Vigésimo terceiro capitulo!

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Fomos caminhando juntos pro jogo, Pedro levava apenas uma mochila nas costas que provavelmente continha sua chuteira e seu uniforme. Conversamos um pouco e rimos de algumas pessoas que passavam na rua, até paramos na pracinha, compramos um sorvete e fomos tomando em direção ao campo de futebol.
Chegando lá, Pedro entrou em uma espécie de vestiário onde já estavam vários meninos e eu fui em direção a arquibancada, onde eu já avistava Ana e outras meninas. Reparei que as meninas me olharam juntas quando passei perto delas mas ignorei e me sentei do lado de Ana.
- Oi amiga - ela me deu um beijo no rosto
- Oi amiga - eu sorri
- A Paula tá olhando pra cá, não olha agora. - ela me disse e na hora eu olhei
- Mesma coisa de falar: OLHA AGORA. - nós rimos
- Que que essa menina tá olhando pra mim? - eu fiquei nervosa
- Não sei, ela e o grupinho dela já pararam de olhar. - Ana olhou pra elas
- Bom mesmo, já tenho um pé atrás com essa garota. - eu disser nervosa
- Olha, os meninos vão entrar! - Ana disse animada
Quando olhei pro campo os meninos começaram a entrar com um uniforme verde claro e bermuda branca, eles estavam lindos e fazendo gracinha no campo até o outro time, o time adversário, entrar de roxo. Um juíz apitou e o jogo começou, bola pra cá e bola pra lá, eu estava atenta até ouvir uns gritos e olhei pra Paula.
- Vai Pedro gostoso, faz gol! - ela gritava e olhava pra mim com cara de deboche
Ana também ouviu e olhou pra mim.
- Relaxa amiga, é pra te provocar. - ela disse e eu continuei observando o jogo
Com uns 20 minutos de jogo eu já estava nervosa por conta dessa menina, até que Pedro fez um gol e fez um coração pra mim, retribuí mandando um beijo com a mão e sorrindo. Nessa hora acho que Paula perdeu o rumo de casa e foi tomada pelo ódio.
Ela me olhou e eu dei um sorriso super irônico pra ela do tipo ' DESCULPA, ELE É MEU ' e ainda pisquei. Ela olhou pra frente tentando se concentrar no jogo e começou a gritar de novo.
- Vai Pedro, meu gostoso, faz meu gol - ela gritava e olhou pra mim
- Calma amiga, essa menina só quer te provocar. - Ana disse tranquila
- Ela conseguiu. - eu disse
Logo depois me levantei e fui em direção a ela, empurrando todas as suas amiguinhas que estavam gritando junto com ela e a puxei pelos cabelos.
- Olha aqui sua vadia, dá pra parar de gritar o nome do Pedro? - eu disse furiosa
- Não, o MEU Pedro adora quando eu grito ele assim - ela tentou se soltar
Eu a soltei mas meu ódio aumentou quando ela hesitou em gritar PEDRO GOSTOSO no meu ouvido, enchi minha mão e dei um soco que pegou de lado na boca e no nariz dela, eu vi por reflexo um dente saindo de sua boca e ela se sentando no chão. Logo percebi que tinha feito besteira.
Suas amigas se afastaram de mim e ajoelharam até ela, tentando prestar os primeiros socorros, Ana se levantou e me puxou dali, antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ela me levou para o vestiário masculino.
- O que você fez, sua louca? - ela chorava de tanto rir
- Ai Deus, o que que eu fiz? - eu disse desesperada
- Você bateu na vadia! - Ana riu
- Eu machuquei ela, quebrei um dente dela! - eu disse assustada
- Sou sua fã sabia? - Ana me abraçou
- Para Ana, isso foi sério! - eu disse nervosa
- O que você fez? - Pedro entrou no vestiário preocupado
- Luiza deu um soco na Paula ali agora! - Ana disse, adorando aquilo
- Porque você fez isso amor? - ele chegou pra perto de mim e me olhou
- Ela me provocou e mereceu. - eu fechei a cara
- Vamo embora, os meninos foram acudir ela. - ele riu e nós saímos do vestiário e fomos direto para a saída do campo.
Eu só conseguia ver uns 3 caras que estavam jogando acudindo ela, fora as amigas. O resto dos meninos ainda estavam batendo uma bola no campo, como se nada tivesse acontecido. Eu saí dali preocupada com ela, apesar da vadia ter me feito muita raiva acho que fui radical demais em fazer aquilo com ela. Pedro percebeu que eu não queria tocar no assunto e então não perguntou nada, quando chegamos em casa fui pro meu quarto e fechei a porta. Troquei umas mensagens com a Ana sobre esse assunto e ouvi batidas na porta.
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