Quadragésimo nono capítulo!

6K 411 16
                                    

Tomamos um rápido banho, porque ele estava morrendo de medo do meu pai chegar e descansamos um pouco.
- Amor, esqueci de te perguntar...- ele disse
- O que? - eu perguntei
- Seu pai não te xingou por ter dormido lá em casa aquele dia? - ele perguntou
- Não. Só falou pra eu não arranjar barriga. - eu ri
- Nossa - ele riu
- Menos mal né? - eu o beijei
- É - ele concordou
Nos despedimos e ele foi embora.
Os dias se passaram, eu via o Pedro escondido lá em casa e as vezes ia na casa dele depois do treino. Ele começou a ficar muito conhecido, eu sabia disso porque ele colava no seu guarda roupas toda reportagem ou entrevista que os jornais locais faziam dele. E o assédio das fãs também tinha aumentado muito, sempre que a gente saía apé, uma fã o parava e pedia autógrafo, ou uma foto. Eu estava com ciúmes, claro. Mas comecei a me acostumar e a gostar da ideia, ele estava tão feliz...
Era uma quinta feira a noite, quando Pedro me ligou e disse que precisava falar sério comigo. Eu fiquei preocupada, porque ele nunca tinha falado do jeito que ele falou comigo no telefone, ele estava nervoso e ansioso, não entendi nada. Combinei dele vir aqui em casa no dia seguinte.
Mal consegui dormir, de tanta ansiedade e curiosidade sobre o assunto que Pedro tinha de tratar comigo. Quando era de manhã, o interfone bateu.
- Oi amor - ele disse sério e me abraçou forte
- Oi amor, o que tá acontecendo em? - eu sorri
- Eu recebi uma proposta de emprego. - ele me olhou
- Como assim, proposta de emprego? - eu perguntei
- O dono de um clube europeu, me ligou ontem...- ele disse
- E falou o que? - eu estava confusa
- Ele me ofereceu um lugar no clube dele, em Barcelona. Um contrato de 70 mil por mês. - ele me olhou
- Jura? - eu ri
- Só que tem um problema. - ele disse
- O que? - eu perguntei
- Terei que me mudar pra Barcelona. - ele me olhou
- Barcelona? - eu gaguejei
- É... - ele me olhou
- Espanha? - eu não acreditava
- É amor. - ele disse
- E você vai? - eu perguntei
- Não sei. Eu tenho até sábado pra pensar - ele disse
- Mas, se você for...- eu não consegui terminar de falar
Meus olhos se encheram de lágrimas que eu consegui segurar.
- É uma proposta muito boa mas você não pode deixar tudo que tem aqui! - eu disse
- Mas sempre foi meu sonho, você não entende? - ele perguntou
- Entendo! Mas sua família está aqui, eu estou aqui Pedro! - eu gritei
- Eu sei! Eu ainda não decidi. - ele disse
- Só me apareça aqui de novo se você não aceitar essa proposta. Caso contrário, uma ótima viagem pra você. - eu comecei a chorar
- Amor...- ele segurou meu rosto e me abraçou
- Vai, pensa bem. - eu disse
- Eu te amo - ele me beijou
- Eu também te amo Pedro - eu limpei meu rosto
- Já vou então... Era só isso que eu tinha pra te falar. - ele disse
Eu conseguia ver os olhos dele enchendo de lágrimas
- Tá bom. - eu disse
- Eu te ligo - ele me beijou
- Ok. - eu abri a porta
- Te amo. - ele disse e saiu
E essa foi a ultima frase que eu ouvi do Pedro: te amo. Ele aceitou no dia seguinte e o Matheus fez uma festa de despedida pra ele... Nem eu, nem Ana fomos. Ele me ligava de hora em hora mas eu não atendia, eu não conseguia suportar a ideia do Pedro mudar de país pra jogar bola. E minha ficha ainda não tinha caído.
No sábado, no dia em que ele pegaria o voo pra Espanha, meu pai iria levá-lo. Meu pai disse que Pedro queria me ver, que queria conversar.. Que era pra eu dar pelo menos chance dele falar o que ele sentia. Mas eu não queria saber, eu sentia que não iria aguentar se o visse partindo, sabendo que era como se fosse a ultima vez que eu iria vê-lo, porque só Deus sabia quando ele iria voltar para o Brasil.
- Luiza - meu pai bateu na porta
- Oi - eu limpei as lágrimas
- Posso entrar? - ele disse
- Entra - eu disse
- Filha, você não pode ficar assim... - ele se sentou na cama
- Eu tô bem - menti
- Você não quer ir comigo levar o Pedro no aeroporto? - ele perguntou
- Não. Pode ir. Diga que eu mandei um beijo - eu disse
- Ok... Não suporto ver você assim. - ele me beijou e saiu
Nesse dia, chegou um ponto em que eu não suportava mais chorar. Meus olhos já estavam doendo e inchados, quando ouvi o barulho da porta. Meu pai entrou sem pedir licença e me entregou um papel.
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Capítulo triste e pequeno pra vocês galera! :(
Mas tarde tem mais..

Era só meu irmão...Where stories live. Discover now