Septuagésimo quinto capítulo!

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Quando já estávamos arrumados, fomos pra casa da minha madrasta. Foi uma noite bem família, me fez lembrar dos velhos tempos, dos momentos bons e ruins que eu vivi ali. Era bom ver que tudo passou e que estávamos nós quatro, de novo, convivendo bem.
Depois de jantarmos, meu pai falou que ia dormir lá então eu e Pedro fomos embora. Meu pai nem falou nada, ele só disse: juízo e boa noite.
A noite foi nossa. Fizemos amor, dormirmos juntos, conversamos, bebemos.. No outro dia, não quis nem ir pra faculdade. Fiquei em casa, eu e ele. A tarde inteirinha pra gente. Depois fomos no mirante e ficamos lá um pouco, apesar do frio, estava bom.
Os dias foram passando, e quando meu aniversário se aproximava, eu não planejava nada de mais além de uma festinha com meus amigos mais íntimos: Matheus e Ana. Tirando minha madrasta e meu pai. Essas eram as únicas pessoas que eu realmente precisava que estivessem comigo nesse dia.
Apesar de o Pedro não ter me omitido nada sobre a festinha, eu senti que ele estava escondendo alguma coisa de mim. Não toquei no assunto, e esperei até o dia do meu aniversário pra saber.
Me arrumei, coloquei um vestido e fui pra sala. Já estavam todos lá, tinha bolo, doces e muita bebida. Depois do parabéns, todos vieram me entregar presentes.
- Pelos seus dezenove anos - meu pai me entregou um
- Obrigado, pai - o abracei
- Toma amiga, eu sei que você vai amar. Você ficou de olho neles naquele dia que fomos no shopping! - Ana me entregou uma caixa
- Que linda, obrigada - eu ri
Matheus também me deu, e o Pedro veio me abraçar
- O seu presente tá lá em cima da sua cama, vai lá pra você ver. - ele disse no meu ouvido
- Vou agora - eu fui pro quarto
Quando cheguei no meu quarto, vi de longe dois papéis em cima da cama. Corri e quando peguei, não acreditei.
- Nós vamos pra Paris? - eu não acreditei
- Vamos, ficaremos uma semana naquela cidade linda. - ele disse
- Não acredito! Obrigada meu amor - corri pro colo dele, e ele me carregou
- Vai ser perfeito, eu prometo. - ele me beijou
Ana e Matheus entraram no quarto e quando eu ia contar pra eles, Ana disse.
- Já sabemos amiga, nós ajudamos Pedro a escolher o lugar - ela riu
- E você não me conta nada? - eu perguntei
- Estragaria a surpresa! - ela disse
- É amor, para - ele me abraçou
- Tá bom, mas da próxima você me conta. - eu ri
- Pode deixar amiga, feliz aniversário - ela me abraçou
Comemos e bebemos muito. Matheus e Ana acabaram dormindo lá em casa, mas meu pai dormiu na casa da minha madrasta. De manhã, preparei um café pra gente e depois fomos pro mirante nós quatro, vimos o sol se pôr e um pouco das estrelas.
- Aqui é lindo demais, como vocês conheceram esse lugar? - Ana perguntou
- Pedro me trouxe aqui a muitos anos atrás - eu respondi
- Conheci por um colega meu, que morava perto de casa a uns anos atrás. Ele vinha aqui, trazia bebidas e me trouxe um dia. Eu achei um máximo. - Pedro respondeu
- É lindo demais, dá pra ver a cidade toda. - Matheus disse
Ficamos curtindo a paisagem por um tempo, e enquanto Matheus e Ana se beijavam, Pedro me olhava.
- Que foi? - eu perguntei
- Você é linda demais, como você consegue? - ele riu
- Para amor - eu ri
- Te amo muito, sabia? - ele me beijou
- Eu também, muito. - o abracei forte
Meu coração sentia cada toque dele, e como sempre ele se acelerava em momentos como esse, que eu queria guardar pra sempre. Ficamos abraçados em quando já estava ficando tarde, voltamos pra casa.
A semana se passou e a viajem se aproximava. Nós iriamos na sexta de manhã e chegaríamos lá a noite. Fiz as malas e despedi de todo mundo. Meu pai e minha madrasta foram pro aeroporto com a gente.
- Se divirtam muito, e não se esqueça de se agasalhar filha, andei pesquisando e vi que lá faz muito frio. - meu pai disse
- Faz mesmo, joguei lá um tempo. - Pedro completou
- Pode deixar pai. - o abracei
- Boa viagem - minha madrasta me abraçou
- Obrigada, juízo vocês dois - eu brinquei
- Pode deixar - ela riu
- Te amo mãe. - Pedro a abraçou
Nos despedimos e entramos no avião. Dormimos um pouco depois do almoço e a tarde ficamos conversando. Sem perceber, começamos a nos beijar. A cadeira do nosso lado estava vazia, então não incomodávamos ninguém.
- Para de me atentar - ele me disse enquanto me beijava
- A culpa é toda sua - eu disse
- Amor, sabe uma coisa que eu sempre quis fazer? - ele me beijava
- O que? - perguntei, mas já imaginava o que ele iria dizer
- Sexo no avião. - ele disse
- Sonhador você. - eu ri
- Sério. Vai pro banheiro que ja já te encontro lá. - ele disse
- Você ficou louco? Eu não vou fazer isso. - eu disse
- Para amor, realiza meu sonho. Ninguém vai saber. Juro. - ele disse
- Você é louco. - eu ri
Sem hesitar, levantei e fui. Eu queria, ele também. Porque não tentar? Uma adrenalina de vez em quando é bom.
Quando entrei no banheiro, uma idosa me olhava. Eu só a olhei e sorri um pouco, e ela também.
O banheiro era pequeno, tinha um espelho e não tinha câmeras. Pelo menos eu não vi.
Quando eu estava olhando pro espelho e passando um pouco de gloss, Pedro entrou.
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