - ela riu
- Engraçadinha. Estava ótimo como sempre. - eu disse
- Me conta vai. - ela fez uma vozinha diferente
- Tá. - eu ri
Contei pra ela da minha ' tarde de amor ' com o Pedro. Ela adorava escutar eu falando do Pedro, eu sabia disso porque ela ria e ficava super empolgada. E ainda comparava o Matheus em alguns pontos.
- Que lindo! - ela fez uma cara feliz e logo ficou pensativa
- O que foi amiga? - eu ri
- Você não me chamou pra conhecer sua casa ainda! - ela fez biquinho
- Ah, eu preciso chamar? - eu perguntei
- Claro - ela riu
- Então, a senhorita está super convidada pra conhecer minha casa nova. Ok? - eu ri
- Ok. Posso ir pra lá amanhã? Tô mal com meu namorado e só tenho minha amiga agora - ela fez uma carinha triste
- Ô amiga, claro! - eu ri
Comemos e depois andamos mais um pouco no shopping. Não demorou muito para o motorista chegar e me levar pra casa, agradeci a Ana e relembrei ela de amanhã. Cheguei casa e meu pai já estava dormindo.
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